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Industrial Property Code (as amended up to Law No. 46/2011 of June 24, 2011), Portugal

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Details Details Year of Version 2011 Dates Adopted: March 5, 2003 Type of Text Main IP Laws Subject Matter Patents (Inventions), Utility Models, Industrial Designs, Trademarks, Geographical Indications, Layout Designs of Integrated Circuits, Competition, Undisclosed Information (Trade Secrets)

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Main text(s) Main text(s) Portuguese Código da Propriedade Industrial (alterado pelo Lei n.º 46/2011, de 24/06)        
Código da Propriedade Industrial (versão consolidada de 2011)

DL n.º 36/2003, de 05 de Março

CÓDIGO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Contém as seguintes alterações: Ver versões do diploma:

­ Lei n.º 46/2011, de 24/06 ­ 7ª versão (Lei n.º 46/2011, de 24/06)

­ Lei n.º 52/2008, de 28/08 ­ 6ª versão (Lei n.º 52/2008, de 28/08)

­ DL n.º 143/2008, de 25/07 ­ 5ª versão (DL n.º 143/2008, de 25/07)

­ Lei n.º 16/2008, de 01/04 ­ 4ª versão (Lei n.º 16/2008, de 01/04)

­ DL n.º 360/2007, de 02/11 ­ 3ª versão (DL n.º 360/2007, de 02/11)

­ DL n.º 318/2007, de 26/09 ­ 2ª versão (DL n.º 318/2007, de 26/09)

­ 1ª versão (DL n.º 36/2003, de 05/03)

SUMÁRIO
Aprova o novo Código da Propriedade Industrial, no uso da Lei, de autorização legislativa, n.º 17/2002, de
15 de Julho

É conhecida a importância do sistema da propriedade industrial para o processo de desenvolvimento económico, nomeadamente quando associado ao desenvolvimento científico e tecnológico e ao crescimento sustentado e sustentável da economia, inspirando e protegendo os resultados das actividades criativas e inventivas. Constituindo um dos factores competitivos mais relevantes de uma economia orientada pelo conhecimento, dirigida à inovação e assente em estratégias de marketing diferenciadoras, a propriedade industrial assume­se, igualmente, como mecanismo regulador da concorrência e garante da protecção do consumidor.
O sistema da propriedade industrial está, assim, ligado, mais do que nunca, aos vectores essenciais de políticas
macroeconómicas ou de estratégias empresariais, modernas e competitivas, condicionadas por uma sociedade de informação e por uma economia globalizada.
Neste contexto, é imperioso assegurar um código da propriedade industrial moderno, no que diz respeito tanto à ordem jurídica internacional como aos imperativos de eficiência administrativa nacional, e associado ao reforço da cidadania e à eficácia das estratégias empresariais, o que não é compatível com a manutenção da vigência do actual Código.
Urge, na verdade, aprovar o novo Código da Propriedade Industrial que permita clarificar, corrigir, simplificar e aperfeiçoar o aprovado pelo Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, em muitos aspectos desactualizado; assim o impõe a mutação vertiginosa dos processos tecnológicos de criação de produtos e serviços e a evolução do direito internacional sobre esta matéria.
O novo Código resulta de um longo processo de maturação que, iniciado com a publicação do Código de 1995, prosseguiu com os trabalhos de uma comissão de especialistas, criada pelo despacho n.º 12519/98, de 7 de Julho,
e culminou com um debate público alargado.
Surge, pois, um novo código, actualizado, moderno e ágil, fruto da inadiável transposição para a ordem jurídica interna de instrumentos de direito comunitário, v. g., a Directiva n.º 98/44/CE, de 6 de Julho, relativa à protecção das invenções biotecnológicas e a Directiva n.º 98/71/CE, de 13 de Outubro, relativa à protecção legal de desenhos e modelos. Sublinhe­se, ainda, a integração de regras decorrentes do Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Industrial relacionados com o Comércio (ADPIC), celebrado no âmbito da Organização Mundial do Comércio, da qual Portugal é Estado membro, de pleno direito, desde Janeiro de 1996.
É, também, um Código aperfeiçoado, pois incorpora o Decreto­Lei n.º 106/99, de 31 de Março, que regulamenta e disciplina o Regulamento n.º 1768/92/CE, de 18 de Junho, relativo à criação de um certificado complementar de protecção para os medicamentos e o Regulamento n.º 1610/96/CE, de 23 de Julho, relativo à criação de um certificado complementar de protecção para os produtos fitofarmacêuticos, sem esquecer o alinhamento com as mais recentes propostas da comissão sobre modelos de utilidade.
Trata­se, ainda, de um Código que corrige terminologia, erros e imperfeições imputáveis ao Código de 1995. Disso são exemplo a consagração de uma protecção provisória para todos os direitos privativos e a equiparação de certificados de propriedade industrial, conferidos por organizações internacionais, aos títulos conferidos a nível nacional; a inclusão da figura do restabelecimento de direitos; a previsão expressa da possibilidade de transformação de um pedido ou registo de marca comunitária em pedido de registo de marca nacional; a integração do regime jurídico das topografias de produtos semicondutores; a simplificação de pedidos de licenças obrigatórias; o aperfeiçoamento dos procedimentos cautelares; o reforço das garantias dos particulares e empresas; a extinção do regime das marcas de base; o abandono da exigência de redacção dos dizeres das marcas

1

e dos nomes de estabelecimento em língua portuguesa; ou ainda a previsão do recurso a instrumentos extrajudiciais de resolução de conflitos.
Importa ainda salientar que o presente Código veicula o compromisso de uma nova dinâmica administrativa, consagrada numa redução dos prazos de intervenção do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em termos que não ponham em causa a certeza e a segurança do sistema; tal opção não exclui, porém, que se continuem a ponderar, nomeadamente, através da análise dos resultados de experiências estrangeiras a nível do abandono do
estudo oficioso dos motivos relativos de recusa, outras modalidades de tramitação dos processos de registos que permitam reduzir ainda mais os respectivos prazos de concessão.
Finalmente, refira­se que a nova dinâmica administrativa que este Código veicula é garantida não só pelo esforço de simplificação de circuitos internos, como também pelo recurso às novas tecnologias da informação, no que se refere à modernização informática, incluindo a digitalização das bases de dados, ao uso de correio electrónico, de telecópia e de redes telemáticas de comunicação como via universal, nomeadamente para consulta a bases de dados, depósitos de pedidos, acompanhamento de processos e gestão de direitos.
Assim:
No uso da autorização legislativa concedida pela Lei n.º 17/2002, de 15 de Julho, e nos termos das alíneas a) e b)
do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 1.º Aprovação
É aprovado o Código da Propriedade Industrial, que se publica em anexo ao presente diploma e dele faz parte
integrante.
Artigo 2.º
Âmbito de aplicação
Sem prejuízo do que se dispõe nos artigos seguintes, as normas deste Código aplicam­se aos pedidos de patentes, de modelos de utilidade e de registo de modelos e desenhos industriais, efectuados antes da sua entrada em vigor e que ainda não tenham sido objecto de despacho definitivo.
Artigo 3.º
Pedidos de patente
Os pedidos de patente referidos no artigo anterior, cuja menção de concessão não tenha sido publicada à data de entrada em vigor deste Código, são objecto de publicação que contenha os dados bibliográficos do processo, para efeitos de oposição, seguindo­se os demais trâmites previstos naquele Código.
Artigo 4.º
Pedidos de modelos de utilidade
1 ­ Os pedidos de modelos de utilidade, a que se refere o artigo 2.º são submetidos a exame.
2 ­ Os pedidos de modelos de utilidade, cuja menção de concessão não tenha sido publicada à data de entrada em vigor deste Código, são objecto de procedimento idêntico ao que se prevê, para pedidos de patente, no artigo 3.º deste diploma.
Artigo 5.º
Pedidos de registo de modelos e desenhos industriais
1 ­ Os pedidos de registo de modelos e desenhos industriais a que se refere o artigo 2.º, mantendo embora o seu objecto, passam a ser designados por pedidos de registo de desenho ou modelo.
2 ­ Os pedidos referidos no número anterior são submetidos a exame.
3 ­ A sua publicação e, bem assim, a dos que já tiverem sido objecto de exame, deve ocorrer até ao limite de seis meses após a data de entrada em vigor deste Código.
Artigo 6.º
Duração das patentes
1 ­ As patentes cujos pedidos foram efectuados antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de
Janeiro, mantêm a duração de 15 anos a contar da data da respectiva concessão, ou de 20 anos a contar da data do pedido, aplicando­se o prazo mais longo, nos termos em que o Decreto­Lei n.º 141/96, de 23 de Agosto, o
dispunha.
2 ­ Aos pedidos de patente efectuados antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, e que ainda não tenham sido objecto de despacho definitivo aplica­se o que se dispõe no número anterior.
Artigo 7.º
Duração dos modelos de utilidade
1 ­ Os modelos de utilidade concedidos antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro,

2

caducam 15 anos após o vencimento da primeira anuidade que tiver ocorrido depois de 1 de Junho de 1995.
2 ­ Os pedidos de modelos de utilidade efectuados antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de
Janeiro, e concedidos posteriormente, mantêm a duração de 15 anos a contar da data da sua concessão.
3 ­ Os restantes modelos de utilidade pedidos e concedidos na vigência do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de
Janeiro, mantêm a duração de 15 anos a contar da data do respectivo pedido.
Artigo 8.º
Duração dos registos de modelos e desenhos industriais
1 ­ Os modelos e desenhos industriais concedidos antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de
Janeiro, caducam 25 anos após o vencimento da primeira anuidade que tiver ocorrido depois de 1 de Junho de
1995.
2 ­ Os pedidos de modelos e desenhos industriais efectuados antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, e concedidos posteriormente, mantêm a duração de 25 anos a contar da data da sua concessão.
3 ­ Os restantes modelos e desenhos industriais, pedidos e concedidos na vigência do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, mantêm a duração de 25 anos a contar da data do respectivo pedido.
4 ­ O pagamento das taxas periódicas relativas aos registos referidos nos números anteriores passa a ser efectuado por períodos de cinco anos até ao limite de vigência dos respectivos direitos.
5 ­ O primeiro pagamento, referido no número anterior, efectuado nos termos do Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de
Janeiro, que ocorra depois da entrada em vigor deste Código, deve perfazer o quinquénio respectivo.
Artigo 9.º
Patentes, modelos de utilidade e registos de modelos e desenhos industriais pertencentes ao Estado
1 ­ As patentes, os modelos de utilidade e os registos de modelos e desenhos industriais pertencentes ao Estado e que tenham sido concedidos na vigência do Decreto n.º 30679, de 24 de Agosto de 1940, caducam no aniversário da data da sua vigência que ocorra após 20, 10 e 25 anos, respectivamente, a contar da data de entrada em vigor deste Código.
2 ­ A manutenção dos direitos referidos no número anterior, desde que explorados ou usados por empresas de qualquer natureza, fica sujeita aos encargos previstos neste Código.
Artigo 10.º
Extensão do âmbito de aplicação
As disposições deste Código aplicam­se aos pedidos de registo de marcas, de nomes e de insígnias de estabelecimento, de logótipos, de recompensas, de denominações de origem e de indicações geográficas, efectuados antes da sua entrada em vigor e que ainda não tenham sido objecto de despacho definitivo.
Artigo 11.º
Duração dos registos de nomes, insígnias de estabelecimento e logótipos
1 ­ Os registos de nomes e insígnias de estabelecimento concedidos antes da entrada em vigor do Decreto­Lei n.º
16/95, de 24 de Janeiro, mantêm a validade que lhes foi atribuída pelo Decreto n.º 30679, de 24 de Agosto de
1940, até à primeira renovação que ocorrer depois daquela data, passando as futuras renovações a ser feitas por períodos de 10 anos.
2 ­ Os registos de nomes e insígnias de estabelecimento e logótipos, concedidos na vigência do Decreto­Lei n.º
16/95, de 24 de Janeiro, mantêm a validade que lhes foi atribuída por esse diploma até à primeira renovação que ocorrer após essa data, passando as futuras renovações a ser feitas por períodos de 10 anos.
Artigo 12.º
Marcas registadas
1 ­ Os titulares de marcas registadas para produtos destinados exclusivamente a exportação, ao abrigo do artigo
78.º, § 2.º, do Decreto n.º 30679, de 24 de Agosto de 1940, podem requerer a supressão dessa limitação.
2 ­ Enquanto não for requerida a supressão dessa limitação, as marcas a que se refere o número anterior não podem ser usadas em qualquer parte do território nacional, sob pena de caducidade do respectivo registo.
3 ­ Às marcas registadas sem termo de vigência, ao abrigo da Carta de Lei de 4 de Junho de 1883 sobre marcas de fábrica ou de comércio, são aplicáveis as disposições deste Código, contando­se o prazo para as futuras
renovações a partir da entrada em vigor deste.
4 ­ No acto de renovação dos registos de marcas, efectuados para as classes da tabela II a que se refere o artigo
1.º do Decreto de 1 de Março de 1901, devem ser indicados os produtos para os quais se deseja manter válido o registo e que serão classificados de harmonia com a tabela em vigor.
5 ­ Os direitos resultantes de registos de marcas de base efectuados antes da entrada em vigor deste Código mantêm­se nos termos em que foram concedidos.
Artigo 13.º

3

Registo de marcas, nomes e insígnias de estabelecimento
1 ­ Os pedidos de registo das marcas referidas no n.º 4 do artigo anterior que não tenham sido ainda objecto de despacho definitivo devem ser, sob pena de recusa, convertidos em pedidos de registo de marcas de produtos e serviços, nos termos em que este Código os prevê, mediante junção de requerimento nesse sentido.
2 ­ Convertido o pedido, nos termos previstos no número antecedente, mantém­se a prioridade decorrente do pedido de registo de marca de base.
3 ­ Os requerentes de pedidos de registo de marcas efectuados na vigência do Decreto n.º 30679, de 24 de Agosto de 1940, e que não tenham sido ainda objecto de despacho definitivo, devem, no prazo de seis meses a contar da entrada em vigor deste Código, vir ao processo demonstrar se ainda fabricam ou comercializam os produtos para os quais solicitaram protecção do respectivo sinal ou se ainda prestam os serviços que a marca pretende assinalar ou, pelo menos, se é seu propósito fazê­lo, sob pena de recusa do pedido de registo.
4 ­ Os requerentes de pedidos de registo de nomes e insígnias de estabelecimento efectuados na vigência do Decreto n.º 30679, de 24 de Agosto de 1940, e que não tenham sido ainda objecto de despacho definitivo, devem, no prazo de seis meses a contar da entrada em vigor deste Código, vir ao processo apresentar prova da existência real do estabelecimento que pretendem identificar, nos termos previstos no Código, sob pena de recusa do pedido de registo.
Artigo 14.º Regulamentação
As matérias relativas a requerimentos, notificações e publicidade são regulamentadas, no prazo de 90 dias a
contar da entrada em vigor deste Código, por forma a permitir a introdução e o recurso às novas tecnologias da informação no que se refere ao uso de correio electrónico, de telecópia e de redes telemáticas de comunicação como via universal, nomeadamente para consultar bases de dados, depósitos de pedidos, acompanhamento de processos e gestão de direitos.
Artigo 15.º
Norma revogatória
São revogados:
a) O Decreto­Lei n.º 16/95, de 24 de Janeiro, na redacção dada pelo Decreto­Lei n.º 141/96, de 23 de Agosto, e pelo artigo 7.º do Decreto­Lei n.º 375­A/99, de 20 de Setembro;
b) O Decreto­Lei n.º 106/99, de 31 de Março;
c) A Lei n.º 16/89, de 30 de Junho;
d) O despacho n.º 67/95, de 27 de Abril.
Artigo 16.º Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Julho de 2003.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 11 de Dezembro de 2002. ­ José Manuel Durão Barroso ­ Maria Manuela Dias Ferreira Leite ­ Maria Celeste Ferreira Lopes Cardona ­ José Luís Fazenda Arnaut Duarte ­ Carlos Manuel Tavares da Silva ­ Pedro Lynce de Faria.
Promulgado em 10 de Fevereiro de 2003.
Publique­se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendado em 14 de Fevereiro de 2003.
O Primeiro­Ministro, José Manuel Durão Barroso.
CÓDIGO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
TÍTULO I Parte geral CAPÍTULO I Disposições gerais
Artigo 1.º
Função da propriedade industrial
A propriedade industrial desempenha a função de garantir a lealdade da concorrência, pela atribuição de direitos privativos sobre os diversos processos técnicos de produção e desenvolvimento da riqueza.
Artigo 2.º

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Âmbito da propriedade industrial
Cabem no âmbito da propriedade industrial a indústria e o comércio propriamente ditos, as indústrias das pescas, agrícolas, florestais, pecuárias e extractivas, bem como todos os produtos naturais ou fabricados e os serviços.
Artigo 3.º
Âmbito pessoal de aplicação
1 ­ O presente Código é aplicável a todas as pessoas, singulares ou colectivas, portuguesas ou nacionais dos países que constituem a União Internacional para a Protecção da Propriedade Industrial, adiante designada por União, nos termos da Convenção de Paris de 20 de Março de 1883 e suas revisões e a Organização Mundial do Comércio, adiante designada por OMC, sem dependência de condição de domicílio ou estabelecimento, salvo disposições especiais sobre competência e processo.
2 ­ São equiparados a nacionais dos países da União ou da OMC os nacionais de quaisquer outros Estados que tiverem domicílio ou estabelecimento industrial ou comercial, efectivo e não fictício, no território de um dos países da União ou da OMC.
3 ­ Relativamente a quaisquer outros estrangeiros, observar­se­á o disposto nas convenções entre Portugal e os respectivos países e, na falta destas, o regime de reciprocidade.
Artigo 4.º Efeitos
1 ­ Os direitos conferidos por patentes, modelos de utilidade e registos abrangem todo o território nacional.
2 ­ Sem prejuízo do que se dispõe no número seguinte, a concessão de direitos de propriedade industrial implica mera presunção jurídica dos requisitos da sua concessão.
3 ­ O registo das recompensas garante a veracidade e autenticidade dos títulos da sua concessão e assegura aos titulares o seu uso exclusivo por tempo indefinido.
4 ­ Os registos de marcas, de logótipos e de denominações de origem e de indicações geográficas constituem fundamento de recusa ou de anulação de denominações sociais ou firmas com eles confundíveis, se os pedidos de autorização ou de alteração forem posteriores aos pedidos de registo.
5 ­ As acções de anulação dos actos decorrentes do disposto no número anterior só são admissíveis no prazo de 10 anos a contar da publicação no Diário da República da constituição ou de alteração da denominação social ou firma da pessoa colectiva, salvo se forem propostas pelo Ministério Público.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 5.º

Protecção provisória

1 ­ O pedido de patente, de modelo de utilidade ou de registo confere provisoriamente ao requerente, a partir da respectiva publicação no Boletim da Propriedade Industrial, protecção idêntica à que seria atribuída pela concessão do direito, para ser considerada no cálculo de eventual indemnização.
2 ­ A protecção provisória a que se refere o número anterior é oponível, ainda antes da publicação, a quem tenha sido notificado da apresentação do pedido e recebido os elementos necessários constantes do processo.
3 ­ As sentenças relativas a acções propostas com base na protecção provisória não podem ser proferidas antes da concessão ou da recusa definitiva da patente, do modelo de utilidade ou do registo, suspendendo­se a instância finda a fase dos articulados.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 6.º

Direitos de garantia

Os direitos emergentes de patentes e de modelos de utilidade bem como de registos de topografias de produtos semicondutores, de desenhos ou modelos e de marcas e outros sinais distintivos do comércio estão sujeitos a penhora e arresto, podendo ser dados em penhor ou sujeitos a outras apreensões de bens efectuadas nos termos

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legais.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 7.º

Prova dos direitos

1 ­ A prova dos direitos de propriedade industrial faz­se por meio de títulos, correspondentes às suas diversas modalidades.
2 ­ Os títulos devem conter os elementos necessários para uma perfeita identificação do direito a que se referem.
3 ­ Os certificados de direitos de propriedade industrial emitidos por organizações internacionais para produzir efeitos em Portugal têm o valor dos títulos a que se referem os números anteriores.
4 ­ Aos titulares dos direitos podem ser passados certificados de conteúdo análogo ao do respectivo título.
5 ­ A solicitação do requerente do pedido ou do titular são passados, de igual modo:
a) Certificados dos pedidos;
b) Certificados de protecção de direitos de propriedade industrial concedidos por organizações internacionais para produzir efeitos em Portugal.
Artigo 8.º
Restabelecimento de direitos
1 ­ O requerente ou titular de um direito de propriedade industrial que, apesar de toda a vigilância exigida pelas circunstâncias, não tenha cumprido um prazo cuja inobservância possa implicar a sua não concessão ou afectar a respectiva validade, e a causa não lhe puder ser directamente imputada, é, se o requerer, restabelecido nos seus direitos.
2 ­ O requerimento, devidamente fundamentado, deve ser apresentado por escrito, no prazo de dois meses a contar da cessação do facto que impediu o cumprimento do prazo, sendo apenas admitido, em qualquer caso, no período de um ano a contar do termo do prazo não observado.
3 ­ Quando estejam em causa os prazos mencionados no artigo 12.º, o requerimento é apenas admitido no período
de dois meses a contar do termo do prazo não observado.
4 ­ O acto omitido deve ser cumprido no decurso do prazo de dois meses referido no n.º 2, junto com o pagamento de uma taxa de restabelecimento de direitos.
5 ­ O disposto no presente artigo não se aplica aos prazos referidos nos n.os 2 e 4 e nos artigos 17.º e 350.º, quando esteja em causa um prazo de prorrogação previsto neste Código e quando, em relação ao mesmo direito de propriedade industrial, estiver pendente algum processo de declaração de caducidade.
6 ­ O requerente ou o titular de um direito que seja restabelecido nos seus direitos não poderá invocá­los perante um terceiro que, de boa fé, durante o período compreendido entre a perda dos direitos conferidos e a publicação da menção do restabelecimento desses direitos, tenha iniciado a exploração ou a comercialização do objecto do direito ou feito preparativos efectivos e sérios para a sua exploração e comercialização.
7 ­ O terceiro que possa prevalecer­se do disposto no número anterior pode, no prazo de dois meses a contar da data da publicação da menção do restabelecimento do direito, deduzir oposição contra a decisão que restabelece
o requerente ou o titular dos seus direitos.
Legitimidade para praticar actos
Tem legitimidade para praticar actos jurídicos perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial quem neles tiver interesse.
Artigo 10.º

6

Legitimidade para promover actos
1 ­ Os actos e termos do processo só podem ser promovidos:
a) Pelo próprio interessado ou titular do direito, se for estabelecido ou domiciliado em Portugal, ou por quem, estando estabelecido ou domiciliado em Portugal e não sendo agente oficial da propriedade industrial, advogado
ou solicitador, apresente procuração para o efeito;
b) Pelo próprio interessado ou titular do direito se for estabelecido ou domiciliado em país estrangeiro;
c) Por agente oficial da propriedade industrial;
d) Por advogado ou solicitador constituído.
2 ­ As pessoas mencionadas na alínea b) do número anterior devem:
a) Indicar uma morada em Portugal; ou
b) Indicar um endereço electrónico ou um número de fax.
3 ­ As entidades referidas nos números anteriores podem sempre ter vista do processo e obter fotocópias dos documentos que interessem, as quais são devidamente autenticadas, mediante requerimento.
4 ­ Nos casos previstos no n.º 2, as notificações são dirigidas, para todos os efeitos legais, para a morada em
Portugal, para o endereço electrónico ou para o número de fax indicados pelo interessado, titular do direito ou representante.
5 ­ Quando as partes forem representadas por mandatário, as notificações devem ser­lhe directamente dirigidas.
6 ­ Salvo indicação em contrário do requerente ou titular do direito, as notificações são dirigidas ao último mandatário que teve intervenção no processo, independentemente daquele que proceder ao pagamento das taxas de manutenção.
7 ­ Ocorrendo irregularidades ou omissões na promoção de um determinado acto, a parte é directamente notificada para cumprir os preceitos legais aplicáveis no prazo improrrogável de um mês, sob pena de ineficácia daquele acto, mas sem perda das prioridades a que tenha direito.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 2ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 10.º­A
Forma da prática de actos
1 ­ A prática dos actos previstos neste Código e as comunicações entre o Instituto Nacional da Propriedade
Industrial e os interessados podem ser feitas por transmissão electrónica de dados.
2 ­ Quando um acto for praticado por transmissão electrónica de dados, todos os demais actos, incluindo as comunicações com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, devem processar­se, preferencialmente, pela
mesma via.
3 ­ A aposição de assinatura electrónica qualificada ou avançada nos actos praticados pelos interessados ou pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial substitui e dispensa para todos os efeitos a assinatura autógrafa em suporte papel, desde que sejam respeitados os requisitos exigíveis pelo Sistema de Certificação Electrónica do Estado.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 11.º Prioridade
1 ­ Salvo as excepções previstas no presente diploma, a patente, o modelo de utilidade ou o registo é concedido a quem primeiro apresentar regularmente o pedido com os elementos exigíveis.
2 ­ Se os pedidos forem remetidos pelo correio, a precedência afere­se pela data do registo ou do carimbo de expedição.
3 ­ No caso de dois pedidos relativos ao mesmo direito serem simultâneos ou terem idêntica prioridade, não lhes é dado seguimento sem que os interessados resolvam previamente a questão da prioridade, por acordo ou no tribunal judicial ou arbitral competente.
4 ­ (Revogado.)
5 ­ (Revogado.)
6 ­ Se o pedido não for, desde logo, acompanhado de todos os elementos exigíveis, a prioridade conta­se a partir do dia e hora em que o último em falta for apresentado.
7 ­ Se a invenção, desenho ou modelo, marca, logótipo, recompensa, denominação de origem ou indicação geográfica for objecto de alterações relativamente à publicação inicial, publica­se novo aviso no Boletim da

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Propriedade Industrial, contando­se a prioridade da alteração a partir da data em que foi requerida.
8 ­ Sem prejuízo do que se dispõe no n.º 4 do artigo 51.º e no n.º 3 do artigo 117.º, se, do exame realizado, se entender que o pedido de patente, de modelo de utilidade ou de registo não foi correctamente formulado, o
requerente é notificado para o apresentar dentro da modalidade que lhe for indicada.
9 ­ Antes de ser proferido despacho, o requerente pode, por sua iniciativa, reformular o pedido em modalidade diferente da que foi inicialmente apresentada.
10 ­ Proferido despacho, o requerente, no decurso do prazo de recurso ou, interposto este, até ao trânsito em julgado da respectiva decisão, pode transmitir os direitos decorrentes do pedido, limitar o seu objecto ou juntar ao processo quaisquer documentos ou declarações.
11 ­ No caso previsto no número anterior e com vista a um eventual recurso, qualquer outro interessado pode juntar ao processo documentos ou declarações.
12 ­ Nos casos previstos nos n.os 8 e 9, o pedido é novamente publicado no Boletim da Propriedade Industrial, ressalvando­se ao requerente as prioridades a que tinha direito.
13 ­ Até ao momento da decisão podem ser autorizadas outras rectificações formais, desde que requeridas fundamentadamente, as quais são objecto de publicação.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 12.º

Reivindicação do direito de prioridade

1 ­ Quem tiver apresentado regularmente pedido de patente, de modelo de utilidade, de certificado de utilidade, de certificado de autor de invenção, de registo de desenho ou modelo, ou de marca, em qualquer dos países da União ou da OMC ou em qualquer organismo intergovernamental com competência para conceder direitos que produzam efeitos em Portugal, goza, tal como o seu sucessor, para apresentar o pedido em Portugal, do direito
de prioridade estabelecido no artigo 4.º da Convenção da União de Paris para a Protecção da Propriedade
Industrial.
2 ­ Qualquer pedido formulado com o valor de pedido nacional regular, nos termos da lei interna de cada Estado membro da União ou da OMC ou de tratados bilaterais ou multilaterais celebrados entre países membros da União ou da OMC, confere um direito de prioridade.
3 ­ Entende­se por pedido nacional regular todo aquele que foi efectuado em condições que permitam estabelecer a data em que foi apresentado no país em causa, independentemente do que possa, ulteriormente e de algum modo, vir a afectá­lo.
4 ­ Por consequência, o pedido apresentado ulteriormente em Portugal, antes de expirado o prazo de prioridade,
não pode ser invalidado por factos ocorridos durante esse período, designadamente por outro pedido, ou pela publicação da invenção, do desenho ou modelo ou da sua exploração.
5 ­ Considera­se como primeiro pedido, cuja data de apresentação marcará o início do prazo de prioridade, um pedido ulterior que tenha o mesmo objecto que um primeiro pedido anterior, desde que, à data da apresentação daquele, o pedido anterior tenha sido retirado, abandonado ou recusado sem ter sido submetido a exame público, sem ter deixado subsistir direitos e sem ter, ainda, servido de base para reivindicação do direito de prioridade.
6 ­ No caso previsto no número anterior, o pedido anterior não pode voltar a servir de base para reivindicação do direito de prioridade.
7 ­ Quem quiser prevalecer­se da prioridade de um pedido anterior deve formular declaração em que indique o país, a data e o número desse pedido, podendo a mesma ser apresentada no prazo de um mês a contar do termo do prazo de prioridade, se se tratar de um pedido de registo, ou no prazo de quatro meses a contar do termo do prazo de prioridade, se estiver em causa um pedido de patente ou de modelo de utilidade.
8 ­ No caso de num pedido serem reivindicadas várias prioridades, o prazo será o da data da prioridade mais antiga.
9 ­ Não pode recusar­se uma prioridade ou um pedido de patente, de modelo de utilidade ou de registo de desenho ou modelo em virtude de o requerente reivindicar prioridades múltiplas, ainda que provenientes de diferentes países, ou em virtude de um pedido, reivindicando uma ou mais prioridades, conter um ou mais elementos que não estavam compreendidos nos pedidos cuja prioridade se reivindica, com a condição de, nos dois casos, haver unidade de invenção ou de criação tratando­se de desenhos ou modelos.
10 ­ A prioridade não pode ser recusada com o fundamento de que certos elementos da invenção ou, tratando­se de desenhos ou modelos, da criação, para os quais se reivindica a prioridade, não figuram entre as reivindicações formuladas ou entre as reproduções dos desenhos ou modelos apresentados no pedido no país de origem, desde que o conjunto das peças do pedido revele de maneira precisa aqueles elementos.
11 ­ Se o exame revelar que um pedido de patente ou de modelo de utilidade contém mais de uma invenção ou, tratando­se de pedidos de registo múltiplos de desenhos ou modelos, que os produtos não pertencem à mesma

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classe da classificação internacional de desenhos e modelos industriais, o requerente pode, por sua iniciativa ou em cumprimento de notificação, dividir o pedido num certo número de pedidos divisionários, conservando cada um deles a data do pedido inicial e, se for caso disso, o benefício do direito de prioridade.
12 ­ O requerente pode também, por sua iniciativa, dividir o pedido de patente, de modelo de utilidade ou de registo de desenho ou modelo, conservando como data de cada pedido divisionário a data do pedido inicial e, se for caso disso, o benefício do direito de prioridade.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 13.º

Comprovação do direito de prioridade

1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial pode exigir, de quem invoque um direito de prioridade, a apresentação, no prazo de dois meses a contar da respectiva notificação, de cópia autenticada do primeiro pedido, de um certificado da data da sua apresentação e, se necessário, de uma tradução para língua portuguesa.
2 ­ O prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado, uma única vez, por um mês.
3 ­ A apresentação da cópia do pedido, dentro do prazo estabelecido no número anterior, não fica sujeita ao pagamento de qualquer taxa.
4 ­ A falta de cumprimento do previsto neste artigo determina a perda do direito de prioridade reivindicado.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 14.º

Regularização

Se, antes da publicação do aviso no Boletim da Propriedade Industrial, forem detectadas quaisquer irregularidades, o requerente é notificado para proceder às regularizações necessárias.
Artigo 15.º
Reconhecimento de assinaturas
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 16.º

Notificações

1 ­ As partes intervenientes no processo administrativo são notificadas das decisões finais do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sendo essas notificações efectuadas exclusivamente através de publicação no Boletim da Propriedade Industrial sempre que proferido despacho de concessão no âmbito de processos em que não tenha sido apresentada qualquer reclamação.
2 ­ Se, em qualquer processo, houver reclamações, delas é o requerente imediatamente notificado pelo Instituto
Nacional da Propriedade Industrial.
3 ­ Da apresentação de contestações, exposições, pedidos de caducidade e outras peças processuais juntas ao processo são efectuadas idênticas notificações.
4 ­ Nos casos previstos no n.º 1 em que a notificação é efectuada exclusivamente através de publicação no
Boletim da Propriedade Industrial, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial deve avisar os requerentes dessa publicação pelos meios que considere adequados.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 17.º

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Prazos de reclamação e de contestação
1 ­ O prazo para apresentar reclamações é de dois meses a contar da publicação do pedido no Boletim da
Propriedade Industrial.
2 ­ O requerente pode responder às reclamações, na contestação, no prazo de dois meses a contar da respectiva notificação.
3 ­ Quando não tenha sido ainda proferido despacho sobre o pedido e se mostre necessário para melhor esclarecimento do processo, podem ser aceites exposições suplementares.
4 ­ No decurso dos prazos estabelecidos nos n.os 1 e 2 e a requerimento fundamentado do interessado, pode o Instituto Nacional da Propriedade Industrial conceder uma única prorrogação, por mais um mês, do prazo para reclamar ou contestar, devendo a parte contrária ser notificada em caso de concessão.
5 ­ (Revogado.)
6 ­ (Revogado.)
7 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 17.º­A

Suspensão do estudo

1 ­ A requerimento do interessado e com o acordo da parte contrária, o estudo do processo pode ser suspenso por prazo não superior a seis meses.
2 ­ O estudo pode ainda ser suspenso, oficiosamente ou a requerimento do interessado, pelo período em que se
verifique uma causa prejudicial susceptível de afectar a decisão sobre o mesmo.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 18.º
Duplicado dos articulados
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 19.º

Junção e devolução de documentos

1 ­ Os documentos são juntos com a peça em que se alegue os factos a que se referem.
2 ­ Quando se demonstre ter havido impossibilidade de os obter oportunamente, podem ainda ser juntos ao processo mediante despacho de autorização, sendo, neste caso, notificada a parte contrária.
3 ­ É recusada a junção de documentos impertinentes ou desnecessários, ainda que juntos em devido tempo, assim como de quaisquer escritos redigidos em termos desrespeitosos ou inconvenientes, ou quando neles se verificar a repetição inútil de alegações já produzidas.
4 ­ Os documentos a que se refere o número anterior são restituídos às partes, que são notificadas, por ofício e através do seu mandatário, para os receber em prazo certo, sem o que serão arquivados fora do processo.
5 ­ As notificações referidas no número anterior são igualmente dirigidas às partes.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 20.º

Reclamações fora de prazo

(Revogado.)

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 21.º

Vistorias

1 ­ Com o fim de apoiar ou esclarecer as alegações produzidas no processo, a parte interessada pode requerer fundamentadamente, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, vistoria a qualquer estabelecimento ou outro local, não podendo o requerimento ser deferido sem audição do visado.
2 ­ As despesas resultantes da vistoria são custeadas por quem a requerer.
3 ­ A parte que requereu a diligência pode desistir dela, livremente, antes de iniciada.
4 ­ As importâncias depositadas devem ser restituídas, a requerimento do interessado, em casos de desistência tempestiva ou de indeferimento do pedido de vistoria.
5 ­ A vistoria também pode ser efectuada por iniciativa do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, se se verificar que é indispensável para um perfeito esclarecimento do processo.
6 ­ A recusa de cooperação, solicitada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial aos intervenientes em qualquer processo, para esclarecimento da situação, é livremente apreciada aquando da decisão, sem prejuízo da inversão do ónus da prova quando o contra­interessado a tiver, culposamente, tornado impossível.
Artigo 22.º
Formalidades subsequentes
Expirados os prazos previstos no artigo 17.º procede­se ao exame e à apreciação do que foi alegado pelas partes, posto o que o processo será informado, para despacho.
Artigo 23.º Modificação da decisão
1 ­ Se no prazo de dois meses após a publicação de um despacho se reconhecer que este deve ser modificado, o processo é submetido a despacho superior, com informação dos factos de que tenha havido conhecimento e que aconselhem a revogação da decisão proferida.
2 ­ Entende­se por despacho superior aquele que é proferido por superior hierárquico de quem, efectivamente, assinou a decisão a modificar.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 24.º
Fundamentos gerais de recusa
1 ­ São fundamentos gerais de recusa:
a) A falta de pagamento de taxas;
b) A não apresentação dos elementos necessários para uma completa instrução do processo;
c) A inobservância de formalidades ou procedimentos imprescindíveis para a concessão do direito;
d) (Revogada.)
e) (Revogada.)
f) A apresentação de requerimento cujo objecto seja impossível ou ininteligível.
2 ­ Nos casos previstos no número anterior, o acto requerido não pode ser submetido a despacho sem que o requerente seja previamente notificado para vir regularizá­lo, em prazo nele fixado.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 25.º
Alteração ou correcção de elementos não essenciais

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1 ­ Qualquer alteração ou correcção que não afecte os elementos essenciais e característicos da patente, do modelo de utilidade ou do registo pode ser autorizada, no mesmo processo.
2 ­ Nenhum pedido de alteração, ou correcção, previsto neste artigo pode ser recebido se, em relação ao mesmo
direito de propriedade industrial, estiver pendente um processo de declaração de caducidade.
3 ­ As alterações ou correcções a que se refere o n.º 1 são publicadas, para efeitos de recurso, nos termos dos artigos 39.º e seguintes deste Código e averbadas nos respectivos processos.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 26.º

Documentos juntos a outros processos

1 ­ Com excepção da procuração, que é sempre junta a cada um dos processos, ainda que o requerente seja representado pelo mesmo mandatário, os documentos destinados a instruir os pedidos podem ser juntos a um deles e referidos nos outros.
2 ­ No caso de recurso, previsto nos artigos 39.º e seguintes, o recorrente é obrigado a completar, à sua custa, por meio de certidões, os processos em que tais documentos tenham sido referidos.
3 ­ A falta de cumprimento do disposto nos números anteriores deve ser mencionada no ofício de remessa do processo a juízo.
Artigo 27.º
Entrega dos títulos de concessão
1 ­ Os títulos de concessão de direitos de propriedade industrial só são emitidos e entregues aos titulares mediante pedido e decorrido um mês sobre o termo do prazo de recurso ou, interposto este, depois de conhecida a decisão judicial ou arbitral definitiva.
2 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 28.º Contagem de prazos
1 ­ Os prazos estabelecidos neste Código são contínuos.
2 ­ (Revogado.)
3 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 29.º Publicação
1 ­ Os actos que devam publicar­se são levados ao conhecimento das partes, e do público em geral, por meio da sua inserção no Boletim da Propriedade Industrial.
2 ­ A publicação no Boletim da Propriedade Industrial produz efeitos de notificação directa às partes e, salvo
disposição em contrário, marca o início dos prazos previstos neste Código.
3 ­ As partes ou quaisquer outros interessados podem requerer, junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que lhes seja passada certidão do despacho final que incidiu sobre o pedido e respectiva fundamentação, mesmo antes de publicado o correspondente aviso no Boletim da Propriedade Industrial.
4 ­ Qualquer interessado pode também requerer certidão das inscrições efectuadas e dos documentos e processos arquivados, bem como cópias fotográficas ou ordinárias dos desenhos, fotografias, plantas e modelos apresentados com os pedidos de patente, de modelo de utilidade ou de registo, mas só quando os respectivos processos tiverem atingido a fase de publicidade, não exista prejuízo de direitos de terceiros e não estejam em causa documentos classificados ou que revelem segredo comercial ou industrial.
5 ­ Em qualquer processo, considera­se atingida a fase de publicidade quando o pedido for publicado no Boletim

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da Propriedade Industrial.
6 ­ Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial pode fornecer informações sobre pedidos de registo de marcas, de logótipos, de recompensas, de denominações de origem e de
indicações geográficas, mesmo antes de atingida a fase de publicidade.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 30.º

Averbamentos

1 ­ Estão sujeitos a averbamento no Instituto Nacional da Propriedade Industrial:
a) A transmissão e renúncia de direitos privativos;
b) A concessão de licenças de exploração, contratuais ou obrigatórias;
c) A constituição de direitos de garantia ou de usufruto, bem como a penhora, o arresto e outras apreensões de bens efectuadas nos termos legais;
d) As acções judiciais de nulidade ou de anulação de direitos privativos;
e) Os factos ou decisões que modifiquem ou extingam direitos privativos.
2 ­ Os factos referidos no número anterior só produzem efeitos em relação a terceiros depois da data do respectivo averbamento.
3 ­ Os factos sujeitos a averbamento, ainda que não averbados, podem ser invocados entre as próprias partes ou seus sucessores.
4 ­ O averbamento é efectuado a requerimento de qualquer dos interessados, instruído com os documentos
comprovativos do facto a que respeitam.
5 ­ (Revogado.)
6 ­ Os factos averbados são também inscritos no título, quando exista, ou em documento anexo ao mesmo.
7 ­ Do averbamento publica­se aviso no Boletim da Propriedade Industrial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO III Transmissão e licenças
Artigo 31.º Transmissão
1 ­ Os direitos emergentes de patentes, de modelos de utilidade, de registos de topografias de produtos semicondutores, de desenhos ou modelos e de marcas podem ser transmitidos, total ou parcialmente, a título gratuito ou oneroso.
2 ­ O disposto no número anterior é aplicável aos direitos emergentes dos respectivos pedidos.
3 ­ (Revogado.)
4 ­ (Revogado.)
5 ­ Se no logótipo ou na marca figurar o nome individual, a firma ou a denominação social do titular ou requerente do respectivo registo, ou de quem ele represente, é necessária cláusula para a sua transmissão.
6 ­ A transmissão por acto inter vivos deve ser provada por documento escrito, mas se o averbamento da
transmissão for requerido pelo cedente, o cessionário deve, também, assinar o documento que a comprova ou fazer declaração de que aceita a transmissão.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 32.º
Licenças contratuais
1 ­ Os direitos referidos no n.º 1 do artigo anterior podem ser objecto de licença de exploração, total ou parcial, a título gratuito ou oneroso, em certa zona ou em todo o território nacional, por todo o tempo da sua duração ou por prazo inferior.
2 ­ O disposto no número anterior é aplicável aos direitos emergentes dos respectivos pedidos, mas a recusa implica a caducidade da licença.

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3 ­ O contrato de licença está sujeito a forma escrita.
4 ­ Salvo estipulação expressa em contrário, o licenciado goza, para todos os efeitos legais, das faculdades conferidas ao titular do direito objecto da licença, com ressalva do disposto nos números seguintes.
5 ­ A licença presume­se não exclusiva.
6 ­ Entende­se por licença exclusiva aquela em que o titular do direito renuncia à faculdade de conceder outras licenças para os direitos objecto de licença, enquanto esta se mantiver em vigor.
7 ­ A concessão de licença de exploração exclusiva não obsta a que o titular possa, também, explorar directamente o direito objecto de licença, salvo estipulação em contrário.
8 ­ Salvo estipulação em contrário, o direito obtido por meio de licença de exploração não pode ser alienado sem consentimento escrito do titular do direito.
9 ­ Se a concessão de sublicenças não estiver prevista no contrato de licença, só pode ser feita com autorização escrita do titular do direito.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO IV

Extinção dos direitos de propriedade industrial

Artigo 33.º

Nulidade

1 ­ As patentes, os modelos de utilidade e os registos são total ou parcialmente nulos:
a) Quando o seu objecto for insusceptível de protecção;
b) Quando, na respectiva concessão, tenha havido preterição de procedimentos ou formalidades imprescindíveis para a concessão do direito;
c) Quando forem violadas regras de ordem pública.
2 ­ A nulidade é invocável a todo o tempo por qualquer interessado.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 34.º Anulabilidade
1 ­ As patentes, os modelos de utilidade e os registos são total ou parcialmente anuláveis quando o titular não tiver direito a eles, nomeadamente:
a) Quando o direito lhe não pertencer;
b) Quando tiverem sido concedidos com preterição dos direitos previstos nos artigos 58.º, 59.º, 121.º, 122.º,
156.º, 157.º, 181.º, 182.º e 226.º
2 ­ Nos casos previstos na alínea b) do número anterior, o interessado pode, em vez da anulação e se reunir as condições legais, pedir a reversão total ou parcial do direito a seu favor.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 35.º
Processos de declaração de nulidade e de anulação
1 ­ A declaração de nulidade ou a anulação só podem resultar de decisão judicial.
2 ­ Têm legitimidade para intentar a acção referida no número anterior o Ministério Público ou qualquer interessado, devendo ser citados, para além do titular do direito registado contra quem a acção é proposta, todos
os que, à data da publicação do averbamento previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 30.º, tenham requerido o averbamento de direitos derivados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
3 ­ Quando a decisão definitiva transitar em julgado, a secretaria do tribunal remete ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sempre que possível por transmissão electrónica de dados, cópia dactilografada, ou em suporte considerado adequado, para efeito de publicação do respectivo texto e correspondente aviso no Boletim da Propriedade Industrial, bem como do respectivo averbamento.
4 ­ Sempre que sejam intentadas as acções referidas no presente artigo, o tribunal deve comunicar esse facto ao
Instituto Nacional da Propriedade Industrial, se possível por transmissão electrónica de dados, para efeito do

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respectivo averbamento.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 36.º

Efeitos da declaração de nulidade ou da anulação

A eficácia retroactiva da declaração de nulidade ou da anulação não prejudica os efeitos produzidos em cumprimento de obrigação, de sentença transitada em julgado, de transacção, ainda que não homologada, ou em consequência de actos de natureza análoga.
Artigo 37.º Caducidade
1 ­ Os direitos de propriedade industrial caducam independentemente da sua invocação:
a) Quando tiver expirado o seu prazo de duração;
b) Por falta de pagamento de taxas.
2 ­ As causas de caducidade não previstas no número anterior apenas produzem efeitos se invocadas por qualquer interessado.
3 ­ Qualquer interessado pode, igualmente, requerer o averbamento da caducidade prevista no n.º 1, se este não tiver sido feito.
Artigo 38.º Renúncia
1 ­ O titular pode renunciar aos seus direitos de propriedade industrial, desde que o declare expressamente ao
Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ A renúncia pode ser parcial, quando a natureza do direito o permitir.
3 ­ A declaração de renúncia é feita em requerimento, que é junto ao respectivo processo.
4 ­ Se o requerimento de renúncia não estiver assinado pelo próprio, o seu mandatário tem de juntar procuração com poderes especiais.
5 ­ A renúncia não prejudica os direitos derivados que estejam averbados, desde que os seus titulares, devidamente notificados, se substituam ao titular do direito principal, na medida necessária à salvaguarda desses direitos.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO V

Recurso

SUBCAPÍTULO I

Recurso judicial

Artigo 39.º

Decisões que admitem recurso

Cabe recurso, de plena jurisdição, para o tribunal competente, das decisões do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial:
a) Que concedam ou recusem direitos de propriedade industrial;
b) Relativas a transmissões, licenças, declarações de caducidade ou a quaisquer outros actos que afectem, modifiquem ou extingam direitos de propriedade industrial.
Artigo 40.º
Tribunal competente

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1 ­ Para os recursos previstos no artigo anterior é competente o tribunal de propriedade intelectual.
2 ­ Para os efeitos previstos nos artigos 80.º a 92.º do Regulamento (CE) n.º 6/2002, do Conselho, de 12 de
Dezembro de 2001, e nos artigos 95.º a 105.º do Regulamento (CE) n.º 207/2009, do Conselho, de 26 de Fevereiro, é competente o tribunal de propriedade intelectual.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ Lei n.º 52/2008, de 28 de Agosto ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

­ Lei n.º 46/2011, de 24 de Junho ­ 2ª versão: Lei n.º 52/2008, de 28 de Agosto

Artigo 41.º Legitimidade
1 ­ São partes legítimas para recorrer das decisões do Instituto Nacional da Propriedade Industrial o requerente e os reclamantes e ainda quem seja directa e efectivamente prejudicado pela decisão.
2 ­ A título acessório, pode ainda intervir no processo quem, não tendo reclamado, demonstre ter interesse na manutenção das decisões do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Artigo 42.º Prazo
O recurso deve ser interposto no prazo de dois meses a contar da publicação no Boletim da Propriedade Industrial das decisões previstas no artigo 39.º ou da decisão final proferida ao abrigo do artigo 23.º, ou da data das respectivas certidões, pedidas pelo recorrente, quando forem anteriores.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 43.º Resposta­remessa
1 ­ Distribuído o processo, é remetida ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial uma cópia da petição, com os respectivos documentos, a fim de que a entidade que proferiu o despacho recorrido responda o que houver por conveniente e remeta, ou determine seja remetido, ao tribunal o processo sobre o qual o referido despacho recaiu.
2 ­ Se o processo contiver elementos de informação suficientes para esclarecer o tribunal, é expedido no prazo de
10 dias, acompanhado de ofício de remessa.
3 ­ Caso contrário, o ofício de remessa, contendo resposta ao alegado pelo recorrente na sua petição, é expedido, com o processo, no prazo de 20 dias.
4 ­ Quando, por motivo justificado, não possam observar­se os prazos fixados nos números anteriores, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial solicita ao tribunal, oportunamente, a respectiva prorrogação, pelo tempo e nos termos em que a considerar necessária.
5 ­ As comunicações a que se refere este artigo devem ser feitas, sempre que possível, por transmissão electrónica de dados.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 44.º
Citação da parte contrária
1 ­ Recebido o processo no tribunal, é citada a parte contrária, se a houver, para responder, querendo, no prazo de 30 dias.
2 ­ A citação da parte é feita no escritório de advogado constituído ou, não havendo, no cartório do agente oficial da propriedade industrial que a tenha representado no processo administrativo; neste caso, porém, é advertida
de que só pode intervir no processo através de advogado constituído.
3 ­ Findo o prazo para a resposta, o processo é concluso para decisão final, que é proferida no prazo de 15 dias, salvo caso de justo impedimento.
4 ­ A sentença que revogar ou alterar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, substitui­a nos precisos termos

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em que for proferida.
5 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial não é considerado, em caso algum, parte contrária.
Artigo 45.º
Requisição de técnicos
Quando, no recurso, for abordada uma questão que requeira melhor informação, ou quando o tribunal o entender conveniente, este pode, em qualquer momento, requisitar a comparência, em dia e hora por ele designados, de técnico ou técnicos, em cujo parecer se fundou o despacho recorrido, a fim de que lhe prestem oralmente os esclarecimentos de que necessitar.
Artigo 46.º
Recurso da decisão judicial
1 ­ Da sentença proferida cabe recurso, nos termos da lei geral do processo civil, para o tribunal da Relação territorialmente competente para a área da sede do tribunal de propriedade intelectual, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do presente artigo
2 ­ As decisões do tribunal de propriedade intelectual que admitam recurso, nos termos previstos no regime geral das contra­ordenações e nos artigos 80.º a 92.º do Regulamento (CE) n.º 6/2002, do Conselho, de 12 de Dezembro de 2001, e nos artigos 95.º a 105.º do Regulamento (CE) n.º 207/2009, do Conselho, de 26 de Fevereiro, são impugnáveis junto do tribunal da Relação territorialmente competente para a área da sede do tribunal de propriedade intelectual.
3 ­ Do acórdão do Tribunal da Relação não cabe recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, sem prejuízo dos casos em que este é sempre admissível.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ Lei n.º 46/2011, de 24 de Junho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 47.º

Publicação da decisão definitiva

O disposto no n.º 3 do artigo 35.º é aplicável aos recursos.

SUBCAPÍTULO II Recurso arbitral
Artigo 48.º Tribunal arbitral
1 ­ Sem prejuízo da possibilidade de recurso a outros mecanismos extrajudiciais de resolução de litígios, pode ser constituído tribunal arbitral para o julgamento de todas as questões susceptíveis de recurso judicial.
2 ­ Exceptuam­se do disposto no número anterior os casos em que existam contra­interessados, salvo se estes aceitarem o compromisso arbitral.
3 ­ O tribunal arbitral pode determinar a publicidade da decisão nos termos do n.º 3 do artigo 35.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 49.º

Compromisso arbitral

1 ­ O interessado que pretenda recorrer à arbitragem, no âmbito dos litígios previstos no artigo anterior, pode requerer a celebração de compromisso arbitral, nos termos da lei de arbitragem voluntária, e aceitar submeter o litígio a arbitragem.
2 ­ A apresentação de requerimento, ao abrigo do disposto no número anterior, suspende os prazos de recurso judicial.

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3 ­ Sem prejuízo do disposto no número seguinte, a outorga de compromisso arbitral por parte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial é objecto de despacho do presidente do conselho directivo, a proferir no prazo de 30 dias contado da data da apresentação do requerimento.
4 ­ Pode ser determinada a vinculação genérica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial a centros de arbitragem voluntária institucionalizada com competência para dirimir os conflitos referidos no n.º 1 do artigo anterior, por meio de portaria do membro do Governo de que dependa este Instituto, a qual estabelece o tipo e o valor máximo dos litígios abrangidos, conferindo aos interessados o poder de se dirigirem a esses centros para a resolução de tais litígios.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 50.º

Constituição e funcionamento

O tribunal arbitral é constituído e funciona nos termos previstos na lei da arbitragem voluntária.
TÍTULO II
Regimes jurídicos da propriedade industrial
CAPÍTULO I Invenções
SUBCAPÍTULO I
Patentes SECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 51.º Objecto
1 ­ Podem ser objecto de patente as invenções novas, implicando actividade inventiva, se forem susceptíveis de aplicação industrial, mesmo quando incidam sobre um produto composto de matéria biológica, ou que contenha matéria biológica, ou sobre um processo que permita produzir, tratar ou utilizar matéria biológica.
2 ­ Podem obter­se patentes para quaisquer invenções, quer se trate de produtos ou processos, em todos os domínios da tecnologia, desde que essas invenções respeitem o que se estabelece no número anterior.
3 ­ Podem igualmente ser objecto de patente os processos novos de obtenção de produtos, substâncias ou composições já conhecidos.
4 ­ A protecção de uma invenção que respeite as condições estabelecidas no n.º 1 pode ser feita, por opção do requerente, a título de patente ou de modelo de utilidade.
5 ­ A mesma invenção pode ser objecto, simultânea ou sucessivamente, de um pedido de patente e de um pedido de modelo de utilidade.
6 ­ A apresentação sucessiva de pedidos mencionada no número anterior apenas pode ser admitida no período de um ano a contar da data da apresentação do primeiro pedido.
7 ­ Nos casos previstos no n.º 5, o modelo de utilidade caduca após a concessão de uma patente relativa à mesma
invenção.
a) As descobertas, assim como as teorias científicas e os métodos matemáticos;
b) Os materiais ou as substâncias já existentes na natureza e as matérias nucleares;
c) As criações estéticas;
d) Os projectos, os princípios e os métodos do exercício de actividades intelectuais em matéria de jogo ou no domínio das actividades económicas, assim como os programas de computadores, como tais, sem qualquer contributo;
e) As apresentações de informação.

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2 ­ (Revogado.)
3 ­ O disposto no n.º 1 só exclui a patenteabilidade quando o objecto para que é solicitada a patente se limite aos elementos nele mencionados.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 53.º

Limitações quanto à patente

1 ­ As invenções cuja exploração comercial seja contrária à lei, à ordem pública, à saúde pública e aos bons costumes são excluídas da patenteabilidade, não podendo a exploração ser considerada como tal pelo simples facto de ser proibida por disposição legal ou regulamentar.
2 ­ Nos termos do número anterior não são patenteáveis, nomeadamente:
a) Os processos de clonagem de seres humanos;
b) Os processos de modificação da identidade genética germinal do ser humano;
c) As utilizações de embriões humanos para fins industriais ou comerciais;
d) Os processos de modificação de identidade genética dos animais que lhes possam causar sofrimentos sem utilidade médica substancial para o homem ou para o animal, bem como os animais obtidos por esses processos.
3 ­ Não podem ainda ser objecto de patente:
a) O corpo humano, nos vários estádios da sua constituição e do seu desenvolvimento, bem como a simples descoberta de um dos seus elementos, incluindo a sequência ou a sequência parcial de um gene, sem prejuízo do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo seguinte;
b) As variedades vegetais ou as raças animais, assim como os processos essencialmente biológicos de obtenção de vegetais ou animais;
c) Os métodos de tratamento cirúrgico ou terapêutico do corpo humano ou animal e os métodos de diagnóstico aplicados ao corpo humano ou animal, podendo ser patenteados os produtos, substâncias ou composições utilizados em qualquer desses métodos.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 54.º
Casos especiais de patenteabilidade
1 ­ Pode ser patenteada:
a) Uma substância ou composição compreendida no estado da técnica para a utilização num método citado na alínea c) do n.º 3 do artigo anterior, com a condição de que essa utilização, para qualquer método aí referido, não esteja compreendida no estado da técnica;
b) A substância ou composição referida na alínea anterior para outra qualquer utilização específica num método citado na alínea c) do n.º 3 do artigo anterior, desde que essa utilização não esteja compreendida no estado da técnica;
c) Uma invenção nova, que implique actividade inventiva e seja susceptível de aplicação industrial, que incida
sobre qualquer elemento isolado do corpo humano ou produzido de outra forma por um processo técnico,
incluindo a sequência ou a sequência parcial de um gene, ainda que a estrutura desse elemento seja idêntica à de um elemento natural, desde que seja observada expressamente e exposta concretamente no pedido de patente,
a aplicação industrial de uma sequência ou de uma sequência parcial de um gene;
d) Uma invenção que tenha por objecto vegetais ou animais, se a sua exequibilidade técnica não se limitar a uma determinada variedade vegetal ou raça animal;
e) Uma matéria biológica, isolada do seu ambiente natural ou produzida com base num processo técnico, mesmo que preexista no estado natural;
f) Uma invenção que tenha por objecto um processo microbiológico ou outros processos técnicos, ou produtos obtidos mediante esses processos.
2 ­ Entende­se por processo essencialmente biológico de obtenção de vegetais ou de animais qualquer processo que consista, integralmente, em fenómenos naturais, como o cruzamento ou a selecção.
3 ­ Entende­se por processo microbiológico qualquer processo que utilize uma matéria microbiológica, que inclua uma intervenção sobre uma matéria microbiológica ou que produza uma matéria microbiológica.
4 ­ Entende­se por matéria biológica qualquer matéria que contenha informações genéticas e seja auto­replicável ou replicável num sistema biológico.

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 55.º

Requisitos de patenteabilidade

1 ­ Uma invenção é considerada nova quando não está compreendida no estado da técnica.
2 ­ Considera­se que uma invenção implica actividade inventiva se, para um perito na especialidade, não resultar de uma maneira evidente do estado da técnica.
3 ­ Considera­se que uma invenção é susceptível de aplicação industrial se o seu objecto puder ser fabricado ou
utilizado em qualquer género de indústria ou na agricultura.
Artigo 56.º Estado da técnica
1 ­ O estado da técnica é constituído por tudo o que, dentro ou fora do País, foi tornado acessível ao público antes da data do pedido de patente, por descrição, utilização ou qualquer outro meio.
2 ­ É igualmente considerado como compreendido no estado da técnica o conteúdo dos pedidos de patentes e de modelos de utilidade requeridos em data anterior à do pedido de patente, para produzir efeitos em Portugal e ainda não publicados.
Artigo 57.º
Divulgações não oponíveis
1 ­ Não prejudicam a novidade da invenção:
a) As divulgações em exposições oficiais ou oficialmente reconhecidas nos termos da Convenção Relativa às Exposições Internacionais, se o requerimento a pedir a respectiva patente for apresentado em Portugal dentro do prazo de seis meses;
b) As divulgações resultantes de abuso evidente em relação ao inventor ou seu sucessor por qualquer título, ou de publicações feitas indevidamente pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ A disposição da alínea a) do número anterior só é aplicável se o requerente comprovar, no prazo de um mês a contar da data do pedido de patente, que a invenção foi efectivamente exposta ou divulgada nos termos previstos na referida alínea, apresentando, para o efeito, um certificado emitido pela entidade responsável pela exposição, que exiba a data em que a invenção foi pela primeira vez exposta ou divulgada nessa exposição, bem como a identificação da invenção em causa.
3 ­ A pedido do requerente, o prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado, uma única vez, por igual
período.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 58.º

Regra geral sobre o direito à patente

1 ­ O direito à patente pertence ao inventor ou seus sucessores por qualquer título.
2 ­ Se forem dois, ou mais, os autores da invenção, qualquer um tem direito a requerer a patente em benefício de todos.
Artigo 59.º
Regras especiais sobre titularidade da patente
1 ­ Se a invenção for feita durante a execução de contrato de trabalho em que a actividade inventiva esteja prevista, o direito à patente pertence à respectiva empresa.
2 ­ No caso a que se refere o número anterior, se a actividade inventiva não estiver especialmente remunerada, o inventor tem direito a remuneração, de harmonia com a importância da invenção.

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3 ­ Independentemente das condições previstas no n.º 1:
a) Se a invenção se integrar na sua actividade, a empresa tem direito de opção à patente mediante remuneração de harmonia com a importância da invenção e pode assumir a respectiva propriedade, ou reservar­se o direito à
sua exploração exclusiva, à aquisição da patente ou à faculdade de pedir ou adquirir patente estrangeira;
b) O inventor deve informar a empresa da invenção que tiver realizado, no prazo de três meses a partir da data em que esta for considerada concluída;
c) Se, durante esse período, o inventor chegar a requerer patente para essa invenção, o prazo para informar a empresa é de um mês a partir da apresentação do respectivo pedido no Instituto Nacional da Propriedade Industrial;
d) O não cumprimento das obrigações referidas nas alíneas b) e c), por parte do inventor, implica responsabilidade civil e laboral, nos termos gerais;
e) A empresa pode exercer o seu direito de opção, no prazo de três meses a contar da recepção da notificação do inventor.
4 ­ Se nos termos do disposto na alínea e) do número anterior, a remuneração devida ao inventor não for integralmente paga no prazo estabelecido, a empresa perde, a favor daquele, o direito à patente referida nos
números anteriores.
5 ­ As invenções cuja patente tenha sido pedida durante o ano seguinte à data em que o inventor deixar a empresa consideram­se feitas durante a execução do contrato de trabalho.
6 ­ Se, nas hipóteses previstas nos n.os 2 e 3, as partes não chegarem a acordo, a questão é resolvida por arbitragem.
7 ­ Salvo convenção em contrário, é aplicável às invenções feitas por encomenda, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 1, 2, 4 e 5.
8 ­ Salvo disposição em contrário, os preceitos anteriores são aplicáveis ao Estado e corpos administrativos e, bem assim, aos seus funcionários e servidores a qualquer título.
9 ­ Os direitos reconhecidos ao inventor não podem ser objecto de renúncia antecipada.
Artigo 60.º
Direitos do inventor
1 ­ Se a patente não for pedida em nome do inventor, este tem o direito de ser mencionado, como tal, no requerimento e no título da patente.
2 ­ Se assim o solicitar por escrito, o inventor pode não ser mencionado, como tal, nas publicações a que o pedido der lugar.
SECÇÃO II
Processo de patente
SUBSECÇÃO I Via nacional
Artigo 61.º Forma do pedido
1 ­ O pedido de patente é apresentado em requerimento redigido em língua portuguesa que indique ou contenha: a) O nome, firma ou denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou o lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) A epígrafe ou título que sintetize o objecto da invenção;
c) O nome e país de residência do inventor;
d) O país onde se tenha apresentado o primeiro pedido, a data e o número dessa apresentação, no caso do requerente pretender reivindicar o direito de prioridade;
e) A menção de que requereu modelo de utilidade para a mesma invenção, se foi o caso, nos termos do n.º 5 do artigo 51.º;
f) A assinatura ou identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ As expressões de fantasia utilizadas para designar a invenção não constituem objecto de reivindicação.
3 ­ Para efeito do que se dispõe no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido de patente que primeiro apresentar, para além dos elementos exigidos na alínea a) do n.º 1, a indicação do número e data do pedido anterior e do organismo onde o mesmo foi efectuado, quando for reivindicada a prioridade de um pedido
anterior.

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 62.º

Documentos a apresentar

1 ­ Ao requerimento devem juntar­se, redigidos em língua portuguesa, os seguintes elementos:
a) Reivindicações do que é considerado novo e que caracteriza a invenção;
b) Descrição do objecto da invenção;
c) Desenhos necessários à perfeita compreensão da descrição;
d) Resumo da invenção.
2 ­ Os elementos referidos no número anterior devem respeitar os requisitos formais fixados por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
3 ­ As reivindicações definem o objecto da protecção requerida, devendo ser claras, concisas, correctamente redigidas, baseando­se na descrição e contendo, quando apropriado:
a) Um preâmbulo que mencione o objecto da invenção e as características técnicas necessárias à definição dos elementos reivindicados, mas que, combinados entre si, fazem parte do estado da técnica;
b) Uma parte caracterizante, precedida da expressão «caracterizado por» e expondo as características técnicas que, em ligação com as características indicadas na alínea anterior, definem a extensão da protecção solicitada.
4 ­ A descrição deve indicar, de maneira breve e clara, sem reservas nem omissões, tudo o que constitui o objecto da invenção, contendo uma explicação pormenorizada de, pelo menos, um modo de realização da invenção, de maneira que qualquer pessoa competente na matéria a possa executar.
5 ­ Os desenhos devem ser constituídos por figuras em número estritamente necessário à compreensão da invenção.
6 ­ O resumo da invenção, a publicar no Boletim da Propriedade Industrial:
a) Consiste numa breve exposição do que é referido na descrição, reivindicações e desenhos e não deve conter, de preferência, mais de 150 palavras;
b) Serve, exclusivamente, para fins de informação técnica e não será tomado em consideração para qualquer outra finalidade, designadamente para determinar a extensão da protecção requerida.
7 ­ Os elementos previstos nos números anteriores podem ser apresentados em língua inglesa, notificando­se o requerente, nos termos do artigo 65.º, para apresentar uma tradução para a língua portuguesa.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 62.º­A

Pedido provisório de patente

1 ­ Quem pretenda assegurar a prioridade de um pedido de patente e não disponha ainda de todos os elementos previstos no artigo anterior, pode apresentar um pedido provisório, adiando a entrega desses elementos até ao prazo máximo de 12 meses.
2 ­ Para efeito do que se dispõe no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido provisório apresentado
em requerimento, redigido em língua portuguesa ou inglesa, que indique ou contenha:
a) O nome, firma ou denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou o lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) A epígrafe ou título que sintetize o objecto da invenção;
c) O nome e país de residência do inventor;
d) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário;
e) Um documento que descreva o objecto do pedido de maneira a permitir a execução da invenção por qualquer pessoa competente na matéria.
3 ­ O requerente de um pedido provisório não pode reivindicar a prioridade de um pedido anterior.
4 ­ A pedido do requerente e antes de expirado o prazo de 12 meses a contar da apresentação do pedido provisório, é realizada uma pesquisa, com base no documento mencionado na alínea e) do n.º 2, sempre que
neste exista matéria técnica pesquisável.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho

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Artigo 62.º­B
Conversão do pedido provisório de patente
1 ­ Antes de expirado o prazo de 12 meses a contar da apresentação do pedido provisório, este pedido deve ser convertido num pedido definitivo de patente, acompanhado dos elementos previstos nos artigos 61.º e 62.º, devidamente redigidos em língua portuguesa.
2 ­ Quando as reivindicações do pedido definitivo não tenham base no documento apresentado pelo requerente ao abrigo da alínea e) do n.º 2 do artigo anterior, a prioridade do pedido conta­se da data de apresentação das referidas reivindicações e não da data do pedido provisório.
3 ­ Após a conversão em pedido definitivo de patente, é realizado o exame quanto à forma e quanto às limitações relativas ao objecto ou à patente, nos termos previstos no artigo 65.º
4 ­ A publicação a que se refere o artigo 66.º é efectuada decorridos 18 meses da data de apresentação do pedido provisório, seguindo­se os termos do processo previstos nos artigos 68.º e seguintes.
5 ­ Sempre que ocorra a conversão mencionada no n.º 1, a duração da patente prevista no artigo 99.º conta­se da data de apresentação do pedido provisório.
6 ­ Quando não seja cumprido o disposto no n.º 1, o pedido provisório é considerado retirado.
7 ­ O termo do prazo mencionado no n.º 1 pode ser recordado aos requerentes, a título meramente informativo.
8 ­ A falta do aviso referido no número anterior não constitui justificação para a não observância daquele prazo.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 63.º
Invenções biotecnológicas
1 ­ No caso em que uma invenção diga respeito a matéria biológica não acessível ao público e não possa ser descrita no pedido de patente por forma a permitir a sua realização por pessoa competente na matéria, ou implicar a utilização de uma matéria desse tipo, a descrição só é considerada suficiente, para efeitos de obtenção de patente, se:
a) A matéria biológica tiver sido depositada até à data de apresentação do pedido de patente em instituição de depósito reconhecida, como as instituições de depósito internacionais que tenham adquirido esse estatuto em conformidade com o Tratado de Budapeste, de 28 de Abril de 1977, sobre o Reconhecimento Internacional do Depósito de Microrganismos para efeitos de Procedimento em Matéria de Patentes;
b) O pedido incluir as informações pertinentes de que o requerente dispõe relativamente às características da matéria biológica depositada;
c) O pedido de patente mencionar a instituição de depósito e o número de depósito.
2 ­ O acesso à matéria biológica depositada deve ser assegurado mediante entrega de uma amostra:
a) Até à primeira publicação do pedido de patente, unicamente às pessoas a quem tal direito é conferido pelo direito nacional;
b) Entre a primeira publicação do pedido e a concessão da patente, a qualquer pessoa que o solicite ou, a pedido do depositante, unicamente a um perito independente;
c) Após a concessão da patente e, mesmo no caso de cessação da patente por invalidade ou caducidade, a qualquer pessoa que o solicite.
3 ­ A entrega só é efectuada se a pessoa que o solicita se comprometer, durante o período de duração da patente:
a) A não facultar a terceiros qualquer amostra da matéria biológica depositada ou de uma matéria dela derivada; b) A não utilizar qualquer amostra da matéria depositada ou de uma matéria dela derivada, excepto para fins experimentais, salvo renúncia expressa do requerente ou do titular da patente quanto a esse compromisso.
4 ­ Caso o pedido de patente seja recusado ou retirado, o acesso à matéria depositada pode ficar, a pedido do depositante, limitado a um perito independente durante 20 anos a contar da data de apresentação do pedido de patente, sendo, neste caso, aplicável o disposto no n.º 3.
5 ­ Os pedidos do depositante, referidos na alínea b) do n.º 2 e no n.º 4, só podem ser apresentados até à data em que se considerem concluídos os preparativos técnicos para publicação do pedido de patente.
6 ­ Quando a matéria biológica depositada em conformidade com o disposto nos números anteriores deixar de estar disponível na instituição de depósito reconhecida, é permitido um novo depósito da matéria nas condições previstas no Tratado de Budapeste.
7 ­ Qualquer novo depósito deve ser acompanhado de uma declaração assinada pelo depositante, certificando que a matéria biológica, objecto do novo depósito, é idêntica à inicialmente depositada.

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Artigo 64.º
Prazo para entrega da descrição e dos desenhos
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 65.º

Exame quanto à forma e quanto às limitações

1 ­ Apresentado o pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, é feito exame, quanto à forma e quanto às limitações relativas ao objecto ou à patente, no prazo de um mês, para verificar se preenche os requisitos estabelecidos nos artigos 52.º, 53.º e 61.º a 63.º
2 ­ Caso o Instituto Nacional da Propriedade Industrial verifique que existem no pedido irregularidades de carácter formal ou que existem limitações quanto ao objecto ou à patente, o requerente é notificado para corrigi­las no prazo de dois meses.
3 ­ Se o não fizer no prazo estabelecido, o pedido é recusado e publicado o respectivo despacho no Boletim da
Propriedade Industrial, não havendo, neste caso, lugar à publicação prevista no artigo 66.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 65.º­A

Relatório de pesquisa

1 ­ Depois de efectuado o exame previsto no artigo anterior é realizada uma pesquisa ao estado da técnica, com base em todos os elementos constantes do processo, de modo a avaliar os requisitos de novidade e actividade inventiva.
2 ­ O relatório de pesquisa, que não tem um carácter vinculativo, é imediatamente enviado ao requerente.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 66.º Publicação do pedido
1 ­ Sendo apresentado de forma regular, ou regularizado nos termos do n.º 2 do artigo 65.º, o pedido de patente é publicado no Boletim da Propriedade Industrial com a transcrição do resumo e da classificação internacional de patentes.
2 ­ A publicação a que se refere o número anterior é efectuada decorridos 18 meses a contar da data da apresentação do pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial ou da prioridade reivindicada.
3 ­ A publicação pode ser antecipada a pedido expresso do requerente.
4 ­ Efectuada a publicação, qualquer pessoa pode requerer cópia dos elementos constantes do processo.
5 ­ Sem prejuízo do disposto nos artigos anteriores, as reivindicações ou expressões que infrinjam o disposto no n.º 2 do artigo 61.º são suprimidas, oficiosamente, tanto no título da patente como nas publicações a que o
pedido der lugar.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 67.º

Oposição

(Revogado.)

24

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 68.º

Exame da invenção

1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial promove o exame da invenção, considerando todos os elementos constantes do processo.
2 ­ Findo o prazo para oposição, sem que tenha sido apresentada reclamação, faz­se relatório do exame no prazo de um mês.
3 ­ Havendo oposição, o relatório é elaborado no prazo de um mês a contar da apresentação da última peça processual a que se refere o artigo 17.º
4 ­ Se, do exame, se concluir que a patente pode ser concedida, é publicado o respectivo aviso no Boletim da
Propriedade Industrial.
5 ­ Se, do exame, se concluir que a patente não pode ser concedida, o relatório, acompanhado de cópia de todos os elementos nele citados, é enviado ao requerente com notificação para, no prazo de dois meses, responder às observações feitas.
6 ­ Se, após a resposta do requerente, se verificar que subsistem objecções à concessão da patente, faz­se nova notificação para, no prazo de um mês, serem esclarecidos os pontos ainda em dúvida.
7 ­ Quando, da resposta do requerente, se verificar que a patente pode ser concedida, é publicado o respectivo aviso no Boletim da Propriedade Industrial.
8 ­ Se a resposta às notificações não for considerada suficiente, é publicado o aviso de recusa ou de concessão
parcial, de harmonia com o relatório do exame.
9 ­ Se o requerente não responder à notificação a patente é recusada, publicando­se o respectivo aviso no
Boletim da Propriedade Industrial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 69.º

Concessão parcial

1 ­ Tratando­se, apenas, de delimitar a matéria protegida, eliminar reivindicações, desenhos, frases do resumo ou da descrição ou alterar o título ou epígrafe da invenção, de harmonia com a notificação e se o requerente não proceder voluntariamente a essas modificações, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial pode fazê­las e publicar, assim, o aviso de concessão parcial da respectiva patente no Boletim da Propriedade Industrial.
2 ­ A publicação do aviso mencionado no número anterior deve conter a indicação de eventuais alterações da epígrafe, das reivindicações, da descrição ou do resumo.
3 ­ A concessão parcial deve ser proferida de forma a que a parte recusada não exceda os limites constantes do relatório do exame.
Artigo 70.º Alterações do pedido
1 ­ Se o pedido sofrer alterações durante a fase de exame, o aviso de concessão publicado no Boletim da
Propriedade Industrial deve conter essa indicação.
2 ­ As alterações introduzidas no pedido durante a fase de exame são comunicadas aos reclamantes, se os houver, para efeitos de recurso.
Artigo 71.º
Unidade da invenção
1 ­ No mesmo requerimento não se pode pedir mais de uma patente nem uma só patente para mais de uma invenção.
2 ­ Uma pluralidade de invenções, ligadas entre si de tal forma que constituam um único conceito inventivo geral, é considerada uma só invenção.

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Artigo 72.º
Publicação do fascículo
Decorridos os prazos previstos no n.º 1 do artigo 27.º, pode publicar­se o fascículo da patente.
Artigo 73.º Motivos de recusa
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, a patente é recusada quando:
a) A invenção carecer de novidade, actividade inventiva ou não for susceptível de aplicação industrial;
b) O seu objecto se incluir na previsão dos artigos 52.º ou 53.º;
c) A epígrafe ou o título dado à invenção abranger objecto diferente, ou houver divergência entre a descrição e desenhos;
d) O seu objecto não for descrito de maneira que permita a execução da invenção por qualquer pessoa competente na matéria;
e) For considerada desenho ou modelo pela sua descrição e reivindicações;
f) Houver infracção ao disposto nos artigos 58.º ou 59.º;
g) Tenha por objecto uma invenção para a qual tenha sido concedida, ao mesmo inventor ou com o seu consentimento, uma patente europeia válida em Portugal.
2 ­ No caso previsto na alínea f) do número anterior, em vez da recusa da patente pode ser concedida a transmissão total ou parcial a favor do interessado, se este a tiver pedido.
3 ­ Constitui ainda motivo de recusa o reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal ou de que esta é possível independentemente da sua intenção.
Notificação do despacho definitivo
Do despacho definitivo é imediatamente efectuada notificação, nos termos do n.º 1 do artigo 16.º, com indicação do Boletim da Propriedade Industrial em que o respectivo aviso foi publicado.

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­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

SUBSECÇÃO II Via europeia
Artigo 75.º Âmbito
1 ­ As disposições seguintes aplicam­se aos pedidos de patente europeia e às patentes europeias que produzam efeitos em Portugal.
2 ­ As disposições do presente Código aplicam­se em tudo que não contrarie a Convenção sobre a Patente
Europeia de 5 de Outubro de 1973.
Artigo 76.º
Apresentação de pedidos de patente europeia
1 ­ Os pedidos de patente europeia são apresentados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial ou no
Instituto Europeu de Patentes.
2 ­ Quando o requerente de uma patente europeia tiver o seu domicílio ou sede social em Portugal, o pedido deve ser apresentado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sob pena de não poder produzir efeitos em Portugal, salvo se nele se reivindica a prioridade de um pedido anterior apresentado em Portugal.

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3 ­ (Revogado.)
Línguas em que podem ser redigidos os pedidos de patente europeia
1 ­ Os pedidos de patente europeia apresentados em Portugal podem ser redigidos em qualquer das línguas previstas na Convenção sobre a Patente Europeia.
2 ­ Se o pedido de patente europeia for apresentado em língua diferente da portuguesa, deve ser acompanhado
de uma tradução em português da descrição, das reivindicações e do resumo, bem como de uma cópia dos desenhos, ainda que estes não contenham expressões a traduzir, salvo se o pedido de patente europeia reivindicar a prioridade de um pedido anterior apresentado em Portugal.
3 ­ A tradução mencionada no número anterior é entregue no Instituto Nacional da Propriedade Industrial no prazo de um mês a contar da data do pedido de patente europeia apresentado em Portugal.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 78.º
Direitos conferidos pelos pedidos de patente europeia publicados
1 ­ Os pedidos de patente europeia, depois de publicados nos termos da Convenção sobre a Patente Europeia, gozam em Portugal de uma protecção provisória equivalente à conferida aos pedidos de patentes nacionais publicados, a partir da data em que, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, for acessível ao público uma tradução das reivindicações, em português, acompanhada de uma cópia dos desenhos.
2 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial procede à publicação, no Boletim da Propriedade Industrial, de um aviso com as indicações necessárias à identificação do pedido de patente europeia.
3 ­ A partir da data da publicação do aviso a que se refere o número anterior, qualquer pessoa pode tomar conhecimento do texto da tradução e obter reproduções da mesma.
Artigo 79.º
Tradução da patente europeia
1 ­ Sempre que o Instituto Europeu de Patentes conceder uma patente para ser válida em Portugal, o respectivo titular deve apresentar, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, uma tradução em português da
descrição, das reivindicações e do resumo, bem como de uma cópia dos desenhos da patente e, se for o caso, das
modificações introduzidas durante a fase da oposição, sob pena de a patente não produzir efeitos em Portugal.
2 ­ A tradução da patente europeia deve ser acompanhada de uma cópia dos desenhos, ainda que estes não contenham expressões a traduzir.
3 ­ O disposto nos números anteriores aplica­se sempre que o Instituto Europeu de Patentes limite, a pedido do titular, uma patente europeia.
4 ­ Nos casos previstos nos n.os 1 e 2, e para efeitos do que se dispõe nos artigos 73.º e 88.º, o titular deve ainda mencionar se a invenção a que respeita a patente europeia é objecto de uma patente ou de um pedido de patente apresentado anteriormente em Portugal, indicando o respectivo número, data de pedido ou outras observações que considere relevantes.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 80.º
Prazo para apresentação da tradução da patente europeia
1 ­ A tradução em português da descrição, das reivindicações e do resumo, bem como de uma cópia dos desenhos da patente europeia, deve ser apresentada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial no prazo de três meses a contar da data da publicação no Boletim Europeu de Patentes do aviso de concessão da patente ou, se for esse
o caso, a contar da data do aviso da decisão relativa à oposição ou à limitação da patente europeia.

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2 ­ Os documentos mencionados no número anterior devem ser apresentados conjuntamente e acompanhados das taxas devidas.
3 ­ Se o requerente não tiver dado satisfação a todas as exigências previstas no n.º 1, no prazo aí indicado, pode
fazê­lo no prazo de um mês a contar do seu termo, mediante o pagamento de uma sobretaxa calculada com referência à taxa do pedido de patente nacional.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 81.º

Responsabilidade das traduções

Quando o requerente ou o titular da patente europeia não tiver domicílio nem sede social em Portugal, as traduções dos textos devem ser executadas sob a responsabilidade de um agente oficial da propriedade industrial ou de mandatário acreditado junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
Artigo 82.º
Publicação do aviso relativo à tradução
1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial procede à publicação, no Boletim da Propriedade Industrial, de um aviso relativo à remessa das traduções referidas no artigo 79.º, contendo as indicações necessárias à identificação da patente europeia e a eventuais limitações.
2 ­ A publicação do aviso só tem lugar após o pagamento da taxa correspondente.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 83.º

Inscrição no registo de patentes

1 ­ Quando a concessão da patente europeia tiver sido objecto de aviso no Boletim Europeu de Patentes, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial inscreve­a no seu registo de patentes com os dados mencionados no registo europeu de patentes.
2 ­ São igualmente objecto de inscrição no registo de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial a data em que se tenha recebido as traduções mencionadas no artigo 79.º ou, na falta de remessa dessas traduções, os dados mencionados no registo europeu de patentes relativo ao processo de oposição, assim como os dados previstos para as patentes portuguesas.
3 ­ A inscrição, no registo europeu de patentes, de actos que transmitam ou modifiquem os direitos relativos a
um pedido de patente europeia, ou a uma patente europeia, torna­os oponíveis a terceiros.
4 ­ Uma patente concedida pela via europeia pode ser limitada ou revogada a pedido do titular nos casos previstos na Convenção sobre a Patente Europeia, sendo esse facto inscrito no registo de patentes do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
5 ­ Dos actos previstos no número anterior, e após o pagamento da taxa correspondente, publica­se aviso no
Boletim da Propriedade Industrial.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 84.º

Texto do pedido da patente europeia que faz fé

Quando se tenha apresentado uma tradução em português, nos termos dos artigos precedentes, considera­se que essa tradução faz fé se o pedido, ou a patente europeia, conferir, no texto traduzido, uma protecção menor do que a concedida pelo mesmo pedido ou patente na língua utilizada no processo.
Artigo 85.º

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Revisão da tradução
1 ­ O requerente ou titular de patente europeia pode efectuar, a todo o momento, uma revisão da tradução, a qual só produz efeitos desde que seja acessível ao público no Instituto Nacional da Propriedade Industrial e tenha sido paga a respectiva taxa.
2 ­ Qualquer pessoa que, de boa fé, tenha começado a explorar uma invenção ou tenha feito preparativos, efectivos e sérios, para esse fim, sem que tal exploração constitua uma contrafacção do pedido ou da patente, de acordo com o texto da tradução inicial, pode continuar com a exploração, na sua empresa ou para as
necessidades desta, a título gratuito e sem obrigação de indemnizar.
Artigo 86.º
Transformação em pedido de patente nacional
1 ­ Um pedido de patente europeia pode ser transformado em pedido de patente nacional, nos casos previstos na
Convenção sobre a Patente Europeia.
2 ­ Sempre que tenha sido retirado, considerado retirado ou recusado, o pedido de patente europeia pode, também, ser transformado em pedido de patente nacional.
3 ­ A possibilidade de transformação mencionada nos números anteriores pode aplicar­se ainda nos casos em que a patente europeia tenha sido revogada.
4 ­ Considera­se o pedido de patente europeia como um pedido de patente nacional desde a data da recepção, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, do pedido de transformação.
5 ­ Ao pedido de patente nacional é atribuída a data do pedido de patente europeia e, se for caso disso, da respectiva prioridade, salvo se a atribuição dessa data não for admissível nos termos previstos na Convenção
sobre a Patente Europeia.
6 ­ O pedido de patente é recusado se, no prazo de dois meses a contar da data da recepção do pedido de transformação, o requerente não pagar as taxas devidas por um pedido de patente nacional ou, se for o caso, não tiver apresentado uma tradução em português do texto original do pedido de patente europeia.
3 ­ O disposto no artigo anterior é aplicável, com as devidas adaptações, sempre que seja requerida a transformação em pedido de modelo de utilidade.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 88.º
Proibição de dupla protecção
1 ­ Uma patente nacional que tenha por objecto uma invenção para a qual tenha sido concedida, com a mesma data de pedido ou de prioridade, uma patente europeia válida em Portugal, ao mesmo inventor ou com o seu consentimento, caduca a partir do momento em que:
a) O prazo previsto para apresentar oposição à patente europeia tenha expirado, sem que qualquer oposição tenha sido formulada;
b) O processo de oposição tenha terminado, mantendo­se a patente europeia.
2 ­ No caso de a patente nacional ter sido concedida posteriormente a qualquer das datas indicadas nas alíneas a) e b) do número anterior, esta patente caduca, publicando­se o correspondente aviso no Boletim da Propriedade Industrial.
3 ­ A extinção ou a anulação posteriores da patente europeia não afectam as disposições dos números anteriores.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

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Artigo 89.º Taxas anuais
Por todas as patentes europeias que produzam efeitos em Portugal devem ser pagas, no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial, as taxas anuais aplicáveis às patentes nacionais, nos prazos previstos no presente Código.
SUBSECÇÃO III
Via tratado de cooperação em matéria de patentes
Artigo 90.º Definição e âmbito
1 ­ Entende­se por pedido internacional um pedido apresentado nos termos do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes, concluído em Washington, em 19 de Junho de 1970.
2 ­ As disposições do Tratado de Cooperação e, a título complementar, as disposições constantes dos artigos seguintes são aplicáveis aos pedidos internacionais para os quais o Instituto Nacional da Propriedade Industrial actua na qualidade de administração receptora ou de administração designada ou eleita.
3 ­ As disposições do presente Código aplicam­se em tudo o que não contrarie o Tratado de Cooperação.
Artigo 91.º
Apresentação dos pedidos internacionais
1 ­ Os pedidos internacionais formulados por pessoas singulares ou colectivas que tenham domicílio ou sede em Portugal devem ser apresentados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, no Instituto Europeu de Patentes ou na Organização Mundial da Propriedade Intelectual.
2 ­ Sempre que não seja reivindicada prioridade de um pedido anterior feito em Portugal, o pedido internacional deve ser apresentado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sob pena de não poder produzir efeitos em Portugal.
3 ­ (Revogado.)
4 ­ Nas condições previstas no n.º 1, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial actua na qualidade de administração receptora, nos termos do Tratado de Cooperação.
5 ­ Qualquer pedido internacional apresentado junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, actuando na qualidade de administração receptora, está sujeito ao pagamento, para além das taxas previstas no Tratado de Cooperação, de uma taxa de transmissão.
6 ­ O pagamento da taxa de transmissão deve ser satisfeito no prazo de um mês a contar da data da recepção do pedido internacional.
7 ­ Os pedidos internacionais apresentados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, actuando na qualidade de administração receptora, podem ser redigidos em língua portuguesa, francesa, inglesa ou alemã.
8 ­ Os requerentes dos pedidos internacionais redigidos em língua portuguesa devem, no prazo de um mês a contar da data de recepção do pedido internacional pela administração receptora, entregar nesta administração uma tradução do pedido internacional numa das outras línguas previstas no número anterior.
9 ­ Se o requerente não tiver satisfeito as exigências previstas no número anterior, no prazo nele indicado, pode fazê­lo, nos termos previstos no Tratado de Cooperação para pedidos internacionais, mediante o pagamento, à
administração receptora, da sobretaxa prevista no regulamento de execução do Tratado de Cooperação.
10 ­ Os pedidos internacionais devem ser acompanhados de uma tradução em português da descrição, das reivindicações, do resumo e de uma cópia dos desenhos, ainda que estes não tenham expressões a traduzir, salvo se o pedido internacional reivindicar a prioridade de um pedido anterior feito em Portugal para a mesma invenção.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 92.º

Administração designada e eleita

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial actua na qualidade de administração designada e eleita nos termos do Tratado de Cooperação para os pedidos internacionais que visem proteger a invenção em Portugal, sempre que estes não tenham o efeito de um pedido de patente europeia.

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Artigo 93.º
Efeitos dos pedidos internacionais
Os pedidos internacionais para os quais o Instituto Nacional da Propriedade Industrial actua como administração designada e eleita nos termos do artigo anterior produzem, em Portugal, os mesmos efeitos que um pedido de patente portuguesa apresentado na mesma data.
Artigo 94.º
Prazo para a apresentação da tradução do pedido internacional
1 ­ Sempre que um requerente desejar que o processo relativo a um pedido internacional prossiga em Portugal, deve apresentar, junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, uma tradução, em português, de todos os elementos que integram o pedido internacional, no prazo estabelecido no Tratado de Cooperação, e satisfazer, em simultâneo, o pagamento da taxa correspondente ao pedido nacional.
2 ­ (Revogado.)
3 ­ Se o requerente não tiver satisfeito todas as exigências previstas no n.º 1, no prazo nele indicado, pode fazê­
lo no prazo de um mês a contar do seu termo, mediante o pagamento de uma sobretaxa calculada com referência à taxa do pedido de patente nacional.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 95.º

Direitos conferidos pelos pedidos internacionais publicados

1 ­ Depois de publicados, nos termos do Tratado de Cooperação, os pedidos internacionais gozam, em Portugal, de uma protecção provisória equivalente à que é conferida aos pedidos de patentes nacionais publicados a partir da data em que seja acessível ao público, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, uma tradução em português das reivindicações, acompanhada de uma cópia dos desenhos, ainda que estes não contenham expressões a traduzir.
2 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial procede à publicação, no Boletim da Propriedade Industrial, de um aviso com as indicações necessárias à identificação do pedido internacional.
3 ­ A partir da data da publicação do aviso, qualquer pessoa pode tomar conhecimento do texto da tradução e obter reproduções da mesma.
Artigo 96.º
Pedido internacional contendo invenções independentes
1 ­ Quando uma parte de um pedido internacional não tenha sido objecto de uma pesquisa internacional, ou de um exame preliminar internacional, por se ter verificado que o pedido continha invenções independentes e que o requerente não tinha pago, no prazo prescrito, a taxa adicional prevista no Tratado de Cooperação, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial reexamina os fundamentos da decisão de não execução da pesquisa ou do exame do referido pedido.
2 ­ Quando o Instituto Nacional da Propriedade Industrial concluir que a decisão não foi bem fundamentada, aplicam­se a esse pedido as disposições correspondentes do presente Código.
3 ­ Se o Instituto Nacional da Propriedade Industrial entender que a decisão está bem fundamentada, a parte do pedido que não foi objecto de pesquisa, ou de exame, será considerada sem efeito, a menos que o requerente solicite a divisão do pedido no prazo de dois meses a contar da notificação que lhe for feita, nos termos das disposições do presente Código relativas aos pedidos divisionários.
4 ­ Relativamente a cada um dos pedidos divisionários são devidas as taxas correspondentes aos pedidos de patentes nacionais, nas condições previstas no presente Código.
SECÇÃO III

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Efeitos da patente
Artigo 97.º
Âmbito da protecção
1 ­ O âmbito da protecção conferida pela patente é determinado pelo conteúdo das reivindicações, servindo a descrição e os desenhos para as interpretar.
2 ­ Se o objecto da patente disser respeito a um processo, os direitos conferidos por essa patente abrangem os produtos obtidos directamente pelo processo patenteado.
3 ­ A protecção conferida por uma patente relativa a uma matéria biológica dotada, em virtude da invenção, de determinadas propriedades abrange qualquer matéria biológica obtida a partir da referida matéria biológica por reprodução ou multiplicação, sob forma idêntica ou diferenciada e dotada dessas mesmas propriedades.
4 ­ A protecção conferida por uma patente relativa a um processo que permita produzir uma matéria biológica dotada, em virtude da invenção, de determinadas propriedades abrange a matéria biológica directamente obtida por esse processo e qualquer outra matéria biológica obtida a partir da matéria biológica obtida directamente, por reprodução ou multiplicação, sob forma idêntica ou diferenciada e dotada dessas mesmas propriedades.
5 ­ A protecção conferida por uma patente relativa a um produto que contenha uma informação genética ou que
consista numa informação genética abrange, sob reserva do disposto na alínea a) do n.º 3 do artigo 53.º, qualquer matéria em que o produto esteja incorporado na qual esteja contido e exerça a sua função.
6 ­ Em derrogação do disposto nos n.os 3 a 5 do presente artigo:
a) A venda, ou outra forma de comercialização, pelo titular da patente, ou com o seu consentimento, de material de reprodução vegetal a um agricultor, para fins de exploração agrícola, implica a permissão de o agricultor utilizar o produto da sua colheita para proceder, ele próprio, à reprodução ou multiplicação na sua exploração;
b) A venda, ou outra forma de comercialização, pelo titular da patente, ou com o seu consentimento, de animais de criação ou de outro material de reprodução animal a um agricultor implica a permissão deste utilizar os animais protegidos para fins agrícolas, incluindo tal permissão a disponibilização do animal, ou de outro material de reprodução animal, para a prossecução da sua actividade agrícola, mas não a venda, tendo em vista uma actividade de reprodução com fins comerciais ou no âmbito da mesma.
Artigo 98.º
Inversão do ónus da prova
Se uma patente tiver por objecto um processo de fabrico de um produto novo, o mesmo produto fabricado por um terceiro será, salvo prova em contrário, considerado como fabricado pelo processo patenteado.
Artigo 99.º Duração
A duração da patente é de 20 anos contados da data do respectivo pedido.
Artigo 100.º Indicação da patente
Durante a vigência da patente, o seu titular pode usar nos produtos a palavra «patenteado», «patente n.º» ou ainda «Pat n.º».
Artigo 101.º
Direitos conferidos pela patente
1 ­ A patente confere o direito exclusivo de explorar a invenção em qualquer parte do território português.
2 ­ A patente confere ainda ao seu titular o direito de impedir a terceiros, sem o seu consentimento, o fabrico, a oferta, a armazenagem, a introdução no comércio ou a utilização de um produto objecto de patente, ou a importação ou posse do mesmo, para algum dos fins mencionados.
3 ­ O titular da patente pode opor­se a todos os actos que constituam violação da sua patente, mesmo que se fundem noutra patente com data de prioridade posterior, sem necessidade de impugnar os títulos, ou de pedir a anulação das patentes em que esse direito se funde.

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4 ­ Os direitos conferidos pela patente não podem exceder o âmbito definido pelas reivindicações.
5 ­ O titular de uma patente pode solicitar ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, mediante o pagamento de uma taxa, a limitação do âmbito da protecção da invenção pela modificação das reivindicações.
6 ­ Se, do exame, se concluir que o pedido de limitação está em condições de ser deferido, o Instituto Nacional
da Propriedade Industrial promove a publicação do aviso da menção da modificação das reivindicações, sendo, em caso contrário, o pedido indeferido e a decisão comunicada ao requerente.
Artigo 102.º
Limitação aos direitos conferidos pela patente
Os direitos conferidos pela patente não abrangem:
a) Os actos realizados num âmbito privado e sem fins comerciais;
b) A preparação de medicamentos feita no momento e para casos individuais, mediante receita médica nos laboratórios de farmácia, nem os actos relativos aos medicamentos assim preparados;
c) Os actos realizados exclusivamente para fins de ensaio ou experimentais, incluindo experiências para preparação dos processos administrativos necessários à aprovação de produtos pelos organismos oficiais competentes, não podendo, contudo, iniciar­se a exploração industrial ou comercial desses produtos antes de se verificar a caducidade da patente que os protege;
d) A utilização a bordo de navios dos outros países membros da União ou da OMC do objecto da invenção patenteada no corpo do navio, nas máquinas, na mastreação, em aprestos e outros acessórios, quando entrarem, temporária ou acidentalmente, nas águas do País, desde que a referida invenção seja exclusivamente utilizada para as necessidades do navio;
e) A utilização do objecto da invenção patenteada na construção ou no funcionamento de veículos de locomoção aérea, ou terrestre, dos outros países membros da União ou da OMC, ou de acessórios desses veículos, quando entrarem, temporária ou acidentalmente, em território nacional;
f) Os actos previstos no artigo 27.º da Convenção de 7 de Dezembro de 1944 relativa à aviação civil internacional se disserem respeito a aeronaves de outro Estado, ao qual, porém, se aplicam as disposições do referido artigo.
Artigo 103.º Esgotamento do direito
1 ­ Os direitos conferidos pela patente não permitem ao seu titular proibir os actos relativos aos produtos por ela protegidos, após a sua comercialização, pelo próprio ou com o seu consentimento, no espaço económico europeu.
2 ­ A protecção referida nos n.os 3 a 5 do artigo 97.º não abrange a matéria biológica obtida por reprodução, ou multiplicação, de uma matéria biológica comercializada pelo titular da patente, ou com o seu consentimento, no espaço económico europeu, se a reprodução ou multiplicação resultar, necessariamente, da utilização para a qual a matéria biológica foi colocada no mercado, desde que a matéria obtida não seja, em seguida, utilizada para outras reproduções ou multiplicações.
Artigo 104.º Inoponibilidade
1 ­ Os direitos conferidos pela patente não são oponíveis, no território nacional e antes da data do pedido, ou da data da prioridade quando esta é reivindicada, a quem, de boa fé, tenha chegado pelos seus próprios meios ao conhecimento da invenção e a utilizava ou fazia preparativos efectivos e sérios com vista a tal utilização.
2 ­ O previsto no número anterior não se aplica quando o conhecimento resulta de actos ilícitos, ou contra os bons costumes, praticados contra o titular da patente.
3 ­ O ónus da prova cabe a quem invocar as situações previstas no n.º 1.
4 ­ A utilização anterior, ou os preparativos desta, baseados nas informações referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 57.º, não prejudicam a boa fé.
5 ­ Nos casos previstos no n.º 1, o beneficiário tem o direito de prosseguir, ou iniciar, a utilização da invenção, na medida do conhecimento anterior, para os fins da própria empresa, mas só pode transmiti­lo conjuntamente com o estabelecimento comercial em que se procede à referida utilização.

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SECÇÃO IV
Condições de utilização
Artigo 105.º
Perda e expropriação da patente
1 ­ Pode ser privado da patente, nos termos da lei, quem tiver que responder por obrigações contraídas para com outrem ou que dela seja expropriado por utilidade pública.
2 ­ Qualquer patente pode ser expropriada por utilidade pública mediante o pagamento de justa indemnização, se a necessidade de vulgarização da invenção, ou da sua utilização pelas entidades públicas, o exigir.
3 ­ É aplicável, com as devidas adaptações, o preceituado no Código das Expropriações.
Artigo 106.º
Obrigatoriedade de exploração
1 ­ O titular da patente é obrigado a explorar a invenção patenteada, directamente ou por intermédio de pessoa por ele autorizada, e a comercializar os resultados obtidos por forma a satisfazer as necessidades do mercado nacional.
2 ­ A exploração deve ter início no prazo de quatro anos a contar da data do pedido de patente, ou no prazo de três anos a contar da data da concessão, aplicando­se o prazo mais longo.
3 ­ É possível gozar de direitos de patente sem discriminação quanto ao local da invenção, ao domínio tecnológico e ao facto de os produtos serem importados de qualquer país membro da União Europeia, ou da OMC, ou produzidos localmente.
Artigo 107.º Licenças obrigatórias
1 ­ Podem ser concedidas licenças obrigatórias sobre uma determinada patente, quando ocorrer algum dos seguintes casos:
a) Falta ou insuficiência de exploração da invenção patenteada;
b) Dependência entre patentes;
c) Existência de motivos de interesse público.
2 ­ As licenças obrigatórias serão não exclusivas e só podem ser transmitidas com a parte da empresa ou do estabelecimento que as explore.
3 ­ As licenças obrigatórias só podem ser concedidas quando o potencial licenciado tiver desenvolvido esforços no sentido de obter do titular da patente uma licença contratual em condições comerciais aceitáveis e tais esforços não tenham êxito dentro de um prazo razoável.
4 ­ A licença obrigatória pode ser revogada, sem prejuízo de protecção adequada dos legítimos interesses dos licenciados, se e quando as circunstâncias que lhe deram origem deixarem de existir e não sejam susceptíveis de se repetir, podendo a autoridade competente reexaminar, mediante pedido fundamentado, a continuação das referidas circunstâncias.
5 ­ Quando uma patente tiver por objecto tecnologia de semicondutores, apenas podem ser concedidas licenças obrigatórias com finalidade pública não comercial.
6 ­ O titular da patente receberá uma remuneração adequada a cada caso concreto, tendo em conta o valor económico da licença.
7 ­ A decisão que conceda ou denegue a remuneração é susceptível de recurso judicial ou arbitral, nos termos dos artigos 48.º a 50.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 108.º

Licença por falta de exploração da invenção

1 ­ Expirados os prazos que se referem no n.º 2 do artigo 106.º, o titular que, sem justo motivo ou base legal, não explorar a invenção, directamente ou por licença, ou não o fizer de modo a ocorrer às necessidades nacionais, pode ser obrigado a conceder licença de exploração da mesma.
2 ­ Pode, também, ser obrigado a conceder licença de exploração da invenção o titular que, durante três anos consecutivos e sem justo motivo ou base legal, deixar de fazer a sua exploração.

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3 ­ São considerados justos motivos as dificuldades objectivas de natureza técnica ou jurídica, independentes da vontade e da situação do titular da patente, que tornem impossível ou insuficiente a exploração da invenção, mas não as dificuldades económicas ou financeiras.
4 ­ Enquanto uma licença obrigatória se mantiver em vigor, o titular da patente não pode ser obrigado a conceder outra antes de aquela ter sido cancelada.
5 ­ A licença obrigatória pode ser cancelada se o licenciado não explorar a invenção por forma a ocorrer às necessidades nacionais.
Artigo 109.º
Licenças dependentes
1 ­ Quando não seja possível a exploração de uma invenção, protegida por uma patente, sem prejuízo dos direitos conferidos por uma patente anterior e ambas as invenções sirvam para fins industriais distintos, a licença só pode ser concedida se se verificar o carácter indispensável da primeira invenção para a exploração da segunda e, apenas, na parte necessária à realização desta, tendo o titular da primeira patente direito a justa indemnização.
2 ­ Quando as invenções, protegidas por patentes dependentes, servirem para os mesmos fins industriais e tiver lugar a concessão de uma licença obrigatória, o titular da patente anterior também pode exigir a concessão de licença obrigatória sobre a patente posterior.
3 ­ Quando uma invenção tiver por objecto um processo de preparação de um produto químico, farmacêutico ou alimentar protegido por uma patente em vigor, e sempre que essa patente de processo representar um progresso técnico notável em relação à patente anterior, tanto o titular da patente de processo como o titular da patente de produto têm o direito de exigir uma licença obrigatória sobre a patente do outro titular.
4 ­ Quando um obtentor de uma variedade vegetal não puder obter ou explorar um direito de obtenção vegetal sem infringir uma patente anterior, pode requerer uma licença obrigatória para a exploração não exclusiva da invenção protegida pela patente, na medida em que essa licença seja necessária para explorar a mesma variedade vegetal, contra o pagamento de remuneração adequada.
5 ­ Sempre que seja concedida uma licença do tipo previsto no número anterior, o titular da patente tem direito a uma licença recíproca, em condições razoáveis, para utilizar essa variedade protegida.
6 ­ Quando o titular de uma patente, relativa a uma invenção biotecnológica, não puder explorá­la sem infringir um direito de obtenção vegetal anterior sobre uma variedade, pode requerer uma licença obrigatória para a exploração não exclusiva da variedade protegida por esse direito de obtenção, contra o pagamento de remuneração adequada.
7 ­ Sempre que seja concedida uma licença do tipo previsto no número anterior, o titular do direito de obtenção tem direito a uma licença recíproca, em condições razoáveis, para utilizar a invenção protegida.
8 ­ Os requerentes das licenças referidas nos n.os 4 e 6, devem provar que:
a) Se dirigiram, em vão, ao titular da patente ou de direito de obtenção vegetal, para obter uma licença contratual;
b) A variedade vegetal, ou invenção, representa um progresso técnico importante, de interesse económico considerável, relativamente à invenção reivindicada na patente ou à variedade vegetal a proteger.
9 ­ O disposto no presente artigo aplica­se, igualmente, sempre que uma das invenções esteja protegida por patente e a outra por modelo de utilidade.
Artigo 110.º Interesse público
1 ­ O titular de uma patente pode ser obrigado a conceder licença para a exploração da respectiva invenção por motivo de interesse público.
2 ­ Considera­se que existem motivos de interesse público quando o início, o aumento ou a generalização da exploração da invenção, ou a melhoria das condições em que tal exploração se realizar, sejam de primordial importância para a saúde pública ou para a defesa nacional.
3 ­ Considera­se, igualmente, que existem motivos de interesse público quando a falta de exploração ou a insuficiência em qualidade ou em quantidade da exploração realizada implicar grave prejuízo para o desenvolvimento económico ou tecnológico do País.
4 ­ A concessão da licença por motivo de interesse público é da competência do Governo.
Artigo 111.º

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Pedidos de licenças obrigatórias
1 ­ As licenças obrigatórias devem ser requeridas junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, apresentando o requerente os elementos de prova que possam fundamentar o seu pedido.
2 ­ Os pedidos de licenças obrigatórias são examinados pela ordem em que forem requeridos junto do Instituto
Nacional da Propriedade Industrial.
3 ­ Recebido o pedido de licença obrigatória, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial notifica o titular da patente para, no prazo de dois meses, dizer o que tiver por conveniente, apresentando as provas respectivas.
4 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial aprecia as alegações das partes e as garantias da exploração da invenção oferecidas pelo requerente da licença obrigatória, decidindo, no prazo de dois meses, se esta deve ou não ser concedida.
5 ­ Em caso afirmativo, notifica ambas as partes para, no prazo de um mês, nomearem um perito que, juntamente com o perito nomeado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, acorda, no prazo de dois meses, as condições da licença obrigatória e a indemnização a pagar ao titular da patente.
Artigo 112.º
Notificação e recurso da concessão ou recusa da licença
1 ­ A concessão ou recusa da licença e respectivas condições de exploração é notificada a ambas as partes pelo
Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ Da decisão do Instituto Nacional da Propriedade Industrial que concedeu ou recusou a licença, ou apenas das condições em que a mesma tenha sido concedida, cabe recurso para o tribunal competente, nos termos dos artigos 39.º e seguintes, no prazo de três meses a contar da data da notificação a que se refere o número
anterior.
3 ­ A decisão favorável à concessão só produz efeitos depois de transitada em julgado e averbada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, onde são pagas as respectivas taxas, como se de uma licença ordinária se tratasse.
4 ­ Um extracto do registo referido no número anterior é publicado no Boletim da Propriedade Industrial.
SECÇÃO V
Invalidade da patente
Artigo 113.º Nulidade
Para além do que se dispõe no artigo 33.º, as patentes são nulas nos seguintes casos:
a) Quando o seu objecto não satisfizer os requisitos de novidade, actividade inventiva e aplicação industrial;
b) Quando o seu objecto não for susceptível de protecção, nos termos dos artigos 51.º, 52.º e 53.º;
c) Quando se reconheça que o título ou epígrafe dado à invenção abrange objecto diferente;
d) Quando o seu objecto não tenha sido descrito por forma a permitir a sua execução por qualquer pessoa competente na matéria.
Artigo 114.º
Declaração de nulidade ou anulação parcial
1 ­ Podem ser declaradas nulas, ou anuladas, uma ou mais reivindicações, mas não pode declarar­se a nulidade parcial, ou anular­se parcialmente uma reivindicação.
2 ­ Nos procedimentos perante o tribunal, o titular da patente pode efectuar, através da modificação das reivindicações, uma limitação do âmbito da protecção da invenção.
3 ­ Havendo declaração de nulidade ou anulação de uma ou mais reivindicações, a patente continua em vigor
relativamente às restantes, sempre que subsistir matéria para uma patente independente.
Certificado complementar de protecção para medicamentos e produtos fitofarmacêuticos

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Artigo 115.º
Pedido de certificado
1 ­ O pedido de certificado complementar de protecção para os medicamentos e para os produtos fitofarmacêuticos, apresentado junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, deve incluir um requerimento, redigido em língua portuguesa, que indique ou contenha:
a) O nome, a firma ou a denominação social do requerente, a sua nacionalidade e o domicílio ou lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) O número da patente, bem como a epígrafe ou título da invenção protegida por essa patente;
c) O número e a data da primeira autorização de colocação do produto no mercado em Portugal e, caso esta não seja a primeira autorização de colocação no espaço económico europeu, o número e a data dessa autorização;
d) A referência à apresentação simultânea de um pedido de prorrogação da validade do certificado complementar de protecção, quando aplicável;
e) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ Ao requerimento deve juntar­se cópia da primeira autorização de colocação no mercado em Portugal que permita identificar o produto, compreendendo, nomeadamente, o número e a data da autorização, bem como o
resumo das características do produto.
3 ­ Deve indicar­se a denominação do produto autorizado e a disposição legal ao abrigo da qual correu o processo de autorização, bem como juntar­se cópia da publicação dessa autorização no boletim oficial, se a autorização referida no número anterior não for a primeira para colocação do produto no mercado do espaço económico europeu como medicamento ou produto fitofarmacêutico.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 115.º­A

Pedido de prorrogação da validade de um certificado

1 ­ Pode ser apresentado um pedido de prorrogação da validade de um certificado complementar de protecção quando este respeite a medicamentos para uso pediátrico.
2 ­ O pedido de prorrogação pode ser apresentado junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial no momento da apresentação de um pedido de certificado complementar de protecção, na sua pendência ou, se respeitar a um certificado já concedido, até dois anos antes do termo da sua validade.
3 ­ Durante um período de cinco anos após a entrada em vigor do Regulamento (CE) n.º 1901/2006, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro, os pedidos de prorrogação de certificados complementares de protecção já concedidos podem ser apresentados até seis meses antes do termo da validade do referido
certificado.
4 ­ Quando o pedido de prorrogação seja apresentado no momento da apresentação do pedido de certificado complementar de protecção, ao requerimento previsto no artigo anterior deve juntar­se uma cópia da certificação da conformidade com um plano de investigação pediátrica aprovado e completado, bem como, se estiverem em causa os procedimentos previstos no Decreto­Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto, prova das autorizações de colocação no mercado em todos os Estados membros da União Europeia.
5 ­ Quando esteja pendente um pedido de certificado complementar de protecção, o pedido de prorrogação deve ser apresentado em requerimento que, para além dos elementos previstos no número anterior, inclua a
referência ao pedido de certificado já apresentado.
6 ­ Quando o pedido de prorrogação respeite a um certificado complementar de protecção já concedido, o requerimento, para além dos elementos previstos no n.º 4, deve incluir a referência a este certificado.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 116.º
Exame e publicação
1 ­ Apresentado o pedido no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, é feito o respectivo exame, verificando­ se se foi apresentado dentro do prazo e se preenche as condições previstas no artigo 115.º no Regulamento (CEE) n.º 1768/92, do Conselho de 18 de Junho, e no Regulamento (CE) n.º 1610/96, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Julho, relativos à criação dos certificados complementares de protecção para os medicamentos e para os produtos fitofarmacêuticos.
2 ­ Se o pedido de certificado e o produto que é objecto do pedido satisfizerem as condições referidas no número

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anterior, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial concede o certificado e promove a publicação do pedido e do despacho de concessão no Boletim da Propriedade Industrial.
3 ­ Se o pedido de certificado não preencher as condições referidas no número anterior, o Instituto Nacional da
Propriedade Industrial notifica o requerente para proceder, no prazo de dois meses, à correcção das irregularidades verificadas.
4 ­ Quando, da resposta do requerente, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial verificar que o pedido de certificado preenche as condições exigidas, promove a publicação do pedido de certificado e o aviso da sua concessão no Boletim da Propriedade Industrial.
5 ­ O pedido é recusado se o requerente não cumprir a notificação, publicando­se o pedido e o aviso de recusa no
Boletim da Propriedade Industrial.
6 ­ Sem prejuízo do disposto no n.º 3, o certificado é recusado se o pedido ou o produto a que se refere não satisfizerem as condições previstas no respectivo Regulamento, nem preencherem as condições estabelecidas no presente Código, publicando­se o pedido e o aviso de recusa no Boletim da Propriedade Industrial.
7 ­ A publicação deve compreender, pelo menos, as seguintes indicações:
a) Nome e endereço do requerente;
b) Número da patente;
c) Epígrafe ou título da invenção;
d) Número e data da autorização de colocação do produto no mercado em Portugal, bem como identificação do produto objecto da autorização;
e) Número e data da primeira autorização de colocação do produto no mercado do espaço económico europeu, se for caso disso;
f) Aviso de concessão e prazo de validade do certificado ou aviso de recusa, conforme os casos.
8 ­ O disposto no presente artigo é aplicável, com as necessárias adaptações, aos pedidos de prorrogação de validade dos certificados complementares de protecção.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SUBCAPÍTULO II

Modelos de utilidade

SECÇÃO I

Disposições gerais

Artigo 117.º

Objecto

1 ­ Podem ser protegidas como modelos de utilidade as invenções novas, implicando actividade inventiva, se forem susceptíveis de aplicação industrial.
2 ­ Os modelos de utilidade visam a protecção das invenções por um procedimento administrativo mais simplificado e acelerado do que o das patentes.
3 ­ A protecção de uma invenção que respeite as condições estabelecidas no n.º 1 pode ser feita, por opção do requerente, a título de modelo de utilidade ou de patente.
4 ­ A mesma invenção pode ser objecto, simultânea ou sucessivamente, de um pedido de patente e de um pedido de modelo de utilidade.
5 ­ A apresentação sucessiva de pedidos mencionada no número anterior apenas pode ser admitida no período de um ano a contar da data da apresentação do primeiro pedido.
6 ­ Nos casos previstos no n.º 4, o modelo de utilidade caduca após a concessão de uma patente relativa à mesma invenção.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 118.º

Limitações quanto ao objecto

É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 52.º

Artigo 119.º
Limitações quanto ao modelo de utilidade

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Não podem ser objecto de modelo de utilidade:
a) As invenções cuja exploração comercial for contrária à lei, à ordem pública, à saúde pública e aos bons costumes, não podendo a exploração, no entanto, ser considerada como tal pelo simples facto de ser proibida por
disposição legal ou regulamentar;
b) As invenções que incidam sobre matéria biológica;
c) As invenções que incidam sobre substâncias ou processos químicos ou farmacêuticos.
Artigo 120.º
Requisitos de concessão
1 ­ Uma invenção é considerada nova quando não está compreendida no estado da técnica.
2 ­ Considera­se que uma invenção implica actividade inventiva quando preencha um dos seguintes requisitos:
a) Se, para um perito na especialidade, não resultar de uma maneira evidente do estado da técnica;
b) Se apresentar uma vantagem prática, ou técnica, para o fabrico ou utilização do produto ou do processo em causa.
3 ­ Considera­se que uma invenção é susceptível de aplicação industrial se o seu objecto puder ser fabricado ou utilizado em qualquer género de indústria ou na agricultura.
4 ­ Aplica­se aos modelos de utilidade o disposto nos artigos 56.º e 57.º, com as necessárias adaptações.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 121.º

Regra geral sobre o direito ao modelo de utilidade

É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 58.º

Artigo 122.º
Regras especiais de titularidade do modelo de utilidade
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 59.º
Artigo 123.º Direitos do inventor
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 60.º
SECÇÃO II
Processo de modelo de utilidade
SUBSECÇÃO I Via nacional
Artigo 124.º Forma do pedido
1 ­ O pedido de modelo de utilidade é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, que indique ou contenha:
a) O nome, a firma ou denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou o lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) A epígrafe ou título que sintetize o objecto da invenção;
c) O nome e o país de residência do inventor;
d) O país onde se tenha apresentado o primeiro pedido, a data e o número dessa apresentação, no caso de o requerente pretender reivindicar o direito de prioridade;
e) Menção de que requereu patente para a mesma invenção, se foi o caso, nos termos do n.º 5 do artigo 51.º;

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f) Assinatura ou identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ As expressões de fantasia utilizadas para designar a invenção não constituem objecto de reivindicação.
3 ­ Para efeito do que se dispõe no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido de modelo de utilidade que primeiro apresentar, para além dos elementos exigidos na alínea a) do n.º 1, um documento que descreva o
objecto do pedido de maneira a permitir a execução da invenção por qualquer pessoa competente na matéria ou,
em substituição deste, quando for reivindicada a prioridade de um pedido anterior, a indicação do número e da data do pedido anterior e do organismo onde foi efectuado esse pedido.
4 ­ O documento previsto no número anterior pode ser apresentado em língua inglesa, notificando­se o requerente, nos termos do artigo 127.º, para apresentar uma tradução para a língua portuguesa.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 125.º

Documentos a apresentar

É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 62.º

Artigo 126.º
Prazo para entrega da descrição e dos desenhos
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 127.º
Exame quanto à forma e quanto às limitações
1 ­ Apresentado o pedido de modelo de utilidade no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, faz­se exame, quanto à forma e quanto às limitações relativas ao objecto e ao modelo de utilidade, no prazo de um mês, para verificar se preenche os requisitos estabelecidos nos artigos 118.º, 119.º, 124.º e 125.º
2 ­ Caso o Instituto Nacional da Propriedade Industrial verifique que existem no pedido irregularidades de carácter formal ou que existem limitações relativas ao objecto ou ao modelo de utilidade, o requerente é notificado para corrigi­las, no prazo de dois meses.
3 ­ Se o não fizer no prazo estabelecido, o pedido é recusado e publicado o respectivo despacho no Boletim da
Propriedade Industrial, não havendo, neste caso, lugar à publicação prevista no artigo 128.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 127.º­A

Relatório de pesquisa

1 ­ Depois de efectuado o exame previsto no artigo anterior e sempre que seja requerido o exame da invenção previsto no artigo 132.º, é realizada uma pesquisa ao estado da técnica, com base em todos os elementos constantes do processo, de modo a avaliar os requisitos de novidade e actividade inventiva.
2 ­ O relatório de pesquisa, que não tem um carácter vinculativo, é imediatamente enviado ao requerente.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 128.º Publicação do pedido
1 ­ Sendo apresentado de forma regular ou regularizado nos termos do n.º 2 do artigo 127.º, o pedido de modelo de utilidade é publicado no Boletim da Propriedade Industrial, com a transcrição do resumo e da classificação internacional de patentes.

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2 ­ A publicação a que se refere o número anterior faz­se até seis meses a contar da data do pedido, podendo, no entanto, ser antecipada a pedido expresso do requerente.
3 ­ A publicação pode igualmente ser adiada, a pedido do requerente, por um período não superior a 18 meses a
contar da data do pedido de modelo de utilidade ou da prioridade reivindicada.
4 ­ O adiamento cessa a partir do momento em que seja requerido exame por terceiros ou pelo próprio requerente.
5 ­ Efectuada a publicação, qualquer pessoa pode requerer cópia dos elementos constantes do processo.
6 ­ Aplica­se aos modelos de utilidade o disposto no n.º 5 do artigo 66.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 129.º

Oposição

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 130.º Concessão provisória
1 ­ Não tendo sido requerido exame e não havendo oposição, o modelo de utilidade é concedido provisoriamente e o requerente notificado desta decisão.
2 ­ O título de concessão provisória só é entregue ao requerente mediante pedido.
3 ­ A validade do modelo de utilidade provisório cessa logo que tenha sido requerido o exame da invenção.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 131.º Pedido de exame
1 ­ O exame pode ser requerido na fase de pedido ou enquanto o modelo de utilidade provisório se mantiver válido.
2 ­ A taxa relativa ao exame deve ser paga por quem o requerer, no prazo de um mês a contar da data do requerimento.
3 ­ Se o titular do modelo de utilidade, concedido provisoriamente, pretender propor acções judiciais ou arbitrais
para defesa dos direitos que o mesmo confere, deve requerer, obrigatoriamente, junto do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial, o exame a que se refere o artigo seguinte, sendo aplicável o disposto no artigo 5.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 132.º Exame da invenção
1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial promove o exame da invenção a pedido do requerente ou de qualquer interessado.
2 ­ Quando o exame seja requerido até ao fim do prazo para oposição e não seja apresentada reclamação, faz­se relatório do exame no prazo de um mês.
3 ­ Havendo oposição, o exame é feito no prazo de um mês a contar da apresentação da última peça processual a que se refere o artigo 17.º
4 ­ Quando o exame seja requerido após a concessão provisória, o prazo de um mês mencionado no n.º 2 conta­se da data em que o exame é requerido.
5 ­ Se do exame se concluir que o modelo de utilidade pode ser concedido, publica­se aviso de concessão no
Boletim da Propriedade Industrial.
6 ­ Se, pelo contrário, se concluir que o mesmo não pode ser concedido, o relatório é enviado ao requerente,

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acompanhado de cópia de todos os documentos nele citados, com notificação para, no prazo de dois meses, responder às observações feitas.
7 ­ Se, após resposta do requerente, subsistirem objecções à concessão do modelo de utilidade, faz­se outra
notificação para, no prazo de um mês, serem esclarecidos os pontos ainda em dúvida.
8 ­ Quando da resposta se concluir que o modelo de utilidade pode ser concedido, publica­se aviso de concessão no Boletim da Propriedade Industrial.
9 ­ Se a resposta às notificações for considerada insuficiente, publica­se aviso de recusa ou de concessão parcial, de harmonia com o relatório do exame.
10 ­ Se o requerente não responder à notificação, o modelo de utilidade é recusado, publicando­se aviso de recusa no Boletim da Propriedade Industrial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 133.º

Concessão parcial

É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 69.º

Artigo 134.º Alterações do pedido
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 70.º
Artigo 135.º Unidade da invenção
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 71.º
Artigo 136.º Publicação do fascículo
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 72.º
Artigo 137.º Motivos de recusa
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o modelo de utilidade é recusado se:
a) A invenção carecer de novidade, actividade inventiva ou não for susceptível de aplicação industrial;
b) O objecto se incluir na previsão dos artigos 118.º ou 119.º;
c) A epígrafe ou título dado à invenção abranger objecto diferente ou houver divergência entre a descrição e desenhos;
d) O seu objecto não for descrito de maneira a permitir a execução da invenção por qualquer pessoa competente na matéria;
e) For considerado desenho ou modelo, pela sua descrição e reivindicações;
f) Houver infracção ao disposto nos artigos 58.º ou 59.º;
g) Tenha por objecto uma invenção para a qual tenha sido concedida, ao mesmo inventor ou com o seu consentimento, uma patente europeia válida em Portugal.
2 ­ No caso previsto na alínea f) do número anterior, em vez da recusa do modelo de utilidade, pode ser concedida a transmissão total ou parcial a favor do interessado, se este a tiver pedido.
3 ­ Constitui ainda motivo de recusa o reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal
ou de que esta é possível independentemente da sua intenção.
4 ­ O motivo de recusa previsto na alínea g) do n.º 1 é também fundamento de caducidade do modelo de utilidade, aplicando­se o disposto no artigo 88.º, com as necessárias adaptações.

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 138.º

Notificação do despacho definitivo

É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 74.º

SUBSECÇÃO II
Via tratado de cooperação em matéria de patentes
Artigo 139.º Disposições aplicáveis
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto nos artigos 90.º a 96.º, com as devidas adaptações.
SECÇÃO III
Efeitos do modelo de utilidade
Artigo 140.º
Âmbito da protecção
1 ­ O âmbito da protecção conferida pelo modelo de utilidade é determinado pelo conteúdo das reivindicações, servindo a descrição e os desenhos para as interpretar.
2 ­ Se o objecto do modelo de utilidade disser respeito a um processo, os direitos conferidos abrangem os produtos obtidos directamente pelo processo patenteado.
Artigo 141.º
Inversão do ónus da prova
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 98.º
Artigo 142.º Duração
1 ­ A duração do modelo de utilidade é de seis anos a contar da data da apresentação do pedido.
2 ­ Nos últimos seis meses de validade do modelo de utilidade, o titular pode requerer a sua prorrogação por um período de dois anos.
3 ­ Nos últimos seis meses do período a que se refere o número anterior, o titular pode apresentar um segundo e último pedido de prorrogação da duração da protecção por novo período de dois anos.
4 ­ A duração do modelo de utilidade não pode exceder 10 anos a contar da data da apresentação do respectivo pedido.
Artigo 143.º
Indicação de modelo de utilidade
Durante a vigência do modelo de utilidade, o seu titular pode usar, nos produtos, a expressão «Modelo de utilidade n.º» e «MU n.º» ou, no caso previsto no artigo 130.º, a expressão «Modelo de utilidade provisório n.º» e
«MU provisório n.º».

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

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Artigo 144.º
Direitos conferidos pelo modelo de utilidade
1 ­ O modelo de utilidade confere o direito exclusivo de explorar a invenção em qualquer parte do território português.
2 ­ Se o objecto do modelo de utilidade for um produto, confere ao seu titular o direito de proibir a terceiros,
sem o seu consentimento, o fabrico, a utilização, a oferta para venda, a venda ou a importação para estes fins do referido produto.
3 ­ Se o objecto do modelo de utilidade for um processo, confere ao seu titular o direito de proibir a terceiros, sem o seu consentimento, a utilização do processo, bem como a utilização ou oferta para venda, a venda ou a importação para estes fins, do produto obtido directamente por esse processo.
4 ­ O titular do modelo de utilidade pode opor­se a todos os actos que constituam violação da sua invenção, mesmo que se fundem em outro modelo de utilidade com data de prioridade posterior, sem necessidade de impugnar os títulos ou pedir a anulação dos modelos de utilidade em que esse direito se funde.
5 ­ Os direitos conferidos pelo modelo de utilidade não podem exceder o âmbito definido pelas reivindicações.
Artigo 145.º
Limitação aos direitos conferidos pelo modelo de utilidade
1 ­ Os direitos conferidos pelo modelo de utilidade não abrangem:
a) Os actos realizados num âmbito privado e sem fins comerciais;
b) Os actos realizados a título experimental, que incidam sobre o objecto protegido.
2 ­ É aplicável aos modelos de utilidade o disposto nas alíneas d), e) e f) do artigo 102.º
Artigo 146.º Esgotamento do direito
Os direitos conferidos pelo modelo de utilidade não permitem ao seu titular proibir os actos relativos aos produtos por ele protegidos, após a sua comercialização, pelo próprio ou com o seu consentimento, no espaço económico europeu.
Artigo 147.º Inoponibilidade
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 104.º
SECÇÃO IV
Condições de utilização
Artigo 148.º
Perda e expropriação do modelo de utilidade
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 105.º
Artigo 149.º
Obrigatoriedade de exploração
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 106.º
Artigo 150.º Licenças obrigatórias
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto nos artigos 107.º a 112.º

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SECÇÃO V
Invalidade do modelo de utilidade
Artigo 151.º Nulidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 33.º, os modelos de utilidade são nulos nos seguintes casos:
a) Quando o seu objecto não satisfizer os requisitos de novidade, actividade inventiva e aplicação industrial;
b) Quando o seu objecto não for susceptível de protecção, nos termos dos artigos 117.º, 118.º e 119.º;
c) Quando se reconheça que o título ou epígrafe dado à invenção abrange objecto diferente;
d) Quando o seu objecto não tenha sido descrito por forma a permitir a sua execução por qualquer pessoa competente na matéria.
2 ­ Só podem ser declarados nulos os modelos de utilidade cuja invenção tenha sido objecto de exame.
Artigo 152.º
Declaração de nulidade ou anulação parcial
É aplicável aos modelos de utilidade o disposto no artigo 114.º
CAPÍTULO II
Topografias de produtos semicondutores
SECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 153.º
Definição de produto semicondutor
Produto semicondutor é a forma final, ou intermédia, de qualquer produto que, cumulativamente:
a) Consista num corpo material que inclua uma camada de material semicondutor;
b) Possua uma ou mais camadas compostas de material condutor, isolante ou semicondutor, estando as mesmas dispostas de acordo com um modelo tridimensional predeterminado;
c) Seja destinado a desempenhar uma função electrónica, quer exclusivamente, quer em conjunto com outras funções.
Artigo 154.º
Definição de topografia de um produto semicondutor
Topografia de um produto semicondutor é o conjunto de imagens relacionadas, quer fixas, quer codificadas, que representem a disposição tridimensional das camadas de que o produto se compõe, em que cada imagem possua a disposição, ou parte da disposição, de uma superfície do mesmo produto, em qualquer fase do seu fabrico.
Artigo 155.º
Objecto de protecção legal
1 ­ Só gozam de protecção legal as topografias de produtos semicondutores que resultem do esforço intelectual do seu próprio criador e não sejam conhecidas na indústria dos semicondutores.
2 ­ Gozam igualmente de protecção legal as topografias que consistam em elementos conhecidos na indústria dos semicondutores, desde que a combinação desses elementos, no seu conjunto, satisfaça as condições previstas no número anterior.
3 ­ A protecção concedida às topografias de produtos semicondutores só é aplicável às topografias propriamente ditas, com exclusão de qualquer conceito, processo, sistema, técnica ou informação codificada nelas
incorporados.
4 ­ Todo o criador de topografia final, ou intermédia, de um produto semicondutor goza do direito exclusivo de dispor dessa topografia, desde que satisfaça as prescrições legais, designadamente as relativas ao registo.

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5 ­ O registo não pode, no entanto, efectuar­se decorridos dois anos a contar da primeira exploração comercial da topografia em qualquer lugar, nem após o prazo de 15 anos a contar da data em que esta tenha sido fixada, ou codificada, pela primeira vez, se nunca tiver sido explorada.
Artigo 156.º
Regra geral sobre o direito ao registo
É aplicável às topografias de produtos semicondutores o disposto no artigo 58.º
Artigo 157.º
Regras especiais de titularidade do registo
É aplicável às topografias de produtos semicondutores o disposto no artigo 59.º
Artigo 158.º Direitos do criador
É aplicável às topografias de produtos semicondutores o disposto no artigo 60.º
Artigo 159.º Normas aplicáveis
São aplicáveis às topografias de produtos semicondutores as disposições relativas às patentes, em tudo o que não contrarie a natureza daquele direito privativo.
SECÇÃO II
Processo de registo
Artigo 160.º Forma do pedido
É aplicável ao pedido de registo de topografias de produtos semicondutores o disposto nos artigos 61.º, 62.º e 65.º
a 72.º, com as necessárias adaptações.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 161.º

Motivos de recusa

1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o registo da topografia de produto semicondutor é recusado se:
a) A topografia do produto semicondutor não for uma topografia na acepção dos artigos 153.º e 154.º;
b) A topografia de um produto semicondutor não obedecer aos requisitos estabelecidos no artigo 155.º;
c) A epígrafe ou título dado à topografia de um produto semicondutor abranger objecto diferente, ou houver divergência entre a descrição e os desenhos;
d) O seu objecto não for descrito por forma a permitir a execução da topografia de um produto semicondutor por qualquer pessoa competente na matéria;
e) Houver infracção ao disposto nos artigos 58.º ou 59.º
2 ­ No caso previsto na alínea e) do número anterior, em vez de recusa do registo pode ser concedida a transmissão, total ou parcial, a favor do interessado, se este a tiver pedido.
3 ­ Constitui ainda motivo de recusa o reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal ou de que esta é possível independentemente da sua intenção.

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO III

Efeitos do registo

Artigo 162.º

Duração

A duração do registo é de 10 anos, contados da data do respectivo pedido, ou da data em que a topografia foi, pela primeira vez, explorada em qualquer lugar, se esta for anterior.
Artigo 163.º Indicação do registo
Durante a vigência do registo, o seu titular pode usar, nos produtos semicondutores fabricados através da utilização de topografias protegidas, a letra «T» maiúscula, com uma das seguintes apresentações: T, «T», [T], (ver documento original), T* ou T.
Artigo 164.º
Direitos conferidos pelo registo
1 ­ O registo da topografia confere ao seu titular o direito ao seu uso exclusivo em todo o território português, produzindo, fabricando, vendendo ou explorando essa topografia, ou os objectos em que ela se aplique, com a obrigação de o fazer de modo efectivo e de harmonia com as necessidades do mercado.
2 ­ O registo da topografia confere ainda ao seu titular o direito de autorizar ou proibir qualquer dos seguintes actos:
a) Reprodução da topografia protegida;
b) Importação, venda ou distribuição por qualquer outra forma, com finalidade comercial, de uma topografia protegida, de um produto semicondutor em que é incorporada uma topografia protegida, ou de um artigo em que
é incorporado um produto semicondutor desse tipo, apenas na medida em que se continue a incluir uma
topografia reproduzida ilegalmente.
Artigo 165.º
Limitação aos direitos conferidos pelo registo
Os direitos conferidos pelo registo da topografia não abrangem:
a) A reprodução, a título privado, de uma topografia para fins não comerciais;
b) A reprodução para efeitos de análise, avaliação ou ensino;
c) A criação de uma topografia distinta, a partir da análise ou avaliação referidas na alínea anterior, que possa beneficiar da protecção prevista neste Código;
d) A realização de qualquer dos actos referidos no n.º 2 do artigo anterior, em relação a um produto
semicondutor em que seja incorporada uma topografia reproduzida ilegalmente, ou a qualquer artigo em que seja incorporado um produto semicondutor desse tipo, se a pessoa que realizou ou ordenou a realização desses actos não sabia, nem deveria saber, aquando da aquisição do produto semicondutor ou do artigo em que esse produto semicondutor era incorporado, que o mesmo incorporava uma topografia reproduzida ilegalmente;
e) A realização, após o momento em que a pessoa referida na alínea anterior tiver recebido informações suficientes de que a topografia foi reproduzida ilegalmente, de qualquer dos actos em questão relativamente aos
produtos em seu poder, ou encomendados antes desse momento, mas deverá pagar ao titular do registo uma importância equivalente a um royalty adequado, conforme seria exigível ao abrigo de uma licença livremente negociada em relação a uma topografia desse tipo.
Artigo 166.º Esgotamento do direito
Os direitos conferidos pelo registo da topografia não permitem ao seu titular proibir os actos relativos às topografias, ou aos produtos semicondutores, por ele protegidos, após a sua comercialização, pelo próprio ou com

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o seu consentimento, no espaço económico europeu.
Artigo 167.º Inoponibilidade
Aos direitos conferidos pelo registo de topografias de produtos semicondutores é aplicável o disposto no artigo
104.º
SECÇÃO IV
Condições de utilização
Artigo 168.º
Perda e expropriação do registo
Às topografias dos produtos semicondutores é aplicável o disposto no artigo 105.º
Artigo 169.º
Licença de exploração obrigatória
Às topografias dos produtos semicondutores é aplicável o disposto nos artigos 106.º a 112.º, nos casos em que as licenças obrigatórias tiverem uma finalidade pública, não comercial.
SECÇÃO V
Invalidade do registo
Artigo 170.º Nulidade
Para além do que se dispõe no artigo 33.º, o registo da topografia de produto semicondutor é nulo nos seguintes casos:
a) Quando o seu objecto não satisfizer os requisitos previstos nos artigos 153.º, 154.º e 155.º;
b) Quando se reconheça que o título ou epígrafe dado à topografia abrange objecto diferente;
c) Quando o seu objecto não tenha sido descrito por forma a permitir a sua execução por qualquer pessoa competente na matéria.
Artigo 171.º
Declaração de nulidade ou anulação parcial
É aplicável aos registos das topografias de produtos semicondutores o disposto no artigo 114.º
Artigo 172.º Caducidade
Para além do que se dispõe no artigo 37.º, o registo da topografia de produto semicondutor caduca:
a) Decorridos 10 anos a contar do último dia do ano civil em que o pedido de registo foi formalmente
apresentado, ou do último dia do ano civil em que a topografia foi explorada comercialmente, em qualquer lugar, se este for anterior;
b) Se a topografia não tiver sido explorada comercialmente, 15 anos após a data em que esta tinha sido fixada, ou
codificada, pela primeira vez. is

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CAPÍTULO III Desenhos ou modelos SECÇÃO I
Disposições gera
Artigo 173.º
Definição de desenho ou modelo
O desenho ou modelo designa a aparência da totalidade, ou de parte, de um produto resultante das características de, nomeadamente, linhas, contornos, cores, forma, textura ou materiais do próprio produto e da sua ornamentação.
Artigo 174.º Definição de produto
1 ­ Produto designa qualquer artigo industrial ou de artesanato, incluindo, entre outros, os componentes para montagem de um produto complexo, as embalagens, os elementos de apresentação, os símbolos gráficos e os caracteres tipográficos, excluindo os programas de computador.
2 ­ Produto complexo designa qualquer produto composto por componentes múltiplos susceptíveis de serem dele retirados para o desmontar e nele recolocados para o montar novamente.
Artigo 175.º
Limitações quanto ao registo
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 176.º

Requisitos de concessão

1 ­ Gozam de protecção legal os desenhos ou modelos novos que tenham carácter singular.
2 ­ Gozam igualmente de protecção legal os desenhos ou modelos que, não sendo inteiramente novos, realizem combinações novas de elementos conhecidos ou disposições diferentes de elementos já usados, de molde a conferirem aos respectivos produtos carácter singular.
3 ­ Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, o mesmo requerente pode, até à divulgação do desenho ou modelo, pedir o registo de outros desenhos ou modelos que difiram do apresentado inicialmente apenas em pormenores sem importância.
4 ­ Considera­se que o desenho ou modelo, aplicado ou incorporado num produto que constitua um componente de um produto complexo, é novo e possui carácter singular sempre que, cumulativamente:
a) Deste se puder, razoavelmente, esperar que, mesmo depois de incorporado no produto complexo, continua visível durante a utilização normal deste último;
b) As próprias características visíveis desse componente preencham os requisitos de novidade e de carácter singular.
5 ­ Para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, entende­se por utilização normal a utilização feita pelo utilizador final, excluindo­se os actos de conservação, manutenção ou reparação.
6 ­ Não são protegidas pelo registo:
a) As características da aparência de um produto determinadas, exclusivamente, pela sua função técnica;
b) As características da aparência de um produto que devam ser, necessariamente, reproduzidas na sua forma e dimensões exactas, para permitir que o produto em que o desenho ou modelo é incorporado, ou em que é
aplicado, seja ligado mecanicamente a outro produto, quer seja colocado no seu interior, em torno ou contra esse outro produto, de modo que ambos possam desempenhar a sua função.
7 ­ O registo do desenho ou modelo é possível nas condições definidas nos artigos 177.º e 178.º desde que a sua finalidade seja permitir uma montagem múltipla de produtos intermutáveis, ou a sua ligação num sistema modular, sem prejuízo do disposto na alínea b) do número anterior.
8 ­ Se o registo tiver sido recusado, nos termos dos n.os 1 a 3 e das alíneas a), d) e e) do n.º 4 do artigo 197.º, ou declarado nulo ou anulado nos termos do n.º 1 do artigo 208.º e dos artigos 209.º e 210.º, o desenho ou modelo pode ser registado, ou o respectivo direito mantido sob forma alterada, desde que, cumulativamente:

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a) Seja mantida a sua identidade;
b) Sejam introduzidas as alterações necessárias, por forma a preencher os requisitos de protecção.
9 ­ O registo ou a sua manutenção sob forma alterada, referidos no número anterior, podem ser acompanhados de uma declaração de renúncia parcial do seu titular, ou da decisão judicial pela qual tiver sido declarada a nulidade
parcial ou anulado parcialmente o registo.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 177.º

Novidade

1 ­ O desenho ou modelo é novo se, antes do respectivo pedido de registo ou da prioridade reivindicada, nenhum desenho ou modelo idêntico foi divulgado ao público dentro ou fora do País.
2 ­ Consideram­se idênticos os desenhos ou modelos cujas características específicas apenas difiram em pormenores sem importância.
Artigo 178.º Carácter singular
1 ­ Considera­se que um desenho ou modelo possui carácter singular se a impressão global que suscita no utilizador informado diferir da impressão global causada a esse utilizador por qualquer desenho ou modelo divulgado ao público antes da data do pedido de registo ou da prioridade reivindicada.
2 ­ Na apreciação do carácter singular é tomado em consideração o grau de liberdade de que o criador dispôs para a realização do desenho ou modelo.
Artigo 179.º Divulgação
1 ­ Para efeito dos artigos 177.º e 178.º, considera­se que um desenho ou modelo foi divulgado ao público se tiver sido publicado na sequência do registo, ou em qualquer outra circunstância, apresentado numa exposição, utilizado no comércio, ou tornado conhecido de qualquer outro modo, excepto se estes factos não puderem razoavelmente ter chegado ao conhecimento dos círculos especializados do sector em questão que operam na Comunidade Europeia, no decurso da sua actividade corrente, antes da data do pedido de registo ou da
prioridade reivindicada.
2 ­ Não se considera, no entanto, que o desenho ou modelo foi divulgado ao público pelo simples facto de ter sido dado a conhecer a um terceiro em condições explícitas, ou implícitas, de confidencialidade.
Artigo 180.º
Divulgações não oponíveis
1 ­ Não se considera divulgação, para efeito dos artigos 177.º e 178.º, sempre que, cumulativamente, o desenho ou modelo que se pretende registar tiver sido divulgado ao público:
a) Pelo criador, pelo seu sucessor ou por um terceiro, na sequência de informações fornecidas, ou de medidas
tomadas, pelo criador ou pelo seu sucessor;
b) Durante o período de 12 meses que antecede a data de apresentação do pedido de registo ou, caso seja reivindicada uma prioridade, a data de prioridade.
2 ­ O n.º 1 é igualmente aplicável se o desenho ou modelo tiver sido divulgado ao público em resultado de um abuso relativamente ao criador ou ao seu sucessor.
3 ­ O requerente que pretenda beneficiar do disposto nos números anteriores deve indicar, no momento da apresentação do pedido ou no prazo de um mês, a data e o local onde ocorreu a divulgação ou exposição, apresentando documento comprovativo que exiba essa data e reproduza os produtos em que o desenho ou modelo foi incorporado, ou a que foi aplicado.
4 ­ O requerente do registo de um desenho ou modelo que tenha exposto produtos em que o desenho ou modelo foi incorporado, ou a que foi aplicado, numa exposição internacional oficial, ou oficialmente reconhecida, que se integre no âmbito do disposto na Convenção sobre Exposições Internacionais, assinada em Paris em 22 de

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Novembro de 1928 e revista em 30 de Novembro de 1972, pode, se apresentar o pedido no prazo de seis meses a contar da data da primeira exposição desses produtos, reivindicar um direito de prioridade a partir dessa data, nos termos do artigo 12.º
5 ­ O requerente que pretenda reivindicar uma prioridade nos termos do disposto no número anterior, deve apresentar com o pedido, ou no prazo de um mês, um certificado emitido pela entidade responsável pela exposição, que exiba a data da primeira divulgação pública e que reproduza os produtos em que o desenho ou modelo foi incorporado ou a que foi aplicado.
6 ­ A pedido do requerente, os prazos previstos nos n.os 3 e 5 podem ser prorrogados, uma única vez, por igual período.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 181.º

Regra geral sobre o direito ao registo

É aplicável aos desenhos ou modelos o disposto no artigo 58.º

Artigo 182.º
Regras especiais da titularidade do registo
É aplicável ao registo dos desenhos ou modelos o disposto no artigo 59.º, sem prejuízo das disposições relativas ao direito de autor.
Artigo 183.º Direitos do criador
É aplicável aos desenhos ou modelos o disposto no artigo 60.º
SECÇÃO II
Processo de registo
Artigo 184.º Forma do pedido
1 ­ O pedido de registo de desenho ou modelo é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, que indique ou contenha:
a) O nome, a firma ou a denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) A indicação dos produtos em que o desenho ou modelo se destina a ser aplicado ou incorporado, utilizando os termos da classificação internacional de desenhos e modelos industriais;
c) O nome e país de residência do criador;
d) O país onde se tenha apresentado o primeiro pedido, a data e o número dessa apresentação, no caso de o requerente pretender reivindicar o direito de prioridade;
e) As cores, se forem reivindicadas;
f) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ As expressões de fantasia utilizadas para designar o desenho ou modelo ou que figurem nas suas representações não constituem objecto de protecção.
3 ­ Para o efeito do disposto no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido de registo de desenho ou modelo que primeiro apresentar, para além dos elementos exigidos na alínea a) do n.º 1, uma representação do desenho ou modelo ou, em substituição desta, quando for reivindicada a prioridade de um pedido anterior, a indicação do número e data do pedido anterior e do organismo onde foi efectuado esse pedido.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 185.º
Documentos a apresentar
1 ­ Ao requerimento devem juntar­se os seguintes elementos, redigidos em língua portuguesa:
a) (Revogada.)
b) Representações gráficas ou fotográficas do desenho ou modelo;
c) Uma representação gráfica ou fotográfica do desenho ou modelo em suporte definido por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, para efeitos de publicação, com a reprodução do produto cujo desenho ou modelo se pretende registar;
d) (Revogada.)
2 ­ O requerimento deve ainda ser acompanhado dos seguintes elementos:
a) Autorização para incluir no desenho ou modelo quaisquer símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, dos municípios ou de outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a
denominação da Cruz Vermelha, ou de outros organismos semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos
pelo artigo 6.º­ter da Convenção da União de Paris para a Protecção da Propriedade Industrial;
b) Autorização para incluir no desenho ou modelo sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos.
3 ­ Por sua iniciativa ou mediante notificação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o requerente pode apresentar uma descrição, não contendo mais de 50 palavras por produto, que refira apenas os elementos que aparecem nas representações do desenho ou modelo ou na amostra apresentada, omitindo menções referentes a eventual novidade, ao carácter singular ou ao valor técnico do desenho ou modelo.
4 ­ Os elementos referidos nos números anteriores devem respeitar os requisitos formais fixados por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
5 ­ Quando o objecto do pedido seja um produto complexo, as representações gráficas a que se refere o n.º 1
devem representar e identificar as partes do produto visíveis durante a sua utilização normal.
6 ­ Quando o objecto do pedido seja um desenho bidimensional e o requerimento inclua, nos termos do artigo
190.º, um pedido de adiamento de publicação, as representações gráficas a que se refere o n.º 1 podem ser substituídas por um exemplar ou uma amostra do produto em que o desenho é incorporado ou aplicado, sem prejuízo da sua apresentação findo o período de adiamento.
7 ­ As representações, gráficas ou fotográficas, dos desenhos ou modelos a que se refere o n.º 1 do artigo 187.º devem ser numeradas sequencialmente, de acordo com o número total de desenhos ou modelos que se pretende incluir no mesmo requerimento.
8 ­ Mediante notificação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o requerente deve apresentar o próprio produto ou outras fotografias tiradas de perspectivas que concorram para se formar uma ideia mais exacta do desenho ou modelo.
9 ­ Quando nos pedidos de registo de desenho ou modelo for reivindicada uma combinação de cores, as
representações gráficas ou fotográficas devem exibir as cores reivindicadas e a descrição, quando apresentada, deve fazer referência às mesmas.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 186.º

Unidade do requerimento

1 ­ No mesmo requerimento não se pode pedir mais de um registo e a cada desenho ou modelo corresponde um registo diferente.
2 ­ Os desenhos ou modelos que constituam várias partes indispensáveis para formar um todo são incluídos num único registo.
Artigo 187.º Pedidos múltiplos
1 ­ Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, um pedido pode incluir até 100 produtos, desde que pertençam à mesma classe da classificação internacional de desenhos e modelos industriais.
2 ­ Quando os produtos não pertençam à mesma classe, o requerente é notificado para proceder à divisão do pedido.
3 ­ Cada um dos desenhos ou modelos incluídos no pedido ou registo múltiplo pode ser separado ou transmitido

52

independentemente dos restantes.
4 ­ Se se entender que alguns dos produtos incluídos num pedido múltiplo não constituem desenho ou modelo nos termos dos artigos 173.º e 174.º, o requerente é notificado para proceder à respectiva reformulação para patente
ou modelo de utilidade, conservando­se como data do pedido a data do pedido inicial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 188.º

Exame quanto à forma e exame oficioso

1 ­ Apresentado o pedido de registo no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, são examinados, no prazo de um mês, os requisitos formais estabelecidos nos artigos 173.º e 174.º, nos n.os 3 e 5 do artigo 180.º e nos artigos
184.º a 187.º
2 ­ No decurso do prazo mencionado no número anterior, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial verifica ainda, oficiosamente, se o pedido incorre em algumas das proibições previstas nos n.os 1 a 3 do artigo 197.º
3 ­ Caso o Instituto Nacional da Propriedade Industrial verifique que existem no pedido irregularidades de carácter formal ou alguns dos fundamentos de recusa previstos nos n.os 1 a 3 do artigo 197.º, o requerente é notificado para, no prazo de um mês, corrigir ou sanar as objecções assinaladas.
4 ­ A pedido do requerente, o prazo mencionado no número anterior pode ser prorrogado, uma única vez, por igual período.
5 ­ Se, perante a resposta do requerente, forem corrigidas as irregularidades ou sanadas as objecções, o pedido é publicado para os efeitos previstos no artigo seguinte.
6 ­ Se, pelo contrário, se mantiverem as irregularidades ou objecções, o registo é recusado e publicado o respectivo despacho no Boletim da Propriedade Industrial, com reprodução do desenho ou modelo.
7 ­ Quando as objecções respeitem apenas a alguns dos produtos, o pedido é publicado relativamente aos demais, com menção dos produtos relativamente aos quais existem objecções que não foram sanadas.
8 ­ Do despacho de recusa previsto no n.º 6 é imediatamente efectuada notificação, nos termos do n.º 1 do artigo
16.º, com indicação do Boletim da Propriedade Industrial em que o respectivo despacho foi publicado.
9 ­ O disposto no presente artigo não obsta a que o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, depois de decorridos os prazos previstos no artigo 17.º, possa suscitar o incumprimento dos requisitos mencionados no n.º 1 ou a existência das proibições mencionadas no n.º 2, notificando o requerente para corrigir ou sanar as objecções assinaladas nos termos e prazos previstos neste artigo.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 189.º Publicação
1 ­ Sendo apresentado de forma regular ou corrigidas as irregularidades e sanadas as objecções detectadas, nos termos do n.º 5 do artigo anterior, o pedido de registo é publicado no Boletim da Propriedade Industrial, com reprodução do desenho ou modelo e da classificação internacional dos desenhos e modelos industriais, para efeito de reclamação de quem se julgar prejudicado pela eventual concessão do registo.
2 ­ A publicação a que se refere o número anterior pode ser adiada nos termos do artigo seguinte.
3 ­ Efectuada a publicação, qualquer pessoa pode requerer cópia dos elementos constantes do processo.
4 ­ Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, e sempre que o requerente não apresente os necessários esclarecimentos ou autorizações, as expressões que infrinjam o disposto no n.º 2 do artigo 184.º são suprimidas, oficiosamente, tanto na indicação dos produtos e nas representações do desenho ou modelo como nas publicações a que o pedido der lugar.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 190.º
Adiamento da publicação
1 ­ Ao apresentar o pedido de registo de um desenho ou modelo, o requerente pode solicitar que a sua publicação seja adiada por um período que não exceda 30 meses a contar da data de apresentação do pedido ou da

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prioridade reivindicada.
2 ­ Os pedidos de adiamento de publicação que sejam apresentados após a data do pedido de registo são objecto de apreciação e decisão por parte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
3 ­ Se a publicação for adiada, o desenho ou modelo é inscrito nos registos do Instituto Nacional da Propriedade
Industrial, mas o processo do pedido não terá qualquer divulgação.
4 ­ Sempre que o requerente solicitar o adiamento da publicação, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial publica, quatro meses após a data de apresentação do pedido, um aviso desse adiamento, o qual inclui indicações que, pelo menos, identifiquem o requerente, a data de apresentação do pedido e o período de adiamento solicitado.
5 ­ A pedido do requerente, a publicação do pedido pode fazer­se antes de terminado o período de adiamento, se tiverem sido cumpridas todas as formalidades legais exigidas.
6 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 27 de Julho

­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 190.º­A

Formalidades subsequentes

1 ­ Findo o prazo para oposição, sem que tenha sido apresentada reclamação, o registo é concedido, total ou parcialmente, publicando­se despacho de concessão, total ou parcial, no Boletim da Propriedade Industrial.
2 ­ Sempre que seja apresentada reclamação, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, quando se mostre finda a discussão, procede no prazo de um mês à análise dos fundamentos de recusa invocados pelo reclamante.
3 ­ Os fundamentos de recusa previstos nos n.os 4 e 5 do artigo 197.º só são analisados pelo Instituto Nacional da
Propriedade Industrial se invocados pelo reclamante.
4 ­ Quando a reclamação seja considerada procedente, o registo é recusado, publicando­se o despacho de recusa no Boletim da Propriedade Industrial.
5 ­ Quando a reclamação seja considerada improcedente, o registo é concedido, publicando­se o despacho de concessão no Boletim da Propriedade Industrial.
6 ­ Quando a reclamação seja considerada procedente apenas no que respeita a alguns dos produtos incluídos no pedido, o registo é concedido parcialmente para os restantes, publicando­se o despacho de concessão parcial no Boletim da Propriedade Industrial, com menção aos produtos objecto de recusa.
7 ­ Dos despachos mencionados nos números anteriores é imediatamente efectuada notificação, nos termos do n.º
1 do artigo 16.º, com indicação do Boletim da Propriedade Industrial em que o respectivo despacho foi publicado.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 191.º Oposição
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 192.º

Registo provisório

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 193.º

Pedido de exame

(Revogado.)

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 194.º

Exame

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 195.º Concessão parcial
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 196.º Alterações do pedido
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 197.º Motivos de recusa
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, é recusado o registo de desenho ou modelo que contenha:
a) Símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, dos municípios ou de outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a denominação da Cruz Vermelha, ou de outros organismos semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos pelo artigo 6.º­ter da Convenção da União de Paris para a
Protecção da Propriedade Industrial, salvo autorização;
b) Sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos, salvo autorização;
c) Expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes;
d) (Revogada.) e) (Revogada.) f) (Revogada.) g) (Revogada.)
2 ­ É também recusado o registo de desenho ou modelo que seja constituído, exclusivamente, pela Bandeira
Nacional da República Portuguesa ou por alguns dos seus elementos.
3 ­ É ainda recusado o registo de desenho ou modelo que contenha, entre outros elementos, a Bandeira Nacional da República Portuguesa nos casos em que seja susceptível de:
a) Levar o consumidor a supor, erradamente, que os produtos ou serviços provêm de uma entidade oficial;
b) Produzir o desrespeito ou o desprestígio da Bandeira Nacional ou de algum dos seus elementos.
4 ­ Quando invocado em reclamação, o registo é recusado se:
a) O desenho ou modelo não preencher as condições previstas nos artigos 176.º a 180.º;
b) Houver infracção ao disposto nos artigos 58.º ou 59.º, com as necessárias adaptações;
c) O desenho ou modelo interferir com um desenho ou modelo anterior, divulgado ao público após a data do pedido ou a data da prioridade reivindicada, e que esteja protegido desde uma data anterior por um pedido ou um registo de desenho ou modelo;
d) For utilizado um sinal distintivo num desenho ou modelo ulterior e o direito comunitário, ou as disposições que regulam esse sinal, conferir o direito de proibir essa utilização;
e) O desenho ou modelo constituir uma utilização não autorizada de uma obra protegida pelo direito de autor.
5 ­ Constitui também fundamento de recusa do registo de desenho ou modelo, quando invocado em reclamação, o reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal ou de que esta é possível

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independentemente da sua intenção.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 198.º

Notificação do despacho definitivo

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 2ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO III
Efeitos do registo
Artigo 199.º
Âmbito da protecção
1 ­ O âmbito da protecção conferida pelo registo abrange todos os desenhos ou modelos que não suscitem uma impressão global diferente no utilizador informado.
2 ­ Na apreciação do âmbito de protecção deve ser tomado em consideração o grau de liberdade de que o criador dispôs para a realização do seu desenho ou modelo.
Artigo 200.º
Relação com os direitos de autor
Qualquer desenho ou modelo registado beneficia, igualmente, da protecção conferida pela legislação em matéria de direito de autor, a partir da data em que o desenho ou modelo foi criado, ou definido, sob qualquer forma.
Artigo 201.º Duração
1 ­ A duração do registo é de 5 anos a contar da data do pedido, podendo ser renovada, por períodos iguais, até ao limite de 25 anos.
2 ­ As renovações a que se refere o número anterior devem ser requeridas nos últimos seis meses da validade do registo.
Artigo 202.º
Indicação do desenho ou modelo
Durante a vigência do registo, o seu titular pode usar, nos produtos, a expressão «Desenho ou modelo n.º» ou as abreviaturas «DM n.º».
Artigo 203.º
Direitos conferidos pelo registo
1 ­ O registo de um desenho ou modelo confere ao seu titular o direito exclusivo de o utilizar e de proibir a sua utilização por terceiros sem o seu consentimento.
2 ­ A utilização referida no número anterior abrange, em especial, o fabrico, a oferta, a colocação no mercado, a importação, a exportação ou a utilização de um produto em que esse desenho ou modelo foi incorporado, ou a que foi aplicado, bem como a armazenagem desse produto para os mesmos fins.

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Artigo 204.º
Limitação dos direitos conferidos pelo registo
Os direitos conferidos pelo registo não abrangem:
a) Os actos realizados num âmbito privado e sem fins comerciais;
b) Os actos para fins experimentais;
c) Os actos de reprodução, para efeitos de referência ou para fins didácticos, desde que sejam compatíveis com a lealdade das práticas comerciais, não prejudiquem indevidamente a exploração normal do desenho ou modelo e seja mencionada a fonte;
d) O equipamento a bordo de navios e aeronaves registados noutro país, quando estes transitem temporariamente pelo território nacional;
e) A importação de peças sobressalentes e acessórios para reparação desses navios e aeronaves;
f) A execução de reparações nesses navios e aeronaves.
Artigo 205.º Esgotamento do direito
Os direitos conferidos pelo registo não permitem ao seu titular proibir os actos relativos a produtos em que foi incorporado, ou a que foi aplicado, um desenho ou modelo objecto de protecção anterior pelo registo, quando o produto tiver sido comercializado, pelo próprio ou com o seu consentimento, no espaço económico europeu.
Artigo 206.º
Inalterabilidade dos desenhos ou modelos
1 ­ Enquanto vigorar o registo, os desenhos ou modelos devem conservar­se inalterados.
2 ­ A ampliação, ou a redução, à escala não afecta a inalterabilidade dos desenhos ou modelos.
Artigo 207.º
Alteração nos desenhos ou modelos
1 ­ Qualquer alteração nas características específicas essenciais dos desenhos ou modelos pode ser registada desde que respeite os requisitos estabelecidos no artigo 176.º
2 ­ As modificações introduzidas pelo titular do registo nos desenhos ou modelos que apenas alterem pormenores
sem importância podem ser objecto de novo registo ou registos.
3 ­ O registo ou registos referidos no número anterior devem ser averbados no processo e inscritos, quando existam, no título inicial e em todos os títulos dos registos efectuados ao abrigo da mesma disposição.
4 ­ Os registos modificados a que se refere o n.º 2 revertem para o domínio público no termo da validade do registo inicial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO IV

Invalidade do registo

Artigo 208.º

Nulidade

1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 33.º, o registo de desenho ou modelo é nulo quando na sua concessão tenha sido infringido o disposto nos n.os 1 a 3 e nas alíneas a) e c) do n.º 4 do artigo 197.º
2 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

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Artigo 209.º Anulabilidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 34.º, o registo de desenho ou modelo é anulável quando na sua concessão tenha sido infringido o disposto nas alíneas d) e e) do n.º 4 e no n.º 5 do artigo 197.º
2 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 210.º

Declaração de nulidade ou anulação parcial

1 ­ Pode ser declarado nulo, ou anulado, o registo de um ou mais produtos constantes do mesmo registo, mas não pode declarar­se a nulidade ou anular­se parcialmente o registo relativo a um produto.
2 ­ Havendo declaração de nulidade ou anulação de um ou mais produtos, o registo continua em vigor na parte remanescente.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO V Protecção prévia SUBSECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 211.º Objecto do pedido
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 212.º
Pedido de protecção prévia
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 213.
Conservação em regime de segredo e de arquivo
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SUBSECÇÃO II
Processo do pedido de protecção
Artigo 214.º Forma do pedido
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SUBSECÇÃO III
Efeitos do pedido de protecção prévia
Artigo 215.º Duração
(Revogado.)
Pedido de registo para actos administrativos ou acções em tribunal
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 221.º

Taxas

(Revogado.)

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Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO IV Marcas SECÇÃO I
Disposições gerais
SUBSECÇÃO I
Marcas de produtos ou de serviços
Artigo 222.º Constituição da marca
1 ­ A marca pode ser constituída por um sinal ou conjunto de sinais susceptíveis de representação gráfica, nomeadamente palavras, incluindo nomes de pessoas, desenhos, letras, números, sons, a forma do produto ou da respectiva embalagem, desde que sejam adequados a distinguir os produtos ou serviços de uma empresa dos de outras empresas.
2 ­ A marca pode, igualmente, ser constituída por frases publicitárias para os produtos ou serviços a que respeitem, desde que possuam carácter distintivo, independentemente da protecção que lhe seja reconhecida pelos direitos de autor.
Artigo 223.º Excepções
1 ­ Não satisfazem as condições do artigo anterior:
a) As marcas desprovidas de qualquer carácter distintivo;
b) Os sinais constituídos, exclusivamente, pela forma imposta pela própria natureza do produto, pela forma do produto necessária à obtenção de um resultado técnico ou pela forma que confira um valor substancial ao produto;
c) Os sinais constituídos, exclusivamente, por indicações que possam servir no comércio para designar a espécie, a qualidade, a quantidade, o destino, o valor, a proveniência geográfica, a época ou meio de produção do produto ou da prestação do serviço, ou outras características dos mesmos;
d) As marcas constituídas, exclusivamente, por sinais ou indicações que se tenham tornado usuais na linguagem corrente ou nos hábitos leais e constantes do comércio;
e) As cores, salvo se forem combinadas entre si ou com gráficos, dizeres ou outros elementos de forma peculiar e distintiva.
2 ­ Os elementos genéricos referidos nas alíneas a), c) e d) do número anterior que entrem na composição de uma marca não serão considerados de uso exclusivo do requerente, excepto quando, na prática comercial, os sinais tiverem adquirido eficácia distintiva.
3 ­ A pedido do requerente ou do reclamante, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial indica, no despacho de concessão, quais os elementos constitutivos da marca que não ficam de uso exclusivo do requerente.
Artigo 224.º Propriedade e exclusivo
1 ­ O registo confere ao seu titular o direito de propriedade e do exclusivo da marca para os produtos e serviços a que esta se destina.
2 ­ O Estado poderá, igualmente, gozar da propriedade e do exclusivo das marcas que usa desde que satisfaça as disposições legais.
Artigo 225.º Direito ao registo
O direito ao registo da marca cabe a quem nisso tenha legítimo interesse, designadamente:
a) Aos industriais ou fabricantes, para assinalar os produtos do seu fabrico;
b) Aos comerciantes, para assinalar os produtos do seu comércio;
c) Aos agricultores e produtores, para assinalar os produtos da sua actividade;
d) Aos criadores ou artífices, para assinalar os produtos da sua arte, ofício ou profissão;

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e) Aos que prestam serviços, para assinalar a respectiva actividade.
Artigo 226.º
Registo por agente ou representante do titular
Se o agente ou representante do titular de uma marca registada num dos países membros da União ou da OMC mas não registada em Portugal pedir o registo dessa marca em seu próprio nome, sem autorização do referido titular, tem este o direito de se opor ao registo pedido, a menos que o agente ou representante justifique o seu procedimento.
Artigo 227.º Marca livre
1 ­ Aquele que usar marca livre ou não registada por prazo não superior a seis meses tem, durante esse prazo, direito de prioridade para efectuar o registo, podendo reclamar contra o que for requerido por outrem.
2 ­ A veracidade dos documentos oferecidos para prova deste direito de prioridade é apreciada livremente, salvo se se tratar de documentos autênticos.
SUBSECÇÃO II Marcas colectivas
Artigo 228.º Definição
1 ­ Entende­se por marca colectiva uma marca de associação ou uma marca de certificação.
2 ­ Podem constituir marca colectiva os sinais ou indicações utilizados no comércio para designar a origem geográfica dos produtos ou serviços.
3 ­ O registo da marca colectiva dá, ainda, ao seu titular o direito de disciplinar a comercialização dos respectivos produtos, nas condições estabelecidas na lei, nos estatutos ou nos regulamentos internos.
Artigo 229.º
Marca de associação
Uma marca de associação é um sinal determinado pertencente a uma associação de pessoas singulares ou colectivas, cujos membros o usam, ou têm intenção de usar, para produtos ou serviços relacionados com o objecto da associação.
Artigo 230.º
Marca de certificação
1 ­ Uma marca de certificação é um sinal determinado pertencente a uma pessoa colectiva que controla os produtos ou os serviços ou estabelece normas a que estes devem obedecer.
2 ­ Este sinal serve para ser utilizado nos produtos ou serviços submetidos àquele controlo ou para os quais as normas foram estabelecidas.
Artigo 231.º Direito ao registo
1 ­ O direito ao registo das marcas colectivas compete:
a) Às pessoas colectivas a que seja legalmente atribuída ou reconhecida uma marca de garantia ou de certificação e possam aplicá­la a certas e determinadas qualidades dos produtos ou serviços;
b) Às pessoas colectivas que tutelam, controlam ou certificam actividades económicas, para assinalar os produtos dessas actividades, ou que sejam provenientes de certas regiões, conforme os seus fins e nos termos dos

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respectivos estatutos ou diplomas orgânicos.
2 ­ As pessoas colectivas a que se refere a alínea b) do número anterior devem promover a inserção, nos respectivos diplomas orgânicos, estatutos ou regulamentos internos, de disposições em que se designem as
pessoas que têm direito a usar a marca, as condições em que deve ser utilizada e os direitos e obrigações dos interessados no caso de usurpação ou contrafacção.
3 ­ As alterações aos diplomas orgânicos, estatutos ou regulamentos internos que modifiquem o regime da marca colectiva só produzem efeitos em relação a terceiros se forem comunicadas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial pela direcção do organismo titular do registo.
Artigo 232.º Disposições aplicáveis
São aplicáveis às marcas colectivas, com as devidas adaptações, as disposições do presente Código relativas às marcas de produtos e serviços.
SECÇÃO II
Processo de registo SUBSECÇÃO I Registo nacional
Artigo 233.º Pedido
1 ­ O pedido de registo de marca é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, que indique ou contenha:
a) O nome, a firma ou a denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou o lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) Os produtos ou serviços a que a marca se destina, agrupados pela ordem das classes da classificação internacional dos produtos e serviços e designados em termos precisos, de preferência pelos termos da lista
alfabética da referida classificação;
c) A indicação expressa de que a marca é de associação, ou de certificação, caso o requerente pretenda registar uma marca colectiva;
d) A indicação expressa de que a marca é tridimensional ou sonora;
e) O número do registo da recompensa figurada ou referida na marca;
f) As cores em que a marca é usada, se forem reivindicadas como elemento distintivo;
g) O país onde tenha sido apresentado o primeiro pedido de registo da marca, a data e o número dessa apresentação, no caso de o requerente pretender reivindicar o direito de prioridade;
h) A indicação da data a partir da qual usa a marca, no caso previsto no artigo 227.º;
i) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do respectivo mandatário.
2 ­ Para efeitos do que se dispõe no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido de registo que primeiro apresentar, para além dos elementos exigidos nas alíneas a) e b) do n.º 1, uma representação da marca
pretendida.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 234.º

Instrução do pedido

1 ­ Ao requerimento deve juntar­se uma representação gráfica do sinal ou, quando se trate de sons, as respectivas frases musicais, em suporte definido por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ Quando nos pedidos de registo for reivindicada uma combinação de cores, a representação gráfica mencionada no número anterior deve exibir as cores reivindicadas.
3 ­ O requerimento deve ainda ser acompanhado dos seguintes elementos:
a) Autorização de pessoa cujo nome ou retrato figure na marca e não seja o requerente;
b) Indicação das disposições legais e estatutárias ou dos regulamentos internos que disciplinam o seu uso, quando

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se trate de marcas colectivas;
c) Autorização para incluir na marca quaisquer símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, municípios ou outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a denominação da Cruz
Vermelha, ou outros organismos semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos pelo artigo 6.º­ter da
Convenção da União de Paris para a Protecção da Propriedade Industrial;
d) Autorização do titular de registo anterior e do possuidor de licença exclusiva, se a houver, e, salvo disposição em contrário no contrato, para os efeitos do disposto no artigo 243.º;
e) Autorização para incluir na marca sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos.
4 ­ A falta dos requisitos referidos no número anterior não obsta à relevância do requerimento para efeito de prioridade.
5 ­ Quando a marca contenha inscrições em caracteres pouco conhecidos, o requerente deve apresentar transliteração e, se possível, tradução dessas inscrições.
6 ­ Quando nos elementos figurativos de uma marca constem elementos verbais, o requerente deve especificá­los no requerimento de pedido.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 235.º

Unicidade do registo

A mesma marca, destinada ao mesmo produto ou serviço, só pode ter um registo.
Artigo 236.º Publicação do pedido
1 ­ Da apresentação do pedido publica­se aviso no Boletim da Propriedade Industrial, para efeito de reclamação de quem se julgar prejudicado pela eventual concessão do registo.
2 ­ A publicação deve conter a reprodução da marca, a classificação dos produtos e serviços nas respectivas classes, nos termos da classificação internacional, e mencionar as indicações a que se refere o n.º 1 do artigo
233.º, com excepção do número de identificação fiscal e do endereço electrónico do requerente.
3 ­ Compete ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial verificar a classificação a que se refere o número anterior, corrigindo­a, se for caso disso, através da inclusão dos termos precisos ou da supressão dos termos incorrectos.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 237.º

Tramitação processual

1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial procede ao estudo do processo, o qual consiste no exame da marca registanda e sua comparação com outras marcas e sinais distintivos do comércio.
2 ­ (Revogado.)
3 ­ O registo é concedido quando, efectuado o exame, não tiver sido detectado fundamento de recusa e a reclamação, se a houver, for considerada improcedente.
4 ­ O registo é, desde logo, recusado quando a reclamação for considerada procedente.
5 ­ O registo é recusado provisoriamente quando o exame revelar fundamento de recusa e a reclamação, se a houver, não tiver sido considerada procedente.
6 ­ Da recusa provisória é feita a correspondente notificação, devendo o requerente responder no prazo de um
mês, sob cominação de a recusa se tornar definitiva se se mantiverem as objecções detectadas, podendo este prazo ser prorrogado, uma única vez, pelo mesmo período, a requerimento do interessado.
7 ­ (Revogado.)
8 ­ Se, perante a resposta do requerente, se concluir que a recusa não tem fundamento, ou que as objecções levantadas foram sanadas, o despacho é proferido no prazo de um mês a contar da apresentação da referida resposta, sem prejuízo do disposto no n.º 7 do artigo 11.º
9 ­ Se, perante a resposta do requerente, não houver alteração de avaliação, a recusa provisória é objecto de despacho definitivo.

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10 ­ (Revogado.)
11 ­ Do despacho definitivo é imediatamente efectuada notificação, nos termos do n.º 1 do artigo 16.º, com indicação do Boletim da Propriedade Industrial em que o respectivo aviso foi publicado.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 2ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 238.º
Fundamentos de recusa do registo
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o registo de uma marca é recusado quando esta:
a) Seja constituída por sinais insusceptíveis de representação gráfica;
b) Seja constituída por sinais desprovidos de qualquer carácter distintivo;
c) Seja constituída, exclusivamente, por sinais ou indicações referidos nas alíneas b) a e) do n.º 1 do artigo 223.º;
d) (Revogada.)
e) Contrarie o disposto nos artigos 222.º, 225.º, 228.º a 231.º e 235.º
2 ­ (Revogado.)
3 ­ Não é recusado o registo de uma marca constituída, exclusivamente, por sinais ou indicações referidos nas alíneas a), c) e d) do n.º 1 do artigo 223.º se esta tiver adquirido carácter distintivo.
4 ­ É ainda recusado o registo de uma marca que contenha em todos ou alguns dos seus elementos:
a) Símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, dos municípios ou de outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a denominação da Cruz Vermelha, ou de outros organismos
semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos pelo artigo 6.º­ter da Convenção da União de Paris para a
Protecção da Propriedade Industrial, salvo autorização;
b) Sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos, salvo autorização;
c) Expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes;
d) Sinais que sejam susceptíveis de induzir o público em erro, nomeadamente sobre a natureza, qualidades, utilidade ou proveniência geográfica do produto ou serviço a que a marca se destina.
5 ­ É também recusado o registo de uma marca que seja constituída, exclusivamente, pela Bandeira Nacional da
República Portuguesa ou por alguns dos seus elementos.
6 ­ É ainda recusado o registo de uma marca que contenha, entre outros elementos, a Bandeira Nacional nos casos em que seja susceptível de:
a) Induzir o público em erro sobre a proveniência geográfica dos produtos ou serviços a que se destina;
b) Levar o consumidor a supor, erradamente, que os produtos ou serviços provêm de uma entidade oficial;
c) Produzir o desrespeito ou o desprestígio da Bandeira Nacional ou de algum dos seus elementos.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 239.º
Outros fundamentos de recusa
1 ­ Constitui ainda fundamento de recusa do registo de marca:
a) A reprodução ou imitação, no todo ou em parte, de marca anteriormente registada por outrem para produtos ou serviços idênticos ou afins, que possa induzir em erro ou confusão o consumidor ou que compreenda o risco de associação com a marca registada;
b) A reprodução ou imitação, no todo ou em parte, de logótipo anteriormente registado por outrem para distinguir uma entidade cuja actividade seja idêntica ou afim aos produtos ou serviços a que a marca se destina, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão;
c) A infracção de outros direitos de propriedade industrial;
d) O emprego de nomes, retratos ou quaisquer expressões ou figurações, sem que tenha sido obtida autorização das pessoas a que respeitem e, sendo já falecidos, dos seus herdeiros ou parentes até ao 4.º grau ou, ainda que obtida, se produzir o desrespeito ou desprestígio daquelas pessoas;
e) O reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal ou de que esta é possível
independentemente da sua intenção.
2 ­ Quando invocado em reclamação, constitui também fundamento de recusa:
a) A reprodução ou imitação de firma, de denominação social e de outros sinais distintivos, ou apenas parte característica dos mesmos, que não pertençam ao requerente, ou que o mesmo não esteja autorizado a usar, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão;

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b) A infracção de direitos de autor;
c) O emprego de referências a determinada propriedade rústica ou urbana que não pertença ao requerente;
d) A infracção do disposto no artigo 226.º
3 ­ No caso previsto na alínea d) do número anterior, em vez da recusa do registo pode ser concedida a sua transmissão, total ou parcial, a favor do titular, se este a tiver pedido.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 240.º

Imitação de embalagens ou rótulos não registados

1 ­ É ainda recusado o registo das marcas que, nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 245.º, constituam reprodução ou imitação de determinado aspecto exterior, nomeadamente de embalagem, ou rótulo, com as respectivas forma, cor e disposição de dizeres, medalhas, recompensas e demais elementos, comprovadamente usado por outrem nas suas marcas registadas.
2 ­ Os interessados na recusa dos registos das marcas a que se refere este artigo só podem intervir no respectivo processo depois de terem efectuado o pedido de registo da sua marca com os elementos do aspecto exterior referidos no número anterior.
Artigo 241.º Marcas notórias
1 ­ É recusado o registo de marca que, no todo ou em parte essencial, constitua reprodução, imitação ou tradução de outra notoriamente conhecida em Portugal, se for aplicada a produtos ou serviços idênticos ou afins e com ela possa confundir­se ou se, dessa aplicação, for possível estabelecer uma associação com o titular da marca notória.
2 ­ Os interessados na recusa dos registos das marcas a que se refere o número anterior só podem intervir no respectivo processo depois de terem efectuado o pedido de registo da marca que dá origem e fundamenta o seu interesse.
Artigo 242.º Marcas de prestígio
1 ­ Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, o pedido de registo será igualmente recusado se a marca, ainda que destinada a produtos ou serviços sem identidade ou afinidade, constituir tradução, ou for igual ou semelhante, a uma marca anterior que goze de prestígio em Portugal ou na Comunidade Europeia, se for comunitária, e sempre que o uso da marca posterior procure tirar partido indevido do carácter distintivo ou do prestígio da marca, ou possa prejudicá­los.
2 ­ Aplica­se ao n.º 1 o disposto no n.º 2 do artigo anterior, entendendo­se que, neste caso, o registo da marca deverá ser requerido para os produtos ou serviços que lhe deram prestígio.
Artigo 243.º
Declaração de consentimento
O registo de marca susceptível de confusão com marcas ou outros direitos de propriedade industrial anteriormente registados exige declaração de consentimento dos titulares desses direitos e dos possuidores de licenças exclusivas, se os houver e os contratos não dispuserem de forma diferente.
Artigo 244.º Recusa parcial
Quando existam motivos para recusa do registo de uma marca apenas no que respeita a alguns dos produtos ou serviços para que este foi pedido, a recusa abrange, apenas, esses produtos ou serviços.

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Artigo 245.º
Conceito de imitação ou de usurpação
1 ­ A marca registada considera­se imitada ou usurpada por outra, no todo ou em parte, quando, cumulativamente:
a) A marca registada tiver prioridade;
b) Sejam ambas destinadas a assinalar produtos ou serviços idênticos ou afins;
c) Tenham tal semelhança gráfica, figurativa, fonética ou outra que induza facilmente o consumidor em erro ou confusão, ou que compreenda um risco de associação com marca anteriormente registada, de forma que o
consumidor não as possa distinguir senão depois de exame atento ou confronto.
2 ­ Para os efeitos da alínea b) do n.º 1:
a) Produtos e serviços que estejam inseridos na mesma classe da classificação de Nice podem não ser considerados afins;
b) Produtos e serviços que não estejam inseridos na mesma classe da classificação de Nice podem ser considerados afins.
3 ­ Considera­se imitação ou usurpação parcial de marca o uso de certa denominação de fantasia que faça parte de marca alheia anteriormente registada.
Artigo 246.º
Processo especial de registo
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SUBSECÇÃO II

Marca comunitária

Artigo 247.º

Transformação em pedido de registo de marca nacional

1 ­ Quando o pedido de registo de marca comunitária for recusado, retirado ou considerado retirado, ou quando o registo da marca comunitária deixar de produzir efeitos, o respectivo requerente ou titular pode requerer a transformação do seu pedido, ou do seu registo, em pedido de registo de marca nacional, nos termos do Regulamento referido no n.º 2 do artigo 40.º
2 ­ Recebido um requerimento de transformação, nos termos do número anterior, o Instituto Nacional da
Propriedade Industrial decide acerca da sua admissibilidade, posto o que notifica o requerente para, no prazo de dois meses a contar dessa notificação:
a) Preencher, em língua portuguesa, formulário próprio relativo ao pedido de registo nacional;
b) Juntar uma representação gráfica do sinal ou, quando se trate de sons, as respectivas frases musicais, em suporte definido por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial;
c) (Revogada.)
d) Indicar morada em Portugal, endereço electrónico ou número de fax, se estiver nas condições previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 10.º, para efeitos do disposto no n.º 4 do mesmo artigo;
e) Pagar a taxa correspondente ao pedido de registo nacional.
3 ­ Cumpridos os requisitos indicados no número anterior, é­lhe atribuído um número de processo de registo nacional, seguindo­se a tramitação correspondente.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SUBSECÇÃO III

Registo internacional

Artigo 248.º

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Direito ao registo
1 ­ O requerente ou o titular de um registo de marca, de nacionalidade portuguesa, domiciliado ou estabelecido em Portugal, pode assegurar a protecção da sua marca nas partes contratantes que constituem a União de Madrid, nos termos previstos no Acordo ou no Protocolo de Madrid.
2 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 249.º

Pedido

O pedido de registo internacional é formulado em impresso próprio e apresentado no Instituto Nacional da
Propriedade Industrial, nos termos previstos no Acordo ou no Protocolo.
Artigo 250.º Renúncia
O titular de um registo internacional pode sempre renunciar à protecção da sua marca, total ou parcialmente, no território de uma ou várias partes contratantes, nos termos previstos no Acordo ou no Protocolo de Madrid.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 251.º

Alterações ao registo

1 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial notifica a referida Secretaria Internacional de todas as alterações sofridas pelo registo das marcas nacionais que possam influir no registo internacional, para os efeitos de inscrição neste, bem como de publicação e notificação aos países contratantes que lhes tenham concedido protecção.
2 ­ São recusados quaisquer pedidos de averbamento de transmissão de marcas a favor de pessoas sem qualidade jurídica para obter um registo internacional.
Artigo 252.º Publicação do pedido
Do pedido de protecção em Portugal publica­se aviso no Boletim da Propriedade Industrial, para efeito de reclamação de quem se considerar prejudicado pela eventual concessão do registo.
Artigo 253.º Formalidades processuais
1 ­ É aplicável às marcas do registo internacional o disposto nos n.os 1 e 3 a 11 do artigo 237.º
2 ­ Os termos subsequentes do processo são regulados igualmente pelas disposições aplicáveis ao registo nacional e pelas disposições previstas no Acordo e Protocolo de Madrid.
Artigo 254.º Fundamentos de recusa
É recusada a protecção em território português a marcas do registo internacional quando ocorra qualquer fundamento de recusa do registo nacional.

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SECÇÃO III
Efeitos do registo
Artigo 255.º Duração
A duração do registo é de 10 anos, contados a partir da data da respectiva concessão, podendo ser indefinidamente renovado por iguais períodos.
Artigo 256.º
Declaração de intenção de uso
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 257.º

Indicação do registo

Durante a vigência do registo, o seu titular pode usar nos produtos as palavras «Marca registada», as iniciais «M. R.», ou ainda simplesmente «(ver documento original)».
Artigo 258.º
Direitos conferidos pelo registo
O registo da marca confere ao seu titular o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de usar, no exercício de actividades económicas, qualquer sinal igual, ou semelhante, em produtos ou serviços idênticos ou afins daqueles para os quais a marca foi registada, e que, em consequência da semelhança entre os sinais e da afinidade dos produtos ou serviços, possa causar um risco de confusão, ou associação, no espírito do consumidor.
Artigo 259.º Esgotamento do direito
1 ­ Os direitos conferidos pelo registo não permitem ao seu titular proibir o uso da marca em produtos comercializados, pelo próprio ou com o seu consentimento, no espaço económico europeu.
2 ­ O disposto no número anterior não é aplicável sempre que existam motivos legítimos, nomeadamente quando o estado desses produtos seja modificado ou alterado após a sua colocação no mercado.
Artigo 260.º
Limitações aos direitos conferidos pelo registo
Os direitos conferidos pelo registo da marca não permitem ao seu titular impedir terceiros de usar, na sua actividade económica, desde que tal seja feito em conformidade com as normas e os usos honestos em matéria industrial e comercial:
a) O seu próprio nome e endereço;
b) Indicações relativas à espécie, à qualidade, à quantidade, ao destino, ao valor, à proveniência geográfica, à época e meio de produção do produto ou da prestação do serviço ou a outras características dos produtos ou serviços;
c) A marca, sempre que tal seja necessário para indicar o destino de um produto ou serviço, nomeadamente sob a
forma de acessórios ou peças sobressalentes.
Artigo 261.º

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Inalterabilidade da marca
1 ­ A marca deve conservar­se inalterada, ficando qualquer mudança nos seus elementos sujeita a novo registo.
2 ­ Do disposto no número anterior exceptuam­se as simples modificações que não prejudiquem a identidade da marca e só afectem as suas proporções, o material em que tiver sido cunhada, gravada ou reproduzida e a tinta
ou a cor, se esta não tiver sido expressamente reivindicada como uma das características da marca.
3 ­ Também não prejudica a identidade da marca a inclusão ou supressão da indicação expressa do produto ou serviço a que a marca se destina e do ano de produção nem a alteração relativa ao domicílio ou lugar em que o titular está estabelecido.
4 ­ A marca nominativa só está sujeita às regras da inalterabilidade no que respeita às expressões que a constituem, podendo ser usada com qualquer aspecto figurativo desde que não ofenda direitos de terceiros.
SECÇÃO IV
Transmissão e licenças
Artigo 262.º Transmissão
1 ­ Os registos de marcas são transmissíveis se tal não for susceptível de induzir o público em erro quanto à proveniência do produto ou do serviço ou aos caracteres essenciais para a sua apreciação.
2 ­ Quando a transmissão for parcial em relação aos produtos ou serviços, deve ser requerida cópia do processo, que servirá de base a registo autónomo, incluindo o direito ao título.
3 ­ Aos pedidos de registo é aplicável o disposto nos números anteriores e, no caso de transmissão parcial, os novos pedidos conservam as prioridades a que tinham direito.
Artigo 263.º
Limitações à transmissão
As marcas registadas a favor dos organismos que tutelam ou controlam actividades económicas não são transmissíveis, salvo disposição especial de lei, estatutos ou regulamentos internos.
Artigo 264.º Licenças
O titular do registo de marca pode invocar os direitos conferidos pelo registo contra o licenciado que infrinja qualquer cláusula, ou disposição, do contrato de licença, em especial no que respeita ao seu prazo de validade, à identidade da marca, à natureza dos produtos ou serviços para os quais foi concedida a licença, à delimitação da zona ou território ou à qualidade dos produtos fabricados ou dos serviços prestados pelo licenciado.
SECÇÃO V
Extinção do registo de marca ou de direitos dele derivados
Artigo 265.º Nulidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 33.º, o registo de marca é nulo quando, na sua concessão, tenha sido infringido o previsto:
a) Nos n.os 1 e 4 a 6 do artigo 238.º;
b) (Revogada.)
2 ­ É aplicável às acções de nulidade, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 3 do artigo 238.º

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 266.º

Anulabilidade

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1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 34.º, o registo da marca é anulável quando, na sua concessão, tenha sido infringido o previsto nos artigos 239.º a 242.º
2 ­ O interessado na anulação do registo das marcas, com fundamento no disposto nos artigos 241.º ou 242.º, deve
requerer o registo da marca que dá origem ao pedido de anulação para os produtos ou serviços que lhe deram notoriedade ou prestígio, respectivamente.
3 ­ O registo não pode ser anulado se a marca anterior, invocada em oposição, não satisfizer a condição de uso sério, nos termos do artigo 268.º
4 ­ As acções de anulação devem ser propostas no prazo de 10 anos a contar da data do despacho de concessão do registo, sem prejuízo do direito de pedir a anulação de marca registada de má fé que é imprescritível.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 267.º

Preclusão por tolerância

1 ­ O titular de uma marca registada que, tendo conhecimento do facto, tiver tolerado, durante um período de cinco anos consecutivos, o uso de uma marca registada posterior, deixa de ter direito, com base na sua marca anterior, a requerer a anulação do registo da marca posterior, ou a opor­se ao seu uso, em relação aos produtos ou serviços nos quais a marca posterior tenha sido usada, salvo se o registo da marca posterior tiver sido efectuado de má fé.
2 ­ O prazo de cinco anos, previsto no número anterior, conta­se a partir do momento em que o titular teve conhecimento do facto.
3 ­ O titular do registo de marca posterior não pode opor­se ao direito anterior, mesmo que este já não possa ser invocado contra a marca posterior.
Artigo 268.º Uso da marca
1 ­ Considera­se uso sério da marca:
a) O uso da marca tal como está registada ou que dela não difira senão em elementos que não alterem o seu carácter distintivo, de harmonia com o disposto no artigo 261.º, feito pelo titular do registo, ou por seu licenciado, com licença devidamente averbada;
b) O uso da marca, tal como definida na alínea anterior, para produtos ou serviços destinados apenas a exportação;
c) A utilização da marca por um terceiro, desde que o seja sob controlo do titular e para efeitos da manutenção do registo.
2 ­ Considera­se uso da marca colectiva o que é feito com o consentimento do titular.
3 ­ Considera­se uso da marca de garantia ou certificação o que é feito por pessoa habilitada.
4 ­ O início ou o reatamento do uso sério nos três meses imediatamente anteriores à apresentação de um pedido de declaração de caducidade, contados a partir do fim do período ininterrupto de cinco anos de não uso, não é, contudo, tomado em consideração se as diligências para o início ou reatamento do uso só ocorrerem depois de o
titular tomar conhecimento de que pode vir a ser efectuado esse pedido de declaração de caducidade.
Artigo 269.º Caducidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 37.º, a caducidade do registo deve ser declarada se a marca não tiver sido objecto de uso sério durante cinco anos consecutivos, salvo justo motivo e sem prejuízo do disposto no n.º 4 e no artigo 268.º
2 ­ Deve ainda ser declarada a caducidade do registo se, após a data em que o mesmo foi efectuado:
a) A marca se tiver transformado na designação usual no comércio do produto ou serviço para que foi registada, como consequência da actividade, ou inactividade, do titular;
b) A marca se tornar susceptível de induzir o público em erro, nomeadamente acerca da natureza, qualidade e origem geográfica desses produtos ou serviços, no seguimento do uso feito pelo titular da marca, ou por terceiro com o seu consentimento, para os produtos ou serviços para que foi registada.
3 ­ A caducidade do registo da marca colectiva deve ser declarada:

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a) Se deixar de existir a pessoa colectiva a favor da qual foi registada;
b) Se essa pessoa colectiva consentir que a marca seja usada de modo contrário aos seus fins gerais ou às prescrições estatutárias.
4 ­ O registo não caduca se, antes de requerida a declaração de caducidade, já tiver sido iniciado ou reatado o uso sério da marca, sem prejuízo do que se dispõe no n.º 4 do artigo anterior.
5 ­ O prazo referido no n.º 1 inicia­se com o registo da marca, que, para as marcas internacionais, é a data do registo na Secretaria Internacional.
6 ­ Quando existam motivos para a caducidade do registo de uma marca, apenas no que respeita a alguns dos produtos ou serviços para que este foi efectuado, a caducidade abrange apenas esses produtos ou serviços.
Artigo 270.º
Pedidos de declaração de caducidade
1 ­ Os pedidos de declaração de caducidade são apresentados no Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ Os pedidos referidos no número anterior podem fundamentar­se em qualquer dos motivos estabelecidos nos n.os 1 a 3 do artigo anterior.
3 ­ O titular do registo é sempre notificado do pedido de declaração de caducidade para responder, querendo, no prazo de um mês.
4 ­ A requerimento do interessado, apresentado em devido tempo, o prazo a que se refere o número anterior pode ser prorrogado, uma única vez, por mais um mês.
5 ­ (Revogado.)
6 ­ Cumpre ao titular do registo ou a seu licenciado, se o houver, provar o uso da marca, sem o que esta se presume não usada.
7 ­ Decorrido o prazo de resposta, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial decide, no prazo de um mês,
sobre a declaração de caducidade do registo.
8 ­ O processo de caducidade extingue­se se, antes da decisão, ocorrer a desistência do respectivo pedido.
9 ­ A caducidade só produz efeitos depois de declarada em processo que corre os seus termos no Instituto
Nacional da Propriedade Industrial.
10 ­ A caducidade é averbada e dela se publicará aviso no Boletim da Propriedade Industrial.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO V Recompensas SECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 271.º Objecto
Consideram­se recompensas:
a) As condecorações de mérito conferidas pelo Estado Português ou por Estados estrangeiros;
b) As medalhas, diplomas e prémios pecuniários ou de qualquer outra natureza obtidos em exposições, feiras e concursos, oficiais ou oficialmente reconhecidos, realizados em Portugal ou em países estrangeiros;
c) Os diplomas e atestados de análise, ou louvor, passados por laboratórios ou serviços do Estado ou de organismos para tal fim qualificados;
d) Os títulos de fornecedor do Chefe do Estado, Governo e outras entidades ou estabelecimentos oficiais, nacionais ou estrangeiros;
e) Quaisquer outros prémios ou demonstrações de preferência de carácter oficial.
Artigo 272.º
Condições da menção das recompensas
As recompensas não podem ser aplicadas a produtos ou serviços diferentes daqueles para que foram conferidas.

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Artigo 273.º Propriedade
As recompensas, de qualquer ordem, conferidas aos industriais, comerciantes, agricultores e demais empresários constituem propriedade sua.
SECÇÃO II
Processo de registo
Artigo 274.º Pedido
O pedido de registo de recompensas é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, onde se indique: a) O nome, a firma ou a denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio ou o lugar em que está estabelecido, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) As recompensas cujo registo pretende, entidades que as concederam e respectivas datas;
c) Os produtos ou serviços que mereceram a concessão;
d) O logótipo a que a recompensa está ligada, no todo ou em parte, quando for o caso;
e) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do respectivo mandatário.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 275.º

Instrução do pedido

1 ­ Ao requerimento devem juntar­se originais ou fotocópias autenticadas dos diplomas, ou outros documentos comprovativos da concessão.
2 ­ A prova da concessão da recompensa pode também fazer­se juntando um exemplar, devidamente legalizado, da publicação oficial em que tiver sido conferida ou publicada a recompensa, ou só a parte necessária e suficiente para identificação da mesma.
3 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial pode exigir a apresentação de traduções em português dos diplomas ou outros documentos redigidos em línguas estrangeiras.
4 ­ O registo das recompensas em que se incluam referências a logótipos supõe o seu registo prévio.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 276.º

Fundamentos de recusa

Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o registo de recompensas é recusado quando:
a) Estas, pela sua natureza, não possam incluir­se em qualquer das categorias previstas no presente Código;
b) Se prove que têm sido aplicadas a produtos ou serviços diferentes daqueles para que foram conferidas;
c) Tenha havido transmissão da sua propriedade sem a do estabelecimento, ou da parte deste que interessar, quando for o caso;
d) Se mostre que a recompensa foi revogada ou não pertence ao requerente.
Artigo 277.º
Restituição de documentos
1 ­ Findo o prazo para interposição de recurso, os diplomas, ou outros documentos, constantes do processo são restituídos aos requerentes que o solicitem em requerimento e substituídos no processo por fotocópias autenticadas.
2 ­ A restituição é feita mediante recibo, que será junto ao processo.

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SECÇÃO III
Uso e transmissão
Artigo 278.º
Indicação de recompensas
O uso de recompensas legitimamente obtidas é permitido, independente de registo, mas só quando este tiver sido efectuado é que a referência, ou cópia, das mesmas se poderá fazer acompanhar da designação «Recompensa registada» ou das abreviaturas «'R. R.'», «'RR'» ou «RR».
Artigo 279.º Transmissão
A transmissão da propriedade das recompensas faz­se com as formalidades legais exigidas para a transmissão dos bens de que são acessório.
SECÇÃO IV
Extinção do registo
Artigo 280.º Anulabilidade
Para além do que se dispõe no artigo 34.º, o registo é anulável quando for anulado o título da recompensa.
Artigo 281.º Caducidade
1 ­ O registo caduca quando a concessão da recompensa for revogada ou cancelada.
2 ­ A caducidade do registo determina a extinção do uso da recompensa.
CAPÍTULO VI
Nome e insígnia de estabelecimento
SECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 282.º Direito ao registo
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 283.º

Constituição do nome de estabelecimento

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 284.º

Constituição da insígnia de estabelecimento

(Revogado.)

73

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 285.º

Fundamentos de recusa

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO II

Processo de registo

Artigo 286.º

Pedido

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 287.º

Instrução do pedido

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 288.º

Declaração de consentimento

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 289.º

Unicidade do registo

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 290.º

Publicação do pedido

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 291.º

Formalidades subsequentes

(Revogado.)

74

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 292.º

Recusa

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO III

Dos efeitos do registo

Artigo 293.º

Duração

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 294.º

Indicação do nome ou da insígnia de estabelecimento

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 295.º

Direitos conferidos pelo registo

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 296.º

Inalterabilidade do nome ou da insígnia de estabelecimento

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO IV

Transmissão, nulidade, anulabilidade e caducidade do registo

Artigo 297.º

Transmissão

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 298.º

Nulidade

(Revogado.)

75

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 299.º

Anulabilidade

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 300.º

Caducidade

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO VII

Logótipos

Artigo 301.º

Constituição dos logótipos

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 302.º

Direito ao logótipo

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 303.º

Indicação do logótipo

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 304.º

Normas aplicáveis

(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

SECÇÃO I

Disposições gerais

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Artigo 304.º­A Constituição do logótipo
1 ­ O logótipo pode ser constituído por um sinal ou conjunto de sinais susceptíveis de representação gráfica, nomeadamente por elementos nominativos, figurativos ou por uma combinação de ambos.
2 ­ O logótipo deve ser adequado a distinguir uma entidade que preste serviços ou comercialize produtos,
podendo ser utilizado, nomeadamente, em estabelecimentos, anúncios, impressos ou correspondência.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­B Direito ao registo
Tem legitimidade para requerer o registo de um logótipo qualquer entidade individual ou colectiva, de carácter público ou privado, que nele tenha interesse legítimo.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
SECÇÃO II
Processo de registo
Artigo 304.º­C Unicidade do registo
1 ­ O mesmo sinal, quando se destine a individualizar uma mesma entidade, só pode ser objecto de um registo de logótipo.
2 ­ A mesma entidade pode ser individualizada através de diferentes registos de logótipo.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­D Pedido
1 ­ O pedido de registo de logótipo é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, que indique ou contenha:
a) O nome, a firma ou a denominação social do requerente, a sua nacionalidade, o seu domicílio, o número de identificação fiscal quando se trate de um residente em Portugal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) O tipo de serviços prestados ou de produtos comercializados pela entidade que se pretende distinguir, acompanhados da indicação do respectivo código da classificação portuguesa das actividades económicas; c) As cores em que o logótipo é usado, se forem reivindicadas como elemento distintivo;
d) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ Para efeitos do que se dispõe no n.º 1 do artigo 11.º, é concedida prioridade ao pedido de registo que primeiro apresentar, para além dos elementos exigidos nas alíneas a) e b) do número anterior, uma representação do logótipo pretendido.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­E Instrução do pedido
1 ­ Ao requerimento deve juntar­se uma representação gráfica do sinal, em suporte definido por despacho do presidente do conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ Quando nos pedidos de registo for reivindicada uma combinação de cores, a representação gráfica mencionada no número anterior deve exibir as cores reivindicadas.

77

3 ­ Ao requerimento devem ainda juntar­se as autorizações referidas no n.º 3 do artigo 234.º
4 ­ A falta das autorizações referidas no número anterior não obsta à relevância do requerimento para efeitos de prioridade, não podendo o registo, porém, ser concedido sem que estejam preenchidos todos os requisitos acima
referidos.
5 ­ Quando o logótipo contenha inscrições em caracteres pouco conhecidos, o requerente deve apresentar transliteração e, se possível, tradução dessas inscrições.
6 ­ Quando nos elementos figurativos de um logótipo constem elementos verbais, o requerente deve especificá­
los no requerimento de pedido.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­F Publicação do pedido
1 ­ Da apresentação do pedido publica­se aviso no Boletim da Propriedade Industrial, para efeito de reclamação de quem se julgar prejudicado pela eventual concessão do registo.
2 ­ A publicação deve conter a reprodução do logótipo e mencionar as indicações a que se refere o n.º 1 do artigo
304.º­D, com excepção do número de identificação fiscal e do endereço electrónico do requerente.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­G Tramitação processual
Ao registo dos logótipos são aplicáveis, com as necessárias adaptações, as formalidades processuais a que se refere o artigo 237.º, relativo às marcas.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­H
Fundamentos de recusa do registo
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o registo de um logótipo é recusado quando:
a) Seja constituído por sinais insusceptíveis de representação gráfica;
b) Seja constituído por sinais desprovidos de qualquer carácter distintivo;
c) Seja constituído, exclusivamente, por sinais ou indicações referidos nas alíneas b) a e) do n.º 1 do artigo 223.º;
d) Contrarie o disposto nos artigos 304.º­A a 304.º­C.
2 ­ Não é recusado o registo de um logótipo constituído, exclusivamente, por sinais ou indicações referidos nas alíneas a), c) e d) do n.º 1 do artigo 223.º se este tiver adquirido carácter distintivo.
3 ­ É recusado o registo de um logótipo que contenha em todos ou alguns dos seus elementos:
a) Símbolos, brasões, emblemas ou distinções do Estado, dos municípios ou de outras entidades públicas ou particulares, nacionais ou estrangeiras, o emblema e a denominação da Cruz Vermelha, ou de outros organismos semelhantes, bem como quaisquer sinais abrangidos pelo artigo 6.º­ter da Convenção da União de Paris para a Protecção da Propriedade Industrial, salvo autorização;
b) Sinais com elevado valor simbólico, nomeadamente símbolos religiosos, salvo autorização;
c) Expressões ou figuras contrárias à lei, moral, ordem pública e bons costumes;
d) Sinais que sejam susceptíveis de induzir em erro o público, nomeadamente sobre a actividade exercida pela entidade que se pretende distinguir.
4 ­ É também recusado o registo de um logótipo que seja constituído, exclusivamente, pela Bandeira Nacional da
República Portuguesa ou por alguns dos seus elementos.
5 ­ É ainda recusado o registo de um logótipo que contenha, entre outros elementos, a Bandeira Nacional nos casos em que seja susceptível de:
a) Induzir o público em erro sobre a proveniência geográfica dos produtos comercializados ou dos serviços prestados pela entidade a que se destina;
b) Levar o consumidor a supor, erradamente, que os produtos ou serviços provêm de uma entidade oficial;
c) Produzir o desrespeito ou o desprestígio da Bandeira Nacional ou de algum dos seus elementos.

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Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­I
Outros fundamentos de recusa
1 ­ Constitui ainda fundamento de recusa do registo:
a) A reprodução ou imitação, no todo ou em parte, de logótipo anteriormente registado por outrem para distinguir uma entidade cuja actividade seja idêntica ou afim à exercida pela entidade que se pretende distinguir, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão;
b) A reprodução ou imitação, no todo ou em parte, de marca anteriormente registada por outrem para produtos ou serviços idênticos ou afins aos abrangidos no âmbito da actividade exercida pela entidade que se pretende distinguir, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão ou se criar o risco de associação com a marca registada;
c) A infracção de outros direitos de propriedade industrial;
d) O emprego de nomes, retratos ou quaisquer expressões ou figurações, sem que tenha sido obtida autorização das pessoas a que respeitem e, sendo já falecidos, dos seus herdeiros ou parentes até ao 4.º grau ou, ainda que obtida, se produzir o desrespeito ou desprestígio daquelas pessoas;
e) O reconhecimento de que o requerente pretende fazer concorrência desleal ou de que esta é possível independentemente da sua intenção;
f) O emprego de nomes, designações, figuras ou desenhos que sejam reprodução, ou imitação, de logótipo já registado por outrem, sendo permitido porém que duas ou mais pessoas com nomes patronímicos iguais os
incluam no respectivo logótipo, desde que se distingam perfeitamente.
2 ­ Aplicam­se também ao registo de logótipo, com as necessárias adaptações, os fundamentos de recusa previstos nos artigos 240.º a 242.º
3 ­ Quando invocado em reclamação, constitui também fundamento de recusa:
a) A reprodução ou imitação de firma e denominação social, ou apenas de parte característica das mesmas, que não pertençam ao requerente, ou que o mesmo não esteja autorizado a usar, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão;
b) A infracção de direitos de autor;
c) O emprego de referências a determinada propriedade rústica ou urbana que não pertença ao requerente.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­J
Declaração de consentimento
Ao registo dos logótipos é aplicável o disposto no artigo 243.º, com as necessárias adaptações.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
SECÇÃO III
Dos efeitos do registo
Artigo 304.º­L Duração
A duração do registo é de 10 anos, contados da data da respectiva concessão, podendo ser indefinidamente renovado por iguais períodos.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­M Indicação do logótipo
Durante a vigência do registo, o seu titular pode usar no logótipo a designação «Logótipo registado», «Log.

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Registado» ou, simplesmente, «LR».
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­N
Direitos conferidos pelo registo
O registo do logótipo confere ao seu titular o direito de impedir terceiros de usar, sem o seu consentimento, qualquer sinal idêntico ou confundível, que constitua reprodução ou imitação do seu.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­O Inalterabilidade do logótipo
1 ­ O logótipo deve conservar­se inalterado, ficando qualquer mudança nos seus elementos sujeita a novo registo.
2 ­ A inalterabilidade deve entender­se, com as necessárias adaptações, em obediência às regras estabelecidas nos n.os 2, 3 e 4 do artigo 261.º, relativo às marcas.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
SECÇÃO IV
Transmissão, nulidade, anulabilidade e caducidade do registo
Artigo 304.º­P Transmissão
1 ­ Os registos de logótipo são transmissíveis se tal não for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão.
2 ­ Quando seja usado num estabelecimento, os direitos emergentes do pedido de registo ou do registo de logótipo só podem transmitir­se, a título gratuito ou oneroso, com o estabelecimento, ou parte do estabelecimento, a que estão ligados.
3 ­ Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 31.º, a transmissão do estabelecimento envolve o respectivo logótipo, que pode continuar tal como está registado, salvo se o transmitente o reservar para outro estabelecimento, presente ou futuro.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­Q Nulidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 33.º, o registo do logótipo é nulo quando, na sua concessão, tenha sido infringido o disposto nos n.os 1 e 3 a 5 do artigo 304.º­H.
2 ­ É aplicável às acções de nulidade, com as necessárias adaptações, o disposto no n.º 2 do artigo 304.º­H.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­R Anulabilidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 34.º, o registo é anulável quando, na sua concessão, tenha sido infringido o disposto no artigo 304.º­I.
2 ­ As acções de anulação devem ser propostas no prazo de 10 anos a contar da data do despacho de concessão do
registo, sem prejuízo do que se dispõe no número seguinte.

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3 ­ O direito de pedir a anulação do logótipo registado de má fé não prescreve.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
Artigo 304.º­S Caducidade
Para além do que se dispõe no artigo 37.º, o registo caduca:
a) Por motivo de encerramento e liquidação do estabelecimento ou de extinção da entidade;
b) Por falta de uso do logótipo durante cinco anos consecutivos, salvo justo motivo.
Aditado pelo seguinte diploma: Decreto­Lei n.º 143/2008, de 25 de Julho
CAPÍTULO VIII
Denominações de origem e indicações geográficas
SECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 305.º
Definição e propriedade
1 ­ Entende­se por denominação de origem o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos excepcionais, de um país que serve para designar ou identificar um produto:
a) Originário dessa região, desse local determinado ou desse país;
b) Cuja qualidade ou características se devem, essencial ou exclusivamente, ao meio geográfico, incluindo os factores naturais e humanos, e cuja produção, transformação e elaboração ocorrem na área geográfica delimitada.
2 ­ São igualmente consideradas denominações de origem certas denominações tradicionais, geográficas ou não, que designem um produto originário de uma região, ou local determinado, e que satisfaçam as condições previstas na alínea b) do número anterior.
3 ­ Entende­se por indicação geográfica o nome de uma região, de um local determinado ou, em casos excepcionais, de um país que serve para designar ou identificar um produto:
a) Originário dessa região, desse local determinado ou desse país;
b) Cuja reputação, determinada qualidade ou outra característica podem ser atribuídas a essa origem geográfica e cuja produção, transformação ou elaboração ocorrem na área geográfica delimitada.
4 ­ As denominações de origem e as indicações geográficas, quando registadas, constituem propriedade comum dos residentes ou estabelecidos na localidade, região ou território, de modo efectivo e sério e podem ser usadas indistintamente por aqueles que, na respectiva área, exploram qualquer ramo de produção característica, quando autorizados pelo titular do registo.
5 ­ O exercício deste direito não depende da importância da exploração nem da natureza dos produtos, podendo, consequentemente, a denominação de origem ou a indicação geográfica aplicar­se a quaisquer produtos característicos e originários da localidade, região ou território, nas condições tradicionais e usuais, ou
devidamente regulamentadas.
Artigo 306.º Demarcação regional
Se os limites da localidade, região ou território a que uma certa denominação ou indicação pertence não estiverem demarcados por lei, são os mesmos declarados pelos organismos oficialmente reconhecidos que superintendam, no respectivo local, o ramo de produção, os quais têm em conta os usos leais e constantes, conjugados com os superiores interesses da economia nacional ou regional.
SECÇÃO II
Processo de registo
SUBSECÇÃO I

81

Registo nacional
Artigo 307.º Pedido
1 ­ O pedido de registo das denominações de origem ou das indicações geográficas é feito em requerimento, redigido em língua portuguesa, no qual se indique:
a) O nome das pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, com qualidade para adquirir o registo, o respectivo número de identificação fiscal e o endereço de correio electrónico, caso exista;
b) O nome do produto, ou produtos, incluindo a denominação de origem ou a indicação geográfica;
c) As condições tradicionais, ou regulamentadas, do uso da denominação de origem, ou da indicação geográfica, e os limites da respectiva localidade, região ou território;
d) A assinatura ou a identificação electrónica do requerente ou do seu mandatário.
2 ­ À concessão do registo são aplicáveis, com as necessárias adaptações, os termos do processo de registo nacional de marca.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 308.º

Fundamentos de recusa

Para além do que se dispõe no artigo 24.º, o registo das denominações de origem ou das indicações geográficas é recusado quando:
a) Seja requerido por pessoa sem qualidade para o adquirir;
b) Não deva considerar­se denominação de origem, ou indicação geográfica, de harmonia com o disposto no artigo
305.º;
c) Constitua reprodução ou imitação de denominação de origem ou de indicação geográfica anteriormente registadas;
d) Seja susceptível de induzir o público em erro, nomeadamente sobre a natureza, a qualidade e a proveniência geográfica do respectivo produto;
e) Constitua infracção de direitos de propriedade industrial ou de direitos de autor;
f) Seja ofensiva da lei, da ordem pública ou dos bons costumes;
g) Possa favorecer actos de concorrência desleal.
SUBSECÇÃO II
Registo internacional
Artigo 309.º
Registo internacional das denominações de origem
1 ­ As entidades referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 307.º podem promover o registo internacional das suas denominações de origem ao abrigo das disposições do Acordo de Lisboa de 31 de Outubro de 1958.
2 ­ O requerimento para o registo internacional deve ser apresentado no Instituto Nacional da Propriedade
Industrial de harmonia com as disposições do Acordo de Lisboa.
3 ­ A protecção das denominações de origem registadas ao abrigo do Acordo de Lisboa fica sujeita, em tudo quanto não contrariar as disposições do mesmo Acordo, às normas que regulam a protecção das denominações de origem em Portugal.
SECÇÃO III
Efeitos, nulidade, anulabilidade e caducidade do registo
Artigo 310.º Duração
A denominação de origem e a indicação geográfica têm duração ilimitada e a sua propriedade é protegida pela aplicação das regras previstas neste Código, em legislação especial, bem como por aquelas que forem decretadas contra as falsas indicações de proveniência, independentemente do registo, e façam ou não parte de marca registada.

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Artigo 311.º Indicação do registo
Durante a vigência do registo, podem constar nos produtos em que os respectivos usos são autorizados as seguintes menções:
a) «Denominação de origem registada» ou «DO»;
b) «Indicação geográfica registada» ou «IG».
Artigo 312.º
Direitos conferidos pelo registo
1 ­ O registo das denominações de origem ou das indicações geográficas confere o direito de impedir:
a) A utilização, por terceiros, na designação ou na apresentação de um produto, de qualquer meio que indique, ou sugira, que o produto em questão é originário de uma região geográfica diferente do verdadeiro lugar de origem;
b) A utilização que constitua um acto de concorrência desleal, no sentido do artigo 10­bis da Convenção de Paris
tal como resulta da Revisão de Estocolmo, de 14 de Julho de 1967;
c) O uso por quem, para tal, não esteja autorizado pelo titular do registo.
2 ­ As palavras constitutivas de uma denominação de origem ou de uma indicação geográfica legalmente definida, protegida e fiscalizada não podem figurar, de forma alguma, em designações, etiquetas, rótulos, publicidade ou quaisquer documentos relativos a produtos não provenientes das respectivas regiões delimitadas.
3 ­ Esta proibição subsiste ainda quando a verdadeira origem dos produtos seja mencionada, ou as palavras pertencentes àquelas denominações ou indicações venham acompanhadas de correctivos, tais como «género»,
«tipo», «qualidade» ou outros similares, e é extensiva ao emprego de qualquer expressão, apresentação ou combinação gráfica susceptíveis de induzir o consumidor em erro ou confusão.
4 ­ É igualmente proibido o uso de denominação de origem ou de indicação geográfica com prestígio em Portugal, ou na Comunidade Europeia, para produtos sem identidade ou afinidade sempre que o uso das mesmas procure, sem justo motivo, tirar partido indevido do carácter distintivo ou do prestígio da denominação de origem ou da
indicação geográfica anteriormente registada, ou possa prejudicá­las.
5 ­ O disposto nos números anteriores não obsta a que o vendedor aponha o seu nome, endereço ou marca sobre os produtos provenientes de uma região ou país diferente daquele onde os mesmos produtos são vendidos, não podendo, neste caso, suprimir a marca do produtor ou fabricante.
Artigo 313.º Nulidade
Para além do que se dispõe no artigo 33.º, o registo de uma denominação de origem ou de uma indicação geográfica é nulo quando, na sua concessão, tenha sido infringido o previsto nas alíneas b), d) e f) do artigo 308.º
Artigo 314.º Anulabilidade
1 ­ Para além do que se dispõe no artigo 34.º, o registo de uma denominação de origem ou de uma indicação geográfica é anulável quando, na sua concessão, tenha sido infringido o previsto nas alíneas a), c), e) e g) do artigo 308.º
2 ­ As acções de anulação devem ser propostas no prazo de 10 anos a contar da data do despacho de concessão do registo, sem prejuízo do que se dispõe no número seguinte.
3 ­ O direito de pedir a anulação dos registos obtidos de má fé não prescreve.
Artigo 315.º Caducidade
1 ­ O registo caduca, a requerimento de qualquer interessado, quando a denominação de origem, ou a indicação

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geográfica, se transformar, segundo os usos leais, antigos e constantes da actividade económica, em simples designação genérica de um sistema de fabrico ou de um tipo determinado de produtos.
2 ­ Exceptuam­se do disposto no número anterior os produtos vinícolas, as águas mineromedicinais e os demais
produtos cuja denominação geográfica de origem seja objecto de legislação especial de protecção e fiscalização no respectivo país.
TÍTULO III Infracções CAPÍTULO I Disposições gerais
Artigo 316.º
Garantias da propriedade industrial
A propriedade industrial tem as garantias estabelecidas por lei para a propriedade em geral e é especialmente protegida, nos termos do presente Código e demais legislação e convenções em vigor.
Artigo 317.º Concorrência desleal
1 ­ Constitui concorrência desleal todo o acto de concorrência contrário às normas e usos honestos de qualquer ramo de actividade económica, nomeadamente:
a) Os actos susceptíveis de criar confusão com a empresa, o estabelecimento, os produtos ou os serviços dos concorrentes, qualquer que seja o meio empregue;
b) As falsas afirmações feitas no exercício de uma actividade económica, com o fim de desacreditar os concorrentes;
c) As invocações ou referências não autorizadas feitas com o fim de beneficiar do crédito ou da reputação de um nome, estabelecimento ou marca alheios;
d) As falsas indicações de crédito ou reputação próprios, respeitantes ao capital ou situação financeira da empresa ou estabelecimento, à natureza ou âmbito das suas actividades e negócios e à qualidade ou quantidade
da clientela;
e) As falsas descrições ou indicações sobre a natureza, qualidade ou utilidade dos produtos ou serviços, bem como as falsas indicações de proveniência, de localidade, região ou território, de fábrica, oficina, propriedade ou estabelecimento, seja qual for o modo adoptado;
f) A supressão, ocultação ou alteração, por parte do vendedor ou de qualquer intermediário, da denominação de origem ou indicação geográfica dos produtos ou da marca registada do produtor ou fabricante em produtos destinados à venda e que não tenham sofrido modificação no seu acondicionamento.
2 ­ São aplicáveis, com as necessárias adaptações, as medidas previstas no artigo 338.º­I.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 318.º

Protecção de informações não divulgadas

Nos termos do artigo anterior, constitui acto ilícito, nomeadamente, a divulgação, a aquisição ou a utilização de segredos de negócios de um concorrente, sem o consentimento do mesmo, desde que essas informações:
a) Sejam secretas, no sentido de não serem geralmente conhecidas ou facilmente acessíveis, na sua globalidade ou na configuração e ligação exactas dos seus elementos constitutivos, para pessoas dos círculos que lidam normalmente com o tipo de informações em questão;
b) Tenham valor comercial pelo facto de serem secretas;
c) Tenham sido objecto de diligências consideráveis, atendendo às circunstâncias, por parte da pessoa que detém legalmente o controlo das informações, no sentido de as manter secretas.
Artigo 319.º Intervenção aduaneira

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1 ­ As alfândegas que procedam a intervenções aduaneiras retêm ou suspendem o desalfandegamento das mercadorias em que se manifestem indícios de uma infracção prevista neste Código, independentemente da situação aduaneira em que se encontrem.
2 ­ A intervenção referida no número anterior é realizada a pedido de quem nela tiver interesse ou por iniciativa das próprias autoridades aduaneiras.
3 ­ As autoridades aduaneiras devem notificar imediatamente os interessados da retenção ou da suspensão da autorização de saída das mercadorias.
4 ­ A intervenção aduaneira caduca se, no prazo de 10 dias úteis a contar da data da recepção da respectiva notificação ao titular do direito, não for iniciado o competente processo judicial com o pedido de apreensão das mercadorias.
5 ­ O prazo previsto no número anterior pode ser prorrogado, por igual período, em casos devidamente justificados.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 360/2007, de 02 de Novembro

­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 2ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO II

Ilícitos criminais e contra­ordenacionais

SECÇÃO I

Disposição geral

Artigo 320.º

Direito subsidiário

Aplicam­se subsidiariamente as normas do Decreto­Lei n.º 28/84, de 20 de Janeiro, designadamente no que respeita à responsabilidade criminal e contra­ordenacional das pessoas colectivas e à responsabilidade por actuação em nome de outrem, sempre que o contrário não resulte das disposições deste Código.
SECÇÃO II
Ilícitos criminais
Artigo 321.º
Violação do exclusivo da patente, do modelo de utilidade ou da topografia de produtos semicondutores
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem, sem consentimento do titular do direito:
a) Fabricar os artefactos ou produtos que forem objecto da patente, do modelo de utilidade ou da topografia de produtos semicondutores;
b) Empregar ou aplicar os meios ou processos que forem objecto da patente, do modelo de utilidade ou da topografia de produtos semicondutores;
c) Importar ou distribuir produtos obtidos por qualquer dos referidos modos.
Artigo 322.º
Violação dos direitos exclusivos relativos a desenhos ou modelos
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem, sem consentimento do titular do direito:
a) Reproduzir ou imitar, totalmente ou em alguma das suas partes características, um desenho ou modelo registado;
b) Explorar um desenho ou modelo registado, mas pertencente a outrem;
c) Importar ou distribuir desenhos ou modelos obtidos por qualquer dos modos referidos nas alíneas anteriores.
Artigo 323.º
Contrafacção, imitação e uso ilegal de marca
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem, sem consentimento do titular

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do direito:
a) Contrafizer, total ou parcialmente, ou, por qualquer meio, reproduzir uma marca registada;
b) Imitar, no todo ou em alguma das suas partes características, uma marca registada;
c) Usar as marcas contrafeitas ou imitadas;
d) Usar, contrafizer ou imitar marcas notórias cujos registos já tenham sido requeridos em Portugal;
e) Usar, ainda que em produtos ou serviços sem identidade ou afinidade, marcas que constituam tradução ou sejam iguais ou semelhantes a marcas anteriores cujo registo tenha sido requerido e que gozem de prestígio em Portugal, ou na Comunidade Europeia se forem comunitárias, sempre que o uso da marca posterior procure, sem justo motivo, tirar partido indevido do carácter distintivo ou do prestígio das anteriores ou possa prejudicá­las;
f) Usar, nos seus produtos, serviços, estabelecimento ou empresa, uma marca registada pertencente a outrem.
Artigo 324.º
Venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos
É punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias quem vender, puser em circulação ou ocultar produtos contrafeitos, por qualquer dos modos e nas condições referidas nos artigos 321.º a 323.º, com conhecimento dessa situação.
Artigo 325.º
Violação e uso ilegal de denominação de origem ou de indicação geográfica
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem:
a) Reproduzir ou imitar, total ou parcialmente, uma denominação de origem ou uma indicação geográfica registada;
b) Não tendo direito ao uso de uma denominação de origem, ou de uma indicação geográfica, utilizar nos seus produtos sinais que constituam reprodução, imitação ou tradução das mesmas, mesmo que seja indicada a verdadeira origem dos produtos ou que a denominação ou indicação seja acompanhada de expressões como
«Género», «Tipo», «Qualidade», «Maneira», «Imitação», «Rival de», «Superior a» ou outras semelhantes.
Artigo 326.º
Patentes, modelos de utilidade e registos de desenhos ou modelos obtidos de má­fé
1 ­ É punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias quem, de má fé, conseguir que lhe seja concedida patente, modelo de utilidade ou registo de desenho ou modelo que legitimamente lhe não pertença, nos termos dos artigos 58.º, 59.º, 121.º, 122.º, 156.º, 157.º, 181.º e 182.º
2 ­ Na decisão condenatória, o tribunal anula, oficiosamente, a patente, o modelo de utilidade ou o registo ou, a
pedido do interessado, transmiti­los­á a favor do inventor ou do criador.
3 ­ O pedido de transmissão da patente, do modelo de utilidade ou do registo, referido no número anterior, pode ser intentado judicialmente, independentemente do procedimento criminal a que este crime dê origem.
Artigo 327.º
Registo obtido ou mantido com abuso de direito
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem requerer, obtiver ou mantiver em vigor, em seu nome ou no de terceiro, registo de marca, de nome, de insígnia ou de logótipo que constitua reprodução ou imitação de marca ou nome comercial pertencentes a nacional de qualquer país da União, independentemente de, no nosso país, gozar da prioridade estabelecida no artigo 12.º, com a finalidade comprovada de constranger essa pessoa a uma disposição patrimonial que acarrete para ela um prejuízo ou para dela obter uma ilegítima vantagem económica.
Artigo 328.º
Registo de acto inexistente ou realizado com ocultação da verdade
É punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa até 360 dias quem, independentemente da

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violação de direitos de terceiros, fizer registar um acto juridicamente inexistente ou com manifesta ocultação da verdade.
Artigo 329.º Queixa
O procedimento por crimes previstos neste Código depende de queixa.
Artigo 330.º
Destinos dos objectos apreendidos
1 ­ São declarados perdidos a favor do Estado os objectos em que se manifeste um crime previsto neste Código, bem como os materiais ou instrumentos que tenham sido predominantemente utilizados para a prática desse crime, excepto se o titular do direito ofendido der o seu consentimento expresso para que tais objectos voltem a ser introduzidos nos circuitos comerciais ou para que lhes seja dada outra finalidade.
2 ­ Os objectos declarados perdidos a que se refere o número anterior são total ou parcialmente destruídos sempre que, nomeadamente, não seja possível eliminar a parte dos mesmos ou o sinal distintivo nele aposto que
constitua violação do direito.
SECÇÃO III
Ilícitos contra­ordenacionais
Artigo 331.º Concorrência desleal
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
7500, caso se trate de pessoa singular, quem praticar qualquer dos actos de concorrência desleal definidos nos artigos 317.º e 318.º
Artigo 332.º
Invocação ou uso ilegal de recompensa
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
7500, caso se trate de pessoa singular, quem, sem consentimento do titular do direito:
a) Invocar ou fizer menção de uma recompensa registada em nome de outrem;
b) Usar ou, falsamente, se intitular possuidor de uma recompensa que não lhe foi concedida ou que nunca existiu; c) Usar desenhos ou quaisquer indicações que constituam imitação de recompensas a que não tiver direito na correspondência ou publicidade, nas tabuletas, fachadas ou vitrinas do estabelecimento ou por qualquer outro modo.
Artigo 333.º
Violação de direitos de nome e de insígnia
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
7500, caso se trate de pessoa singular, quem, sem consentimento do titular do direito, usar no seu estabelecimento, em anúncios, correspondência, produtos ou serviços ou por qualquer outra forma, nome ou insígnia que constitua reprodução, ou que seja imitação, de nome ou de insígnia já registados por outrem.
Artigo 334.º
Violação do exclusivo do logótipo
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
3740, caso se trate de pessoa singular, quem, sem consentimento do titular do direito, usar no seu

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estabelecimento ou na sua entidade, em anúncios, correspondência, produtos, serviços ou por qualquer outra forma, sinal que constitua reprodução ou que seja imitação de logótipo já registado por outrem.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 335.º

Actos preparatórios

É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
7500, caso se trate de pessoa singular, quem, sem consentimento do titular do direito e com intenção de preparar a execução dos actos referidos nos artigos 321.º a 327.º deste Código, fabricar, importar, adquirir ou
guardar para si, ou para outrem sinais constitutivos de marcas, nomes, insígnias, logótipos, denominações de
origem ou indicações geográficas registados.
Artigo 336.º
Uso de marcas ilícitas
1 ­ É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
3740, caso se trate de pessoa singular, quem usar, como sinais distintivos não registados, qualquer dos sinais indicados nas alíneas a) e b) do n.º 4 e no n.º 6 do artigo 238.º, bem como na alínea d) do n.º 1 do artigo 239.º
2 ­ Os produtos ou artigos com as marcas proibidas nos termos do número anterior podem ser apreendidos e declarados perdidos a favor do Estado, a requerimento do Ministério Público.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 337.º
Uso indevido de nome, de insígnia ou de logótipo
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
3740, caso se trate de pessoa singular, quem, ilegitimamente, usar no nome ou na insígnia do seu estabelecimento, ou no logótipo, registado ou não, a firma ou a denominação social que não pertença ao requerente, ou apenas parte característica das mesmas, se for susceptível de induzir o consumidor em erro ou confusão, salvo se se provar o consentimento ou a legitimidade do seu uso.

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 338.º
Invocação ou uso indevido de direitos privativos
É punido com coima de (euro) 3000 a (euro) 30 000, caso se trate de pessoa colectiva, e de (euro) 750 a (euro)
7500, caso se trate de pessoa singular, quem:
a) Se apresentar como titular de um direito de propriedade industrial previsto neste diploma sem que o mesmo lhe pertença ou quando tenha sido declarado nulo ou caduco;
b) Usar ou aplicar, indevidamente, as indicações de patente, de modelo de utilidade ou de registo autorizadas apenas aos titulares dos respectivos direitos;
c) (Revogada.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

CAPÍTULO III Processo SECÇÃO I

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Medidas e procedimentos que visam garantir o respeito pelos direitos de propriedade industrial
SUBSECÇÃO I Disposições gerais
Artigo 338.º­A Escala comercial
1 ­ Para os efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 338.º­C, na alínea a) do n.º 2 do artigo 338.º­H e no n.º 1 do artigo 338.º­J, entende­se por actos praticados à escala comercial todos aqueles que violem direitos de propriedade industrial e que tenham por finalidade uma vantagem económica ou comercial, directa ou indirecta.
2 ­ Da definição prevista no número anterior excluem­se os actos praticados por consumidores finais agindo de boa fé.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­B Legitimidade
As medidas e os procedimentos cautelares previstos na presente Secção podem ser requeridos por todas as pessoas com interesse directo no seu decretamento, nomeadamente pelos titulares dos direitos de propriedade industrial e, também, salvo estipulação em contrário, pelos titulares de licenças, nos termos previstos nos respectivos contratos.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO II Provas
Artigo 338.º­C
Medidas para obtenção da prova
1 ­ Sempre que elementos de prova estejam na posse, na dependência ou sob o controlo da parte contrária ou de terceiro, pode o interessado requerer ao tribunal que os mesmos sejam apresentados, desde que para fundamentar a sua pretensão apresente indícios suficientes de violação de direitos de propriedade industrial.
2 ­ Quando estejam em causa actos praticados à escala comercial, pode ainda o requerente solicitar ao tribunal a apresentação de documentos bancários, financeiros, contabilísticos ou comerciais que se encontrem na posse, dependência ou sob controlo da parte contrária ou de terceiro.
3 ­ Em cumprimento do previsto nos números anteriores, o tribunal, assegurando a protecção de informações confidenciais, notifica a parte requerida para, dentro do prazo designado, apresentar os elementos de prova que estejam na sua posse, promovendo as acções necessárias em caso de incumprimento.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­D
Medidas de preservação da prova
1 ­ Sempre que haja violação ou fundado receio de que outrem cause lesão grave e dificilmente reparável do direito de propriedade industrial, pode o interessado requerer medidas provisórias urgentes e eficazes que se destinem a preservar provas da alegada violação.
2 ­ As medidas de preservação da prova podem incluir a descrição pormenorizada, com ou sem recolha de amostras, ou a apreensão efectiva dos bens que se suspeite violarem direitos de propriedade industrial e, sempre
que adequado, dos materiais e instrumentos utilizados na produção ou distribuição desses bens, assim como dos documentos a eles referentes.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

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Artigo 338.º­E
Tramitação e contraditório
1 ­ Sempre que um eventual atraso na aplicação das medidas possa causar danos irreparáveis ao requerente, ou sempre que exista um risco sério de destruição ou ocultação da prova, as medidas previstas no artigo anterior podem ser aplicadas sem audiência prévia da parte requerida.
2 ­ Quando as medidas de preservação da prova sejam aplicadas sem audiência prévia da parte requerida, esta é imediatamente notificada.
3 ­ Na sequência da notificação prevista no número anterior, pode a parte requerida pedir, no prazo de 10 dias, a revisão das medidas aplicadas, produzindo prova e alegando factos não tidos em conta pelo tribunal.
4 ­ Ouvida a parte requerida, o tribunal pode determinar a alteração, a revogação ou a confirmação das medidas aplicadas.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­F
Causas de extinção e caducidade
Às medidas de obtenção e de preservação da prova são aplicáveis as causas de extinção e de caducidade previstas no artigo 389.º do Código de Processo Civil, salvo quando elas se configurem como medidas preliminares de interposição de providências cautelares nos termos do artigo 338.º­I.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­G Responsabilidade do requerente
1 ­ A aplicação das medidas de preservação de prova pode ficar dependente da constituição, pelo requerente, de uma caução ou outra garantia destinada a assegurar a indemnização prevista no n.º 3.
2 ­ Na fixação do valor da caução deve ser tida em consideração, entre outros factores relevantes, a capacidade
económica do requerente.
3 ­ Sempre que a medida de preservação da prova aplicada for considerada injustificada ou deixe de produzir efeitos por facto imputável ao requerente, bem como nos casos em que se verifique não ter havido violação ou ser infundado o receio de que outrem cause lesão grave e dificilmente reparável de um direito de propriedade industrial, pode o tribunal ordenar ao requerente, a pedido da parte requerida, o pagamento de uma indemnização adequada a reparar qualquer dano causado pela aplicação das medidas.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO III Informações
Artigo 338.º­H
Obrigação de prestar informações
1 ­ O interessado pode requerer a prestação de informações detalhadas sobre a origem e as redes de distribuição dos bens ou serviços que se suspeite violarem direitos de propriedade industrial, designadamente:
a) Os nomes e os endereços dos produtores, fabricantes, distribuidores, fornecedores e outros possuidores anteriores dos bens ou serviços, bem como dos grossistas e dos retalhistas destinatários;
b) Informações sobre as quantidades produzidas, fabricadas, entregues, recebidas ou encomendadas, bem como sobre o preço obtido pelos bens ou serviços.
2 ­ A prestação das informações previstas neste artigo pode ser ordenada ao alegado infractor ou a qualquer outra pessoa que:
a) Tenha sido encontrada na posse dos bens ou a utilizar ou prestar os serviços, à escala comercial, que se suspeite violarem direitos de propriedade industrial;
b) Tenha sido indicada por pessoa referida na alínea anterior, como tendo participado na produção, fabrico ou distribuição dos bens ou na prestação dos serviços que se suspeite violarem direitos de propriedade industrial.

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3 ­ O previsto no presente artigo não prejudica a aplicação de outras disposições legislativas ou regulamentares que, designadamente:
a) Confiram ao interessado o direito a uma informação mais extensa;
b) Regulem a sua utilização em processos de natureza cível ou penal;
c) Regulem a responsabilidade por abuso do direito à informação;
d) Confiram o direito de não prestar declarações que possam obrigar qualquer das pessoas referidas no n.º 2 a admitir a sua própria participação ou de familiares próximos;
e) Confiram o direito de invocar sigilo profissional, a protecção da confidencialidade das fontes de informação ou o regime legal de protecção dos dados pessoais.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO IV Procedimentos cautelares
Artigo 338.º­I Providências cautelares
1 ­ Sempre que haja violação ou fundado receio de que outrem cause lesão grave e dificilmente reparável do direito de propriedade industrial, pode o tribunal, a pedido do interessado, decretar as providências adequadas a: a) Inibir qualquer violação iminente; ou
b) Proibir a continuação da violação.
2 ­ O tribunal exige que o requerente forneça os elementos de prova para demonstrar que é titular do direito de propriedade industrial, ou que está autorizado a utilizá­lo, e que se verifica ou está iminente uma violação.
3 ­ As providências previstas no n.º 1 podem também ser decretadas contra qualquer intermediário cujos serviços
estejam a ser utilizados por terceiros para violar direitos de propriedade industrial.
4 ­ Pode o tribunal, oficiosamente ou a pedido do requerente, decretar uma sanção pecuniária compulsória com vista a assegurar a execução das providências previstas no n.º 1.
5 ­ Ao presente artigo é aplicável o disposto nos artigos 338.º­E a 338.º­G.
6 ­ A pedido da parte requerida, as providências decretadas a que se refere o n.º 1 podem ser substituídas por caução, sempre que esta, ouvido o requerente, se mostre adequada a assegurar a indemnização do titular.
7 ­ Na determinação das providências previstas neste artigo, deve o tribunal atender à natureza dos direitos de propriedade industrial, salvaguardando, nomeadamente, a possibilidade de o titular continuar a explorar, sem qualquer restrição, os seus direitos.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­J Arresto
1 ­ Em caso de infracção à escala comercial, actual ou iminente, e sempre que o interessado prove a existência de circunstâncias susceptíveis de comprometer a cobrança da indemnização por perdas e danos, pode o tribunal ordenar a apreensão preventiva dos bens móveis e imóveis do alegado infractor, incluindo os saldos das suas contas bancárias, podendo o juiz ordenar a comunicação ou o acesso aos dados e informações bancárias, financeiras ou comerciais respeitantes ao infractor.
2 ­ Sempre que haja violação de direitos de propriedade industrial, pode o tribunal, a pedido do interessado, ordenar a apreensão dos bens que se suspeite violarem esses direitos ou dos instrumentos que apenas possam servir para a prática do ilícito.
3 ­ Para efeitos do disposto nos números anteriores, o tribunal exige que o requerente forneça todos os elementos de prova razoavelmente disponíveis para demonstrar que é titular do direito de propriedade industrial, ou que está autorizado a utilizá­lo, e que se verifica ou está iminente uma violação.
4 ­ Ao presente artigo é aplicável o disposto nos artigos 338.º­E a 338.º­G.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

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SUBSECÇÃO V Indemnização
Artigo 338.º­L
Indemnização por perdas e danos
1 ­ Quem, com dolo ou mera culpa, viole ilicitamente o direito de propriedade industrial de outrem, fica obrigado a indemnizar a parte lesada pelos danos resultantes da violação.
2 ­ Na determinação do montante da indemnização por perdas e danos, o tribunal deve atender nomeadamente ao lucro obtido pelo infractor e aos danos emergentes e lucros cessantes sofridos pela parte lesada e deverá ter em consideração os encargos suportados com a protecção, investigação e a cessação da conduta lesiva do seu direito.
3 ­ Para o cálculo da indemnização devida à parte lesada, deve atender­se à importância da receita resultante da conduta ilícita do infractor.
4 ­ O tribunal deve atender ainda aos danos não patrimoniais causados pela conduta do infractor.
5 ­ Na impossibilidade de se fixar, nos termos dos números anteriores, o montante do prejuízo efectivamente sofrido pela parte lesada, e desde que esta não se oponha, pode o tribunal, em alternativa, estabelecer uma
quantia fixa com recurso à equidade, que tenha por base, no mínimo, as remunerações que teriam sido auferidas pela parte lesada caso o infractor tivesse solicitado autorização para utilizar os direitos de propriedade industrial em questão e os encargos suportados com a protecção do direito de propriedade industrial, bem como com a investigação e cessação da conduta lesiva do seu direito.
6 ­ Quando, em relação à parte lesada, a conduta do infractor constitua prática reiterada ou se revele especialmente gravosa, pode o tribunal determinar a indemnização que lhe é devida com recurso à cumulação de todos ou de alguns dos aspectos previstos nos n.os 2 a 5.
7 ­ Em qualquer caso, o tribunal deve fixar uma quantia razoável destinada a cobrir os custos, devidamente comprovados, suportados pela parte lesada com a investigação e a cessação da conduta lesiva do seu direito.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO VI
Medidas decorrentes da decisão de mérito
Artigo 338.º­M Sanções acessórias
1 ­ Sem prejuízo da fixação de uma indemnização por perdas e danos, a decisão judicial de mérito deve, a pedido do lesado e a expensas do infractor, determinar medidas relativas ao destino dos bens em que se tenha verificado violação dos direitos de propriedade industrial.
2 ­ As medidas previstas no número anterior devem ser adequadas, necessárias e proporcionais à gravidade da violação, podendo incluir a destruição, a retirada ou a exclusão definitiva dos circuitos comerciais, sem atribuição de qualquer compensação ao infractor.
3 ­ Na aplicação destas medidas, o tribunal deve ter em consideração os legítimos interesses de terceiros, em particular dos consumidores.
4 ­ Os instrumentos utilizados no fabrico dos bens em que se manifeste violação dos direitos de propriedade industrial devem ser, igualmente, objecto das sanções acessórias previstas neste artigo.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 338.º­N Medidas inibitórias
1 ­ A decisão judicial de mérito pode igualmente impor ao infractor uma medida destinada a inibir a continuação da infracção verificada.
2 ­ As medidas previstas no número anterior podem compreender:
a) A interdição temporária do exercício de certas actividades ou profissões;
b) A privação do direito de participar em feiras ou mercados;
c) O encerramento temporário ou definitivo do estabelecimento.
3 ­ O disposto neste artigo é aplicável a qualquer intermediário cujos serviços estejam a ser utilizados por terceiros para violar direitos de propriedade industrial.

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4 ­ Nas decisões de condenação à cessação de uma actividade ilícita, o tribunal pode prever uma sanção pecuniária compulsória destinada a assegurar a respectiva execução.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO VII
Medidas de publicidade
Artigo 338.º­O
Publicação das decisões judiciais
1 ­ A pedido do lesado e a expensas do infractor, pode o tribunal ordenar a publicitação da decisão final.
2 ­ A publicitação prevista no número anterior pode ser feita através da publicação no Boletim da Propriedade
Industrial ou através da divulgação em qualquer meio de comunicação que se considere adequado.
3 ­ A publicitação é feita por extracto, do qual constem elementos da sentença e da condenação, bem como a identificação dos agentes.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
SUBSECÇÃO VIII Disposições subsidiárias
Artigo 338.º­P Direito subsidiário
Em tudo o que não estiver especialmente regulado na presente Secção, são subsidiariamente aplicáveis outras medidas e procedimentos previstos na lei, nomeadamente no Código de Processo Civil.
Aditado pelo seguinte diploma: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril
Artigo 339.º
Providências cautelares não especificadas
(Revogado pela Lei n.º 16/2008, de 1 de Abril).

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas:

Versões anteriores deste artigo:

­ Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 340.º

Arresto

(Revogado pela Lei n.º 16/2008, de 1 de Abril).

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

SECÇÃO II
Processo penal e contra­ordenacional
Artigo 341.º Assistentes
Além das pessoas a quem a lei processual penal confere o direito de se constituírem assistentes, têm legitimidade para intervir, nessa qualidade, nos processos­crime previstos neste Código as associações empresariais legalmente constituídas.

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Artigo 342.º Fiscalização e apreensão
1 ­ Antes da abertura do inquérito e sem prejuízo do que se dispõe no artigo 329.º, os órgãos de polícia criminal realizam, oficiosamente, diligências de fiscalização e preventivas.
2 ­ São sempre apreendidos os objectos em que se manifeste um crime previsto neste Código, bem como os materiais ou instrumentos que tenham sido predominantemente utilizados para a prática desse crime.
3 ­ Independentemente de queixa, apresentada pelo ofendido, a autoridade judiciária ordena a realização de exame pericial aos objectos apreendidos, referidos no número anterior, sempre que tal se mostre necessário para
determinar se são ou não fabricados ou comercializados pelo titular do direito ou por alguém com sua autorização.
Artigo 343.º
Instrução dos processos por contra­ordenação
A instrução dos processos por contra­ordenação, prevista neste Código, cabe no âmbito de competência da
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
Julgamento e aplicação das sanções
Compete ao conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial decidir e aplicar as coimas e as sanções acessórias previstas neste Código.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 345.º

Destino do montante das coimas

O produto resultante da aplicação de coimas tem a seguinte distribuição:
a) 60 % para o Estado;
b) 20 % para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica;
c) 20 % para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

TÍTULO IV

Taxas

Artigo 346.º

Fixação das taxas

Pelos diversos actos previstos neste Código são devidas taxas, a fixar por portaria conjunta do membro do Governo responsável pela área das finanças e do membro do Governo de que dependa o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sob proposta deste Instituto.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 347.º

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Formas de pagamento
1 ­ Todas as importâncias que constituam receitas próprias do Instituto Nacional da Propriedade Industrial são pagas em numerário, cheque ou vale de correio, com os requerimentos em que se solicita os actos tabelados e, depois de conferidas, são processadas nos termos das regras de contabilidade pública aplicáveis ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2 ­ O Instituto Nacional da Propriedade Industrial pode prever outras formas de pagamento, sem prejuízo do que se dispõe no número anterior.
Artigo 348.º
Contagem de taxas periódicas
1 ­ As anuidades relativas a patentes, a modelos de utilidade, a registos de topografias de produtos semicondutores e os quinquénios relativos aos registos de desenhos ou modelos contam­se a partir das datas dos respectivos pedidos.
2 ­ As anuidades relativas a certificados complementares de protecção contam­se a partir do dia seguinte ao termo da validade da respectiva patente.
3 ­ As taxas periódicas relativas a todos os outros registos contam­se a partir da data da respectiva concessão.
4 ­ Sempre que, devido a decisão judicial ou arbitral ou a aplicação de disposições transitórias, a data de início
de validade das patentes, dos modelos de utilidade ou dos registos não coincidir com a data referida nos números anteriores, a contagem das respectivas anuidades ou taxas periódicas faz­se a partir daquela data.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 349.º

Prazos de pagamento

1 ­ Apenas são exigíveis as anuidades correspondentes ao 3.º ano de vigência e seguintes relativos a patentes, a modelos de utilidade e a topografias de produtos semicondutores, bem como o 2.º quinquénio e seguintes relativos a desenhos ou modelos.
2 ­ As anuidades e os quinquénios são pagos nos seis meses que antecipam os respectivos vencimentos, mesmo que os direitos ainda não tenham sido concedidos.
3 ­ Sem prejuízo do disposto no número anterior e no n.º 1 do artigo seguinte, o primeiro pagamento das anuidades relativas aos direitos das vias europeia e internacional, requeridos para serem válidos em Portugal, e aos pedidos de patentes e modelos de utilidade resultantes da transformação prevista nos artigos 86.º e 87.º pode ser efectuado num prazo que não deve exceder três meses após a data do primeiro aniversário que se seguir à data da validação ou da transformação.
4 ­ O primeiro pagamento de anuidades de certificados complementares de protecção efectua­se nos últimos seis meses de validade da respectiva patente, não havendo lugar a esse pagamento quando o período de validade do certificado for inferior a seis meses, sendo as anuidades subsequentes pagas nos últimos seis meses que antecedem o respectivo vencimento.
5 ­ As taxas relativas à concessão de registos são pagas após a data da concessão e até ao prazo máximo de seis
meses a contar da data da publicação dessa concessão no Boletim da Propriedade Industrial.
6 ­ Os pagamentos subsequentes de taxas periódicas, relativas a todos os outros registos, efectuam­se nos últimos seis meses de validade do respectivo direito.
7 ­ As taxas referidas nos números anteriores podem, ainda, ser pagas com sobretaxa, no prazo de seis meses a contar do termo da sua validade, sob pena de caducidade.
8 ­ O termo dos prazos de pagamento previstos nos números anteriores e no artigo seguinte é recordado aos titulares dos direitos, a título meramente informativo.
9 ­ A falta do aviso referido no número anterior não constitui justificação para o não pagamento de taxas nas datas previstas.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 350.º

Revalidação

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1 ­ Pode ser requerida a revalidação de qualquer título de patente, de modelo de utilidade ou de registo que tenha caducado por falta de pagamento de taxas dentro do prazo de um ano a contar da data de publicação do aviso de caducidade no Boletim da Propriedade Industrial.
2 ­ A revalidação a que se refere o número anterior só pode ser autorizada com o pagamento do triplo das taxas em dívida e sem prejuízo de direitos de terceiros.
Artigo 351.º Redução
1 ­ Os requerentes de patentes, de modelos de utilidade e de registos de topografias de produtos semicondutores e de desenhos ou modelos que façam prova de que não auferem rendimentos que lhes permitam custear as despesas relativas aos pedidos e manutenção desses direitos são isentos do pagamento de 80 % de todas as taxas, até à 7.ª anuidade e até ao 2.º quinquénio, se assim o requererem antes da apresentação do respectivo pedido.
2 ­ Compete ao conselho directivo do Instituto Nacional da Propriedade Industrial a apreciação da prova mencionada no número anterior e a decisão do requerimento, por despacho.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 352.º

Restituição

1 ­ Oficiosamente ou a requerimento do interessado, são restituídas as taxas sempre que se reconhecer terem sido pagas indevidamente.
2 ­ As quantias depositadas para custeio de despesas de vistorias que não tenham sido autorizadas, ou de que se desistiu oportunamente, são restituídas a requerimento de quem as depositou.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 353.º

Suspensão do pagamento

1 ­ Enquanto pender acção em juízo ou em tribunal arbitral sobre algum direito de propriedade industrial, ou não for levantado o arresto ou a penhora que sobre o mesmo possa recair, bem como qualquer outra apreensão efectuada nos termos legais, não é declarada a caducidade da respectiva patente, do modelo de utilidade ou do registo por falta de pagamento de taxas periódicas que se forem vencendo.
2 ­ Transitada em julgado qualquer das decisões referidas no número anterior, do facto se publica aviso no
Boletim da Propriedade Industrial.
3 ­ Todas as taxas em dívida devem ser pagas, sem qualquer sobretaxa, no prazo de um ano a contar da data de publicação do aviso a que se refere o número anterior no Boletim da Propriedade Industrial.
4 ­ Decorrido o prazo previsto no número anterior sem que tenham sido pagas as taxas em dívida, é declarada a caducidade do respectivo direito de propriedade industrial.
5 ­ O tribunal comunica oficiosamente ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial a pendência da acção.
6 ­ Finda a acção, ou levantado o arresto, a penhora ou qualquer outra apreensão efectuada nos termos legais, o tribunal deve comunicá­lo oficiosamente ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

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­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho

­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 354.º

Direitos pertencentes ao Estado

Os direitos de propriedade industrial pertencentes ao Estado estão sujeitos às formalidades e encargos relativos ao pedido, à concessão e suas renovações e revalidações quando explorados ou usados por empresas de qualquer natureza.

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TÍTULO V
Boletim da Propriedade Industrial
Artigo 355.º
Boletim da Propriedade Industrial
O Boletim da Propriedade Industrial é publicado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
a) Os avisos de pedidos de patentes, de modelos de utilidade e de registo;
b) As alterações ao pedido inicial;
c) Os avisos de caducidade;
d) As concessões e as recusas;
e) As revalidações;
f) (Revogada.)
g) As declarações de renúncia e as desistências;
h) As transmissões e as concessões de licenças de exploração;
i) As decisões finais de processos judiciais sobre propriedade industrial;
j) Outros factos ou decisões que modifiquem ou extingam direitos privativos, bem como todos os actos e assuntos que devam ser levados ao conhecimento do público;
l) A constituição de direitos de garantia ou de usufruto, bem como a penhora, o arresto e outras apreensões de
bens efectuadas nos termos legais;
m) A menção do restabelecimento de direitos.
2 ­ (Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 143/2008, de 25 de Julho ­ 1ª versão: Lei n.º 16/2008, de 01 de Abril

Artigo 357.º Índice
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

Artigo 358.º Distribuição
(Revogado.)

Contém as alterações introduzidas pelos seguintes diplomas: Versões anteriores deste artigo:

­ DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro ­ 1ª versão: DL n.º 36/2003, de 05 de Março

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Legislation Supersedes (2 text(s)) Supersedes (2 text(s)) Is amended by (6 text(s)) Is amended by (6 text(s)) Is repealed by (1 text(s)) Is repealed by (1 text(s))
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